Ajudar alguém é uma atitude que
evidencia uma verdadeira espiritualidade? Sim e não. O que deve vir antes de uma
boa ação? O que realmente tem valor para Deus?
Em Atos 10: 1 a 4, lemos a
história do Centurião Cornélio que morava em Cesaréia. O versículo 2 é o
principal para entendermos o contexto. Diz que ele era homem "piedoso,
temente a Deus com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de
contínuo orava a Deus". Ajudar os outros é algo realmente difícil, mas
ainda encontramos pessoas que fazem isto mesmo sem serem cristãs. Existem ONGs
e também anônimos individuais que se empenham nesta importante tarefa social.
Entretanto, os outros requisitos são determinantes e o que dão real significado
espiritual nesta atitude. Cornélio era homem piedoso, temente a Deus com toda a
sua casa e também orava continuamente ao Senhor. Estas características
autenticam o verdadeiro cristão.
Ajudar alguém isoladamente destas outras
atitudes, por mais útil que seja à sociedade, não caracteriza um verdadeiro
cristão. Alguém pode dar esmolas, dar seus bens, viver para ajudar o outro e
mesmo assim, não amar a Deus. O que faz o "dar esmolas" de Cornélio
algo de valor para Deus é o fato de ser homem piedoso, temente a Deus com toda
a sua casa e homem de oração. Olhemos com atenção o que o anjo disse a Cornélio
no versículo 4: “As tuas orações e as tuas esmolas subiram para a memória
diante de Deus”. Ou seja, subiram porque Deus se agradou dele por piedoso e
temente a Ele. Deus vê o nosso coração e sonda nossas motivações.
Por outro
lado, ninguém pode pensar que sua espiritualidade é verdadeira apenas por
dizer-se temente a Deus e por orar regularmente, pois se de fato estas coisas
são verdadeiras, elas farão com que a ajuda ao próximo seja também uma
realidade. Portanto, não separemos piedade, temor, ajuda e oração, pois isto é
mutilar algo que não tem vida separadamente, apenas quando estão interligado um
no outro.
Alexandre Pereira Bornelli
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