Só de lembrar a época que
tínhamos que decorar a tabuada para a prova já da um frio na barriga. Confundir
os números era o mais fácil. Parece que na prova sempre caiam os números que
não conseguíamos decorar. Era impressionante isso! É de se pensar se o medo não
escrevia em nossa testa: não sei quanto é 9x7, favor não perguntar.
O fato de decorarmos a tabuada
não nos fez matemáticos e nem mesmo bons alunos necessariamente. É curioso que o mesmo acontece na vida cristã.
Vivemos num momento que se divulga muito os 5 pontos do calvinismo, 5 solas, 5
isso e aquilo. No facebook mesmo está cheio delas. É muito importante sabermos
estas verdades esclarecedoras. Contudo, isso pode formar hipócritas ao invés de
santos. Nenhum cristão vive de “decoreba”. É possível que muitos saibam os 5
solas, os 5 pontos do calvinismo, o credo e outras doutrinas de cor e salteado
e, no entanto, não ter sua vida transformada pelo evangelho. Uma prova disto é
que no Brasil existem professores de seminário que, apesar de ensinarem a sã
doutrina, são ateus.
Infelizmente a Bíblia não
autentica nossa fé por sabermos a tabuada do crente reformado. Vejamos o que Tiago nos ensina em sua carta,
capítulo 2: 19: “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e
tremem”. Decorar isto não adianta nada. Augustus Nicodemus diz que “ Tiago está
dizendo ao cristão professo sem obras é que uma profissão de fé correta na
existência de um único Deus não é suficiente para salvá-lo”. João Calvino
afirma que “o diabo treme à menção do nome de Deus, pois reconhece nele o seu
juiz e exator”. Obviamente, Tiago não é contra a doutrina correta, pelo
contrário. Porém, ele afirma que ela não é suficiente para salvar pois até os
“demônios crêem e tremem” (Marcos 1:34; 3:11 e Lucas 4:41 e 8:27).
Portanto, crer até mesmo em um
único Deus e também decorar as doutrinas da graça necessariamente não salvam
ninguém. Além de crermos nestas verdades,
precisamos também ter uma vida que se submete à Palavra de Deus, atitudes estas,
que os demônios e os hipócritas jamais fizeram, fazem ou farão.
Alexandre Pereira Bornelli
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