PENSAI NAS COISAS DO ALTO

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

VIGIAI E ORAI

Hoje pela manhã lendo o jornal, uma notícia trágica, mas infelizmente, costumeira, chamou minha atenção: uma família que acabara de acordar em sua própria residência logo pela manhã, enquanto se preparava para mais um dia normal da vida, foi surpreendida por assaltantes que dominaram a todos, ameaçando-os de morte,. para em seguida, roubarem seus pertences, causando trauma e medo. O que me chamou a atenção foi o horário do assalto! Pensemos: a família acordou num lindo dia de sol, passarinhos cantando na janela, todos dando bom dia uns aos outros, se preparando para o café da manhã quando, de repente... os ladrões chegaram invadindo a casa e causando transtorno na família. Talvez a família estivesse mais alerta contra assalto durante a noite. Mas, realmente os ladrões não avisam o horário da chegada, como diz a Bíblia em Mateus 24:43: “Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada”.
Isso me fez pensar em nossa vida cristã. Quantos de nós nos preparamos para não sermos surpreendidos pelo pecado em alguns lugares ou alguns momentos específicos e nos relaxamos noutros. Logo pela manhã, ao sairmos de casa num lindo dia, podemos sair cheios de boa vontade para trabalhar e amar a Deus. Porém, podemos ser "assaltados" por pensamentos e desejos pecaminosos. Afinal, não tem um momento específico para a tentação chegar. Geralmente, como o ladrão, ela chega no momento que menos esperamos. Dai o alerta bíblico em I Pedro 5:8: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como um leão que ruge procurando alguém que possa devorar: resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo". Exortação semelhante lemos em Mateus 26:41: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." Não podemos separar vigilância e oração. Um depende do outro. Vigiar sem orar é moralismo, porque faz-nos acreditar que podemos vigiar por nossas próprias forças. Por outro lado, apenas orar, pode nos levar a um comodismo, nos isentando da nossa participação na busca pela santidade. Por isso, precisamos sempre vigiar e orar como sendo uma tarefa só, algo feito em conjunto. Enquanto vigiamos oramos e, ao mesmo tempo que orarmos, continuamos vigiando.
Aprendemos então, que assim como o ladrão, a tentação chega a qualquer momento para tentar nos fazer pecar contra Deus. Não existe um lugar ou um momento sequer neste mundo que estamos isentos da tentação e de pecar. Em todos os lugares, independentemente do que estejamos fazendo, precisando orar e vigiar. Orar para que Deus nos guarde e vigiar para vermos se estamos sendo coerentes com nossa oração. Ou seja, não adianta orarmos a Deus para sermos livre da tentação se caminhamos voluntariamente em busca dela. Vigiar para fugir de lugares e situações que nos induzem a pecar. Falando em ladrão, devemos vigiar e orar principalmente para que nossa vida esteja sempre em busca pela santidade, pois a vinda do Senhor será como um ladrão também, como nos diz I Tessalonicenses 5:4: “Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão” e 2 Pedro 3:10: “ O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada”. Nossa parte nisso tudo? Vigiar e orar.

Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Que tipo de herói é você?

O mundo dos super-heróis fascina todas as crianças e muitos adultos. Guerras e conquistas são, provavelmente, os temas dos filmes mais vistos hoje em dia. Muito embora em nossa época, como brasileiros, não experimentamos guerras como antigamente ou como ainda alguns países enfrentam, nossa vida diária é um campo de batalha contra muitos adversários. Vivemos num mundo altamente competitivo, onde “matar um leão por dia” é a missão de cada trabalhador. Conquistar espaço, vencer desafios, superar metas, suportar pressões são requisitos exigidos pelas empresas para seus funcionários. O que se esperava somente do homem, hoje também é aguardado da mulher, que sejam pessoas combativas, guerreiras, perseverantes, corajosas, dinâmicas, emocionalmente fortes e ambiciosos. Aos que desejam o sucesso profissional, esses são alguns requisitos exigidos.
Entretanto, quando o assunto é vida cristã, as exigências mudam. Deus não quer pessoas confiantes em si mesmas, que se acham capazes de fazer e decidir tudo sozinho. O livro de Provérbios 16:32 nos diz que “melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina seu espírito do que o que toma uma cidade.” O que Deus requer de nós afinal? Quer que sejamos um “banana”, “pamonha”, covarde, alguém indeciso, sem opinião própria? Não. O que Provérbios nos diz é que os frutos do Espírito são melhores do que os frutos da carne. Vejamos o contraste entre guerra e longanimidade; domínio próprio e inimizades ou facções. Lemos em Gálatas 5: 19 a 21 as obras da carne: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes. Logo em seguida, a partir do verso 23, lemos o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Fica evidente que as obras da carne fazem parte da vida de todos nós cristãos que ainda lutamos contra a carne (o pecado), embora elas devam estar sendo mortificadas dia a dia. Já, o fruto do Espírito, que é do Espírito Santo e não nossos, frutifica em nossa vida à medida que nos enchemos dEle.
Portanto, quando Provérbios diz que é melhor ser longânimo do que herói de guerra, diz que para Deus, ser conquistador de batalhas, seja em guerras físicas ou no trabalho, ser bem sucedido, matar um “leão” por dia não é importante se não temos o domínio próprio. Deus não se impressiona com nossas conquistas, mesmo sendo a conquista de uma cidade o que antigamente era comum ao vencedor das batalhas, se o fruto do Espírito Santo, no caso, o domínio próprio não é visto em nossa vida. Para ser cristão não precisa ser guerreiro, basta ser obediente. É verdade que todo cristão obediente a Deus declara guerra contra o pecado, mas isso não faz dele alguém descontrolado ou louco por guerras e vitórias. Nossa maior luta é conta o pecado. Para Deus, é mais importante dominar a si próprio que é uma evidência daqueles que estão se enchendo do Espírito Santo de Deus do que conquistar qualquer outra coisa deste mundo que exija poder e força. Aprendemos, então, que para Deus é melhor ser longânimo e tardio em nos irar do que alguém que quer fazer as coisas pelas próprias forças, com as próprias mãos. Noutras palavras, os heróis no ponto de vista de Deus são aqueles que foram conquistados pela Palavra e que dedicam suas vidas para conquistar aquilo pelo qual foram conquistados. Afinal, conhecemos a sentença dada por Deus ao fazendeiro que conquistou a batalha da produção agrícola e disse para sua alma regalar e se alegrar na sua conquista. Jesus o chamou de LOUCO (Lucas 12:20)! Isto mesmo, louco! Muitos de nós o chamaríamos de herói. Mas, Deus o chamou de louco. Não por ter tido sucesso, mas por ter confiado e se ensoberbecido diante da sua conquista. Quer saber então o que é um verdadeiro herói bíblico? Abra sua Bíblia em Hebreus capítulo 11, ali tem uma porção deles, boa leitura.

Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Confie em seu Guia.

São inúmeras as vezes que não entendemos o que acontece em nossa vida. Todos nós temos uma lista enorme de acontecimentos, bons e ruins (aos nossos olhos), que não sabemos a razão de termos passado por eles. E com relação ao futuro, igualmente nada sabemos. Isto muitas vezes nos deixa desorientados, confusos, amedrontados, inseguros e até revoltados. Afinal, o pecado nos faz crer que temos o controle da vida em nossas mãos. É natural do homem o querer saber e controlar a vida. Porém o homem mais sábio desta terra, Salomão, disse em Provérbios 20:24: "Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?" A Bíblia está nos dizendo que nossa vida, nossos passos, nosso viver, respirar, falar, pensar, agir, sorrir, chorar, desejar, andar são coisas dirigidas por Deus. É Ele quem dirige a história mundial, bem como a nossa individualmente falando. Ainda tem alguma dúvida? Leia o Salmo 139. Esta verdade, porém, deve nos causar conforto, segurança e alegria, afinal, o Criador do universo é quem dirige nossos passos!! Contudo, em nossa experiência temos que admitir que ficamos mais desconfiados do que confiantes diante desta realidade. Isto, porque ainda não temos fé o suficiente para crer na Soberania amorosa de Deus. O texto diz podemos não entender nosso caminho, mas não diz que não podemos conhecer nosso guia, aquele que dirige nossos passos. Somos chamados a conhecer a Deus e não o nosso caminho. Tentar entender o porquê das coisas é um labirinto escuro, onde entramos, mas nos perdemos logo no início. É aceitável, porém não o correto, termos lutas para confiar em Deus ao ponto de nos alegrarmos na verdade de que Ele é quem dirige nossos passos porque ainda não O vemos ainda como um Deus como a Bíblia O revela. Todavia, Martinho Lutero trilhou por um caminho correto onde não tentava entender seus passos, mas sim procurava conhecer o seu guia. A conclusão de Martinho Lutero foi: "Não conheço muito bem os caminhos que Deus me conduz, mas conheço muito bem o meu Guia". Isto bastava para que Lutero confiasse em Deus mesmo nos momentos mais difíceis da sua vida. É isto que precisamos conhecer também, o nosso bondoso Deus! Quanto mais O conhecermos mais confiaremos que "todas as coisas cooperavam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28) que é na verdade, a formação do caráter de Cristo em nós. Conhecer nosso guia não nos isenta de temores e inseguranças algumas vezes, porque nossa confiança ainda não é total, mas nos dá a certeza de que nossos passos estão sendo guiados por Deus e que a vontade Dele é boa, perfeita e agradável (Rm 12).
Diante desta verdade, aprendemos que não devemos tentar descobrir ou conhecer os fatos, a razão das coisas acontecerem ou deixarem de acontecer, mas sim, que devemos buscar um relacionamento pessoal e nos render a este Deus maravilhoso que dirige amorosamente nossos passos todos os dias da nossa vida.



Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A CRIAÇÃO DE DEUS

Às vezes lemos a Bíblia sem nos atentarmos para o fato de que ela nos fala da perfeição e do amor de Deus. Alguns detalhes essenciais podem não ser percebidos pela nossa leitura formal, mecânica e rápida do texto Bíblico. Algo simples mas de fundamental importância, como por exemplo a criação de Deus.
Desde que o homem é homem ele começou a fabricar e criar coisas. São carros, telefones, computadores, eletrodomésticos, roupas, sapatos e uma infinidade de outras matérias. Entretanto, sabemos que todas as coisas criadas pelo homem são a partir de algo. Porém, diz a Bíblia: "No princípio criou Deus os céus e a terra..."  Deus criou tudo, a partir do nada! Isso, porque só Ele é Deus.
Compare o primeiro carro fabricado com o mais moderno que existe. Compare o primeiro computador com o mais atual. Agora, compare o Sol, a Lua, as estrelas, o ser humano, as aves e toda a criação de Deus descrita em Gênesis com o que temos hoje! São simplesmente iguais, nada precisou ser aperfeiçoado, melhorado, atualizado ou consertado! Isso fala da perfeição do Criador, ao mesmo tempo que fala da imperfeição da criatura. Afinal, todas as coisas criadas pelo homem sofreram mudanças, alterações e correções. Nosso Deus é maravilhoso! Pensemos nisso: o mesmo Sol que aquecia Adão nos aquece. As estrelas que brilhavam ao tempo de Abraão ainda brilham para nós. A lua que clareava as noites para José é a mesma até hoje! Deus não precisou fazer um recall da criação. O sol não precisou ser refeito para aquecer mais ou menos. O mesmo não aconteceu com a lua, as estrelas e demais astros. Isso não nos impressiona? Isso não nos leva a crer e adorar mais a Deus e a Jesus Cristo?
Que possamos olhar o Céu e toda a criação como diz o Salmo 19: 1: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras da suas mãos".
Que esta reflexão nos leve à certeza de que nosso Deus é perfeito em tudo o que faz e que somente Ele é digno de adoração. Certamente isso nos trará conforto, alegria e gratidão por Ele ter nos amado e nos aceitado como seus filhos, gerando em nós temor, obediência e santidade em nossa vida.

Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Entre você e Deus.

Corre pelo mundo virtual, via e-mail e páginas na internet, a informação de que apenas 6 pessoas nos separam de qualquer outra no mundo. Desconheço se tal informação é realmente precisa e verdadeira. Mas, independentemente da veracidade dessa informação, o fato é que ela trouxe alegria e esperança a muitas pessoas pelas mais variadas razões, tais como: interesses políticos, econômicos, amorosos, financeiros e outros quaisquer. Por um instante nos sentimos próximos de qualquer outro ser humano que até então nos era inacessível. Os fãs explodiram em alegria ao saber que apenas 6 pessoas, segundo a pesquisa, os separam de seus ídolos.
Vibraríamos, ao menos com a mesma intensidade, se soubéssemos que entre nós e Deus, o Criador e Sustentador do universo, existíssem apenas 6 pessoas? Como nos sentiríamos se entre a ponta de cá da corrente e a última, existissem apenas 6 gomos que as separassem? Conseguimos imaginar como seria? Nosso coração acelerou de emoção? Boas expectativas brotaram em nosso coração ante tal possibilidade? "Ah, imaginem se apenas 6 pessoas me separasse de Deus, como seria diferente, como eu poderia ter acesso a Ele e conhecê-Lo”, alguns podem estar sonhando.
A Bíblia tem uma notícia surpreendente e incontestavelmente verdadeira. Prestemos atenção. Paremos com tudo que estamos fazendo para lermos o que o apóstolo Paulo disse em I Timóteo 2:5: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos." Não existem 6 pessoas entre nós e Deus, nem 5 ou 4. Existe apenas uma pessoa: Jesus Cristo. É o que o texto bíblico diz, “um só mediador”. Maravilha! Isto quer dizer que todos aqueles que desejam conhecer a Deus, o Criador e Sustentador do universo, o único Deus verdadeiro, precisam conhecer apenas uma pessoa; Jesus Cristo. E como conhecer a Jesus Cristo? Lendo a Bíblia. Foi Jesus que se encarnou em forma humana e, sem pecado algum, se fez pecado por nós (2 Coríntios 5:17 a 21) para morrer em nosso lugar, nos salvando para sempre. Foi Jesus que deu a Sua própria vida na Cruz. E todos aqueles que reconhecem que Jesus é Deus encarnado e que é o único mediador, o único que pode nos conduzir a Deus que é Ele mesmo, experimentam a salvação eterna. É o que diz o conhecido texto de João 3:16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna". Crer em Jesus nos traz vida eterna!
Existe notícia melhor do que essa? Certamente que não. Algumas implicações desta verdade: 1) não há outro mediador entre Deus e os homens, apenas Jesus Cristo (I Timóteo 2:5). 2) "aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus" (I João 4: 15), ou seja, para conhecer a Deus, preciso aceitar a vida e a morte de Jesus Cristo em meu lugar e reconhecê-lo como Senhor e Salvador da minha vida. 3)todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus..." (I João 5:1), ou seja, para ser um filho de Deus, precisamos crer em Jesus. 4) que a vida eterna está em Jesus Cristo, conforme I João 5:11 e 12: "E o testemunho é este, que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho não tem a vida", e; 5) se negarmos a Jesus como sendo o Filho de Deus não temos a Deus, segundo o ensino de I João 2: 23: "Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai".
Percebemos claramente que Jesus é Deus e que somente Ele pode nos conduzir ao Pai. Que esta maravilhosa notícia de que entre nós e Deus existe apenas uma pessoa, Jesus Cristo, ou seja, que para conhecermos a Deus precisamos conhecer somente Jesus Cristo, nos encha de esperança, alegria e vontade de O conhecermos através da Bíblia, para O amarmos cada dia mais, nos relacionando pessoalmente com Ele, entregando nossa vida aos seus cuidados. Lembremo-nos: entre nós e o Deus Criador, existe apenas Jesus Cristo!

Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Caminhos retos, corações tortos.

Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações.” Pv 21:2

Vivemos num mundo que valoriza mais a estética do que ética; mais a beleza do que inteireza e, mais a vaidade do que a integridade. Embora isso sempre existiu, em menor intensidade é verdade, atualmente, chegamos ao ridículo onde empresas mudam apenas a embalagem do produto para vender mais! Não mudam o produto, apenas o rótulo. Por isso que as pessoas estão mais preocupadas em mudar a “embalagem”, os seus corpos, do que o produto, seu interior. E todos acham que estão corretos.
Em I Samuel 16:7: lemos a sentença: “Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei, porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração”. Deus havia rejeitado a Saul, homem alto, forte, para ser Rei em Israel e, em contrapartida, escolheu Davi que não tinha os mesmos atributos físicos. Quem seria escolhido hoje em dia para ser Rei? Quem você escolheria: Saul ou Davi? Valorizamos mais o rótulo do que a embalagem. Mas, Deus não faz isso. Por mais que sejamos empresários, profissionais liberais, homens e mulheres de negócio, chefes e líderes de grandes empresas, pessoas de sucesso secular incontestável, para Deus isso é o mesmo que nada. Deus não mede nosso sucesso, mas sim, nosso temor e obediência a Ele. Mas, infelizmente, estamos mais preocupados com que os outros irão dizer a nosso respeito do que com o que Deus valoriza. Sofremos muito porque vivemos preocupados com a opinião dos outros. O que estão falando a meu respeito? Espelho, espelho meu, tem alguém mais em evidência do que eu? É a pergunta que fazemos muitas vezes. No casamento, os cônjuges trocam a embalagem para tentar reconquistar o outro e melhorar o relacionamento. Mudam o corte de cabelo, malham na academia, fazem regime, aprendem novo idioma, melhoram o guarda-roupa etc. Nada de errado em si fazer isso, aliás é bom para o casamento mantermos a forma e sermos pessoas bem cuidadas. Todavia, se o interior, se o coração, os afetos, a longanimidade, a benignidade, o amor, o perdão, a misericórdia, o respeito, o ouvir, o amor a Deus que são os produtos do bom casamento não estiverem presentes, nada do que exteriormente melhorou afetará positivamente o relacionamento. Esse princípio vale para todos os relacionamentos. Nós vemos a aparência, Deus o interior. Como sabemos que vivemos na presença de Deus que nos vê interiormente e será diante dEle que prestaremos contas, segue que devemos nos preocupar mais com nosso interior, nossa vida com Deus que, consequentemente, evidenciará num exterior mais ajustado. Essa mudança vem à medida que lemos e obedecemos a Palavra de Deus.
Aprendemos então, que Deus não se impressiona com nova embalagem, nova linguagem, novos comportamentos, nova postura, novas roupas, nova cara de piedade, novos hábitos religiosos, etc. O que Deus vê e se interessa realmente é em nosso interior. Nosso coração e nossas motivações é que determinam o tanto que estamos sendo transformados pela Palavra de Deus. Os fariseus tinham boa embalagem, mas o produto interno era podre. Tinham um linguajar correto, mas a fonte que era o coração estava podre. Tinham boas lições para os outros, mas eles mesmos não faziam nada do que falavam. Jesus chegou a chamá-los de sepulcros caiados, ou seja, limpos por fora e podres por dentro, pois só se preocupavam com a embalagem, com a aparência religiosa. Quando o profeta Samuel foi ungir o novo Rei de Israel, Deus então disse para não olhar a aparência, porque todos nós naturalmente usamos esse critério como algo determinante. Mas Deus tem outros critérios. Ele prefere ver o coração que a fonte das nossas ações e motivações. Foi esse critério que Deus usou na escolha de Davi e o critério não mudou e nunca mudará. Ainda o que Deus olha é para o nosso coração e nossas motivações para ver se estão de acordo com a Palavra de Deus. Não adianta achar que nossos caminhos estão retos se nosso coração está torto, ou seja, descentralizado da vontade de Deus expressa em Sua Palavra. Podemos até pensar que estamos caminhando retamente, mas se o nosso coração está afastado de Deus, se os valores de Deus não são também os nossos, temos um coração torto. E, o que determina a retidão do nosso caminho, não são nossos passos, mas sim, nosso coração.

Alexandre Pereira Bornelli