PENSAI NAS COISAS DO ALTO

terça-feira, 27 de novembro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS PERSEGUIDOS.


“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.10).


A bem-aventurança anterior nos adverte para semearmos a paz, fruto de nossa reconciliação com Deus. Porém, esta última bem-aventurança, mostra que se as demais bem-aventuranças estão sendo realidade em nossa vida, poderemos sofrer perseguições.

No entanto, devemos estar preparados para reagir se isto acontecer. Jesus ensinou como devemos reagir no verso 12: “Regozijai-vos e exultai, pois é grande o vosso galardão!” Não como mérito nosso, mas como promessa gratuita de Deus.

Não devemos vingar quem nos persegue, nem ficar de mau humor, nem ficar se lamentando e nem tampouco gostar da perseguição em si.

A perseguição também é um certificado de que nosso cristianismo é mesmo autêntico, pois “assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (v. 12). Não estamos sós nesta perseguição, antes de nós milhares de cristãos fiéis foram perseguidos. Pertencemos a uma nobre sucessão!

A razão desta perseguição é  “por minha causa” (v.11), diz Jesus. Qualquer outro motivo não se enquadra nesta bem-aventurança.

Os apóstolos aprenderam esta lição muito bem, pois quando açoitados pelo Sinédrio, “eles se retiraram...regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome” (At 5:41).

Jesus nunca escondeu a possibilidade de seus discípulos serem perseguidos. Vejamos alguns textos: João 15:18 a 25; I Pe 4:13, 14; Atos 14:22; II TM 3:12

O apóstolo Paulo também nos exorta em II Timóteo 3:12: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.

Todo o livro de Atos está repleto de registros de perseguição aos cristãos (At 4:2; 4:21; 5:40 e no caso de Estevão At 7:54 a 60.

A perseguição nunca esteve ausente na história da igreja verdadeira. Os imperadores romanos perseguiam os seguidores de Cristo por muitas razões.

Devemos nos perguntar: já sofremos algum tipo de perseguição por causa de Jesus Cristo, por sermos seus verdadeiros discípulos?

A perseguição tem um efeito positivo, ela fortalece a igreja! Afasta os membros acomodados e sem conversão real, separa o joio do trigo (Mateus 13:21).

Portanto, não devemos evitar e nem procurar a perseguição, mas estarmos testemunhando e vivendo fielmente o evangelho dia-a-dia e dispostos a sofrer as consequências por amor ao Senhor, regozijando e exultando. 

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI –

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES


 “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.”
Mateus 5.9


Esta bem-aventurança deve ser mais uma característica do verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, uma benção sobre todos aqueles que cristãos genuínos, que tendo recebido para si mesmos a reconciliação com Deus por meio da cruz, agora procuram, por meio de sua mensagem e da conduta diária, ser instrumentos para comunicar este mesmo dom aos outros.

Os que desfrutam de paz com Deus (Rm 5:1), amam a Deus e amam uns aos outros e até mesmo seus inimigos e promovem a paz entre os homens.

Como cristãos, devemos buscar ativamente a paz, “seguir a paz com todos” e até onde depender de nós, “ter paz com todos os homens” (I Cor 7:15. Pe 3:11; Hb 12:14 e Rm 12:18).

Mas, devemos sempre lembrar que a pacificação é uma obra divina, pois ninguém é pacificador por natureza. Esta paz dita no sermão do monte é reconciliação com Deus e o próprio Deus é o Autor desta paz (Rm 5:1)

Pacificadores, portanto, são todos aqueles cujo líder é o Deus de paz (I Co 14:33; Ef 6:15; I Ts 5:23), que aspiram a viver em paz com todos os homens (Rm 12:18; Hb 12:14) e os que proclamam o evangelho da paz (Ef 6:15). Não há verdadeira paz fora de Cristo!

Francis Schaeffer disse: “O primeiro e mais importante aspecto desta paz com Deus não é a paz do nosso coração, mas o fato de que Deus  está em paz conosco” .

Vemos que a origem desta paz está em Deus; por isso, fora dEle não há paz.
É o que o apóstolo Paulo escreve aos romanos: “E o Deus da paz” (Rm 15.33; Rm 16.20; 1Co 14.33.)

Esta paz é totalmente diferente da paz que o mundo oferece. Jesus Cristo nos preparativos para subir ao céu, consola seus discípulos dizendo: “Deixo-vos a paz a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo” (Jo 14.27).

Mais adiante, diz: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Paulo, diz que esta paz independe de circunstâncias: “Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias. O Senhor seja com todos vós” (2Ts 3.16).

A paz é resultante de nossa comunhão com Deus.

Outra característica é que não podemos explicar esta paz, justamente por ser divina, conforme o texto de Filipenses 4:7: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.7).
 
Portanto, aprendemos que:

1.                  A verdadeira e genuína paz está em Deus: a paz procede de Deus. 

2. A nossa paz só será possível pela reconciliação com Deus. Fora de Cristo estamos alienados de Deus (Rm 5.1).

3.                  Devemos nos esforçar por viver em paz com o nosso próximo. 

4.                  O desejo pela paz nunca deve justificar atos de injustiça ou conivência com o mal. A paz não sacrifica a verdade.

5.                  A paz verdadeira só ocorre dentro dos padrões justos, verdadeiros e santos de Deus.

6.                  “Os únicos verdadeiros pacificadores no mundo são aqueles que levam as pessoas à justiça e aos padrões de Deus”.  

7.  Por sermos filhos de Deus, experimentamos a paz. Cabe a nós promover a
paz anunciando e vivendo o Evangelho.


ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

BEM AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO


BEM AVENTURADO OS PUROS DE CORAÇÃO PORQUE ELES VERÃO A DEUS. Mt 5:8


Quando Jesus fala dos puros de coração, está se referindo àqueles que têm um interior puro, isto é, àqueles que têm pensamentos, sentimentos, desejos, motivos e atitudes puros.
John MacArthur define limpo como: “Sem mistura, sem fusão, sem adulteração, peneirado ou sem resíduos”.

Ser limpo de coração implica em integridade interior e sinceridade, como vemos no Salmo 73:1; em I Tm 1:5 (puro é sinônimo de sincero) e também 2 Tm 2:22 e I Pe 1:22.

Jesus pronuncia sua bênção sobre as pessoas cuja manifestação exterior está em harmonia com a sua disposição interior.

O coração deturpado pela queda de Adão e herdado pelos seus descendentes é uma fábrica de maldade e impureza (Marcos 7:20)

Como podemos ser limpos de coração, já que ninguém consegue se purificar (Pv20:9)?
Na verdade, é Deus que nos limpa pela Sua Palavra. (JOÃO 15:3)

Afinal, a pureza de coração não é uma qualidade natural do homem, mas é resultado da obra graciosa de Deus na vida do crente. 

Nascemos com um coração corrompido; nossos pensamentos, sentimentos, desejos e motivos são inclinados para o mal (Salmo 51). 

Todos somos impuros por natureza. De nós mesmos não podemos nos tornar puros. Somente Deus pode nos purificar de nossa imundícia espiritual. 

Davi reconheceu isso quando fez a seguinte oração a Deus: “Cria em mim, ó Deus um coração puro…” (Sl. 51.10) 

O Espírito de Deus nos dá um coração novo e puro a fim de vivermos não mais mergulhados na impureza em que nascemos, mas sim em pureza e novidade de vida diante de Deus e do próximo. 

Não quer dizer que já somos totalmente puros e perfeitos e não mais pecamos nesta vida; por outro lado, o Espírito que em nós habita nos dá o sincero desejo e alegria de viver já agora em santificação e pureza para a glória de Deus. 

O Espírito nos capacita a sermos puros e, ao mesmo tempo a Bíblia ensina acerca da nossa responsabilidade de purificar o nosso coração de todo pecado (Tg. 4.8; II Co. 7.1). 

A pureza de coração que Jesus requer de nós se evidencia no nosso relacionamento de amor com Deus e com o próximo. 

Não adianta freqüentar as melhores academias, fazer as mais saudáveis dietas, usar os melhores produtos de beleza, isso não muda o real estado do coração humano.

A mensagem bíblica afirma: “Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9).

De nada vale um belo corpo e uma saúde invejável, acompanhado de hipocrisia, mentira e falsidade. Quem gostaria de ter uma pessoa assim ao seu lado?

A maior e melhor beleza que alguém poderia desejar é a beleza de um coração limpo, íntegro, reto e sincero.

Busque cuidar do seu coração para que, pela Palavra de Deus, ele esteja sempre limpo, pois a promessa de Jesus é que àquele que tem coração limpo verá a Deus.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI