PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Examine-se!

A precaução diz que devemos levar o carro ao mecânico para revisão, principalmente, antes de uma viagem. E não tem lógica levar o carro de um amigo na oficina sendo que vamos viajar com o nosso próprio carro. Como cristãos, estamos numa jornada rumo ao céu. Nessa viagem, devemos sempre examinar se a nossa vida está de acordo com as Escrituras. A orientação da Palavra de Deus é para examinarmos a nós mesmos e não, examinarmos os outros.
Isto, porque muitas vezes podemos pensar que estamos seguros no caminho estreito, buscando a santidade, obedientes a Deus, quando na verdade estamos distantes disso. A orientação bíblica para examinarmos a nós mesmo está em I Coríntios 11:28, para examinarmos no momento da ceia;  II Coríntios 13:5; "examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé"; e Lamentações de Jeremias 3:40, examinarmos para nos voltar para o Senhor. Esse é o nosso desafio como cristãos: olhar para a nossa vida, nossos caminhos, atitudes e ver se estamos de acordo com os princípios bíblicos independentemente dos outros. É uma questão pessoal. Devemos examinar-nos se estamos buscando realmente amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Outras perguntas para nosso auto-exame são: o que o mundo pensaria sobre o cristianismo se a minha vida fosse o padrão pelo qual esse cristianismo seria julgado? Quantas pessoas ouviriam o evangelho se todos falassem de Cristo como eu falo? Temos orado, lido a Bíblia, participado ativamente e regularmente dos cultos da igreja onde sou membro?
Aqueles que desejam prosseguir nessa caminhada cristã com crescimento e maturidade espiritual devem encarar estas perguntas. A questão principal é que esse examinar a si mesmo não é algo teórico ou sem um fim maior. Em Lamentações de Jeremias 3::40, lemos: “Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor”. Com isso aprendemos que a finalidade deste exame é para nos trazer novamente de volta para o Senhor, em arrependimento sincero. Não é para examinarmos e não termos atitudes. Antes, devemos examinar-nos com o fim de nos voltar para o Senhor, para o caminho estreito, da santidade, renúncia, amor a Deus e ao próximo e à vida de comunhão com Deus e com os irmãos. Sem este fim maior e específico, todo o nosso examinar será em inútil, por minucioso que seja. Nosso auto-exame deve ser sempre a luz da Palavra de Deus, tendo a Bíblia como a única referência para endireitar nossos caminhos. Caso contrário, corremos o sério e trágico risco de examinarmos a nós mesmos com muita misericórdia, nos comparando com os outros, ao invés de termo a Bíblia como referência, o que não nos levará de volta para o Senhor Jesus.

Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 21 de junho de 2011

A brevidade da vida

A vida está passando, e passando rapidamente; portanto, não vivamos iludidos de que temos muito tempo de vida pela frente.
Examine sua vida agora. Para alguns, ver os fios de cabelo branco, ou a careca, algumas rugas no rosto, os filhos crescendo, namorando, se formando, casando, netos chegando e as responsabilidades da vida aumentando, são sinais de que o tempo está voando. Lembramos de coisas há 10 ou 15 anos como se tivessem acontecido ontem! Mesmos para os jovens atuais, o tempo também passa rapidamente. Onde foi parar o gostoso tempo da infância, onde brincar era a maior preocupação? Agora é estudar para o vestibular, com a pressão para passar e depois para se formar, e depois para arrumar emprego, e depois para casar, e depois para ter filhos, e etc. Não parece que foi ontem que você ainda vivia descompromissadamente a vida?
Há muitos alertas na Palavra de Deus nos exortando sobre a brevidade da vida, justamente porque temos a tendência de viver crendo que somos eternos ou que, na pior das hipóteses, o tempo chega rapidamente para os outros, mas não para nós. Porém, lemos que “quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá daí em diante o seu lugar” (Sl 103:15 e 16); também, em Isaías 40:6, “toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade o povo é erva, seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra do nosso Deus permanece eternamente”. Jó 9:25 também nos ensina dizendo: “Os meus dias foram mais velozes do que um corredor, fugiram, e não viram a felicidade.” E, no capítulo 14, continua dizendo que “o homem nascido da mulher vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor, e murcha, foge como a sombra e não permanece”. Assim é a nossa vida! Contudo, mesmo diante de tantos alertas da Palavra de Deus afirmando que nossa vida é breve e frágil, vivemos como se isso não fosse assim, não dando o devido crédito, achando que será diferente com a gente. A vida passa rapidamente para todos nós! Envelheceremos e perderemos o vigor da juventude (Ecl.12), querendo ou não. Não há como parar o tempo. A cada dia é um dia a menos de vida e um dia mais próximo da volta de Cristo.
Com a certeza de que nossa vida é breve, que ela desaparece e foge como a sombra, sendo frágil como a flor da erva, consideremos: o que temos feito com a vida que Deus nos deu? Temos aproveitado cada dia para viver para a eternidade? Estamos dedicando e aproveitando cada momento de vida, cada fôlego, cada dia para buscar a santidade e o arrependimento? Que possamos crer nestas verdades e, com isso, crer na Palavra de Deus para vivermos nossa breve vida com integridade e santidade ao Senhor.


Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Até tu Salomão!

É importante o jovem cristão namorar alguém? Os que responderam “sim” acertaram e, os que responderam “não”, também. Explicaremos. O ecumenismo, de forma completamente errada, diz que o importante é a pessoa ter uma religião, seja ela qual for. E, muitos jovens cristãos, aplicando o mesmo princípio, acreditam que o importante é namorar alguém, seja ela quem for.
Em I Reis 3:28, 4:29 E 10:23, lemos como Salomão era muito inteligente, sábio, com discernimento avançado para tomar decisões importantes e temente a Deus. Porém, no capítulo 11 de I Reis, vemos outro lado da sua vida. Conta-nos a Bíblia que Salomão tinha por esposa a filha de Faraó. Deus havia lhe proibido de relacionar-se com mulheres estrangeiras, pois elas lhes perverteriam o coração. E o que fez o sábio, inteligente e temente Salomão? Ele simplesmente ignorou a ordem de Deus e “se apegou a elas pelo amor” (verso 2). O mesmo Salomão que disse em Provérbios 1:7: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, evidencia agora uma completa falta de temor. É provável que Salomão tenha se apegado às mulheres estrangeiras porque fossem de alguma forma, mais vulgares, desinibidas, sensuais, provocantes, liberais e festeiras do que as filhas de Israel, que, por outro lado, deviam ser mais recatadas e decentes, não despertando o seu interesse. No livro de Tiago, capítulo 4, lemos que cada um é atraído pela própria cobiça. Ou seja, é bem provável que Salomão foi atraído pela facilidade e promiscuidade dos relacionamentos estrangeiros porque era o que seu coração desejava. E conforme Deus havia dito, realmente o coração de Salomão afastou-se do Senhor devido seus relacionamentos amorosos. Após entregar-se às mulheres estrangeiras, Salomão começou a adorar outros deuses e seu coração já não era de todo fiel a Deus e já não perseverava em seguir ao Senhor, chegando até mesmo construir templos para adorar outros deuses (v. 7). Nos versos 9 e 10 vemos a indignação do Senhor contra o pecado de Salomão, o qual tirou seu reino posteriormente. Leia I Reis 11: 1 a 13.
Aprendemos com a queda de Salomão que, assim como ele, somos fracos e dependentes de Deus e, que nossa queda espiritual começa com a desobediência. Foi quando ele desobedeceu ao Senhor que iniciou todo o procedimento trágico em sua vida. Assim foi com Adão e Eva, com Salomão e com cada um de nós não é diferente. Precisamos obedecer incondicionalmente a Palavra do Senhor. Como conseqüência, vimos que Salomão não confiou completamente que Deus queria o melhor para ele. Deus havia proibido de relacionar-se com mulheres estrangeiras porque queria proteger seu coração contra a perversidade e a frieza espiritual. Mas, Salomão não entendendo isso, valorizando apenas seus sentimentos carnais, pensou que Deus queria privá-lo de muitas alegrias com as mulheres. Ele desobedeceu e nisto encontrou sua tristeza. A alegria estava justamente em obedecer a Deus. Sua desobediência lhe custou o reinado. Aprendemos também que Deus não faz vistas grossas para o nosso pecado. Salomão pecou contra o Senhor e sua colheita foi péssima (Neemais 13:26 e Eclesiastes 7:23 a 29). E, por último, aprendemos que devemos nos relacionar intimamente com aqueles que amam ao Senhor Jesus Cristo e O tem como Senhor e Salvador de suas vidas. Observemos que não foi Salomão que santificou o coração das mulheres estrangeiras; antes, foram elas que perverteram o seu coração. Essa é a regra bíblica: o coração do crente é mais facilmente corrompido em relacionamentos de jugo desigual do que o contrário. Procuremos nos relacionar intimamente somente com aqueles que se relacionam intimamente também com o Senhor Jesus Cristo. Afinal, se com Salomão, que era uma pessoa especial em sabedoria, discernimento, inteligência e temor a Deus aconteceu esta tragédia devido à sua desobediência a Deus, conosco não será diferente se trilharmos o mesmo caminho. Amar é importante? Sim, porém, amar aqueles que também amam a Deus. Não, se formos nos apegar com pessoas que não temem ao Senhor Jesus Cristo. Que Deus tenha misericórdia e nos preserve no caminho da obediência à Sua Palavra. “Quem julga estar em pé, cuide para que não caia”. (I Coríntios 10:12).

Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 7 de junho de 2011

Nossas escolhas dizem quem somos

A todo momento fazemos escolhas. Escolhemos lugares para sair, o curso para o vestibular, a roupa que usamos, o celular que temos, o namorado ou namorada, os amigos e assim por diante. A questão importante é: qual o critério deve determinar nossas escolhas? Nosso gosto? A opinião dos outros? O que está na moda?
A Bíblia trata desta questão quando relata a história de Abraão e Ló, tio e sobrinho, que andaram juntos por muito tempo. Os dois ficaram ricos e já não podiam conviver pacificamente sob o mesmo lugar, então, tiveram que se separar (Gn 13:1 a 14). Abraão disse a Ló para escolher por onde ele seguir caminho e, para o lado que Ló fosse, Abraão iria em sentido oposto (verso 9). E qual foi a escolha de Ló? Lemos no verso 10: “Levantou Ló os olhos, e viu toda a campina do Jordão, e que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra), como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, como quem vai para Zoar.” Ló escolheu pela vista, pelo que lhe agradou o coração e pela conveniência do lugar. O lugar era fértil e terra boa para o gado, que ele tinha muitos por sinal. Próximo a Sodoma foi o lugar que Ló escolheu para ficar. Seu critério de escolha foi material, terreno e carnal. A concupiscência dos olhos foi o que determinou sua escolha. Ló não se importou que os homens de Sodoma fossem seus vizinhos, não se importou que eles pecavam excessivamente diante de Deus (v. 13). Ló pensou que a terra era boa para o gado e isso lhe podia trazer lucros. Ele não orou a Deus e nem pediu conselhos a Abraão, homem mais experiente e temente ao Senhor. Foi uma péssima escolha, um péssimo começo. Com isso, Ló misturou-se com os pecadores de Sodoma desnecessariamente. O verso 12 diz que ele “armou suas tendas até Sodoma”. E, quando a Bíblia menciona novamente sobre Ló, o encontramos vivendo já na própria cidade de Sodoma (14:12). Primeiro, armou sua tenda próximo e, logo depois, seduzido pelo lugar, fixou sua residência na cidade. São os passos rumo à queda descritos no Salmo 1. Sodoma era um lugar terrível, onde as pessoas desconsideravam a Deus e viviam em orgias, violência e promiscuidade. Deus iria julgar aquela cidade sem misericórdia. Sodoma representa o mundo hoje. E, como Ló, muitos cristãos estão escolhendo o mundo como seu habitat, como seu lugar preferido de viver. Escolhem pela aparência de liberdade, prosperidade e felicidade que ele aparenta oferecer. Sabemos que Deus julgou severamente Sodoma e que a mulher de Ló que viveu ali, não queria abandonar o lugar, acabou virando estátua de Sal (Gn 19:26), e suas duas filhas, também criadas naquele ambiente, quando Ló já estava velho o embriagaram e se deitaram com ele (Gn 19:30 a 38). Coisas estas que viram durante toda a sua vida e convivência em Sodoma. Até mesmo os moradores de Sodoma cercaram a casa de Ló e queriam violentar os anjos que o foram visitar. Ló chegou a oferecer as próprias filhas em troca. Vejamos o lugar que Ló escolher para morar! São coisas deste tipo que acontecem com aqueles que vivem para este mundo. Gálatas 6:7 diz: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” Por isso, J. C. Ryle, nos alerta dizendo: “Quando um filho de Deus faz escolhas como a de Ló não devemos nos surpreender se ouvirmos tempos depois, relatos terríveis sobre sua vida. Faça escolha errada em sua vida, uma escolha sem o apoio das Escrituras e se estabeleça no meio de pessoas ímpias e não há outro modo mais eficaz para deteriorar sua própria espiritualidade e diminuir seu interesse nas coisas eternas. Esta é a maneira de se perder a sensibilidade ao pecado, até que não se pode distinguir o bem do mal, o puro do impuro.”
Portanto, lembremos de escolher sempre o que agrada a Deus e o que está dentro da Sua vontade. É preciso pensar e refletir se o que iremos escolher contribuirá para nossa santidade, para nosso crescimento e edificação cristã. Devemos nos perguntar: tal escolha glorificará e honrará ao Senhor? Seja ao escolhermos um lugar para trabalhar, uma profissão, um namorado (a), amigos, roupas para vestir, lugares para sair, devemos glorificar a Deus com nossas escolhas. Precisamos escolher pensando na eternidade e não somente para esta vida passageira. Nossas escolhas dizem quem somos. Oremos a Deus, ouçamos conselhos de cristãos mais experientes e consultemos a Bíblia antes de qualquer escolha.

Alexandre Pereira Bornelli

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Eles não prevalecerão

Não precisamos definir o que é a inveja e nem suas causas. Todos nós já sofremos ou ainda estamos sofrendo com ela e sabemos muito bem suas terríveis conseqüências. A Bíblia trata muito desse assunto e, por incrível pareça, ela nos exorta a não termos inveja dos ímpios. Vejamos o que diz Provérbios 23:17: “Não tenhas no teu coração inveja dos pecadores...”.
Os jovens enfrentam muito esse tipo de problema. Por serem movidos pelas amizades, muitos jovens cristãos vivem na igreja, mas com inveja dos amigos do mundo. Geralmente, invejam aqueles que podem sair para festas noturnas, os que têm vida sexual livre, aqueles que não têm horário para chegar em casa e daqueles que vivem na promiscuidade e bebedeira. É triste que isso seja assim, mas, infelizmente é uma amarga realidade. Antes de alimentarmos a inveja dos ímpios, devemos ler a Bíblia com mais cuidado a fim de sabermos o que acontecerá com aqueles que não amam a Deus, mas que têm sido os heróis e modelos para muitos jovens cristãos. No salmo 1, versos 4 em diante, vemos que “os ímpios são como a palha que o vento dissipa e que os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos”. Em provérbios 2: 22 lemos: “Mas os perversos serão eliminados da terra...”. Ou seja, por mais que os seus amigos ímpios se apresentem arrogantes, alegres e tranqüilos no caminho do pecado hoje, no dia do juízo de Deus eles não prevalecerão. Aqueles jovens que, com sorriso no rosto e empolgação te convidam para o pecado hoje, ou, aquela moça que esnoba sensualidade e beleza e que tem vida sexual livre, não prevalecerão no dia do juízo. Você já tinha pensado nisso? Olhe pra eles, não com inveja, mas com misericórdia, e veja alguém que se não for alcançado por Deus, não prevalecerá no dia do juízo final que se aproxima. Por mais que eles ignorem e zombem dessa verdade, ela permanece imutável. J. C. Ryle em seu livro Santidade, página 77, diz: “Atualmente, talvez você prefira a companhia dos negligentes e dos descuidados, dos dotados de mente mundana e dos cobiçosos, dos farristas e dos que buscam prazeres, dos ímpios e dos profanos. Porém, não haverá esse tipo de pessoa no céu. Atualmente, talvez você sinta que os santos de Deus são por demais rigorosos, solenes e sérios. Você prefere evitar a companhia deles. Você não se deleita na sua companhia. Porém, não haverá outro tipo de companhia lá no céu.” Ryle está dizendo a mesma verdade da Bíblia: os ímpios não estarão no céu justamente porque não prevalecerão no dia do juízo.
Considere, então, a partir desse momento que a inveja daqueles que não conhecem a Deus evidencia algo errado em nossa vida cristã. Considere que tais pessoas não prevalecerão no dia do juízo. Todo aquele orgulho, jovialidade, saúde, disposição, energia dos ímpios serão aniquilados no dia do juízo. Ali ao contrário de festa e curtição, haverá choro e ranger de dentes. Não tenha inveja dos pecadores ímpios. Oremos a Deus para que Ele abra nossos olhos para vermos a triste realidade daqueles que não crêem e não vivem para Deus e descobriremos então, que temos motivos de sobra para vivermos uma vida em santidade sem inveja dos pecadores.

Alexandre Pereira Bornelli