PENSAI NAS COISAS DO ALTO

terça-feira, 30 de abril de 2013

PRIMEIRA LIÇÃO: DEUS É BOM!

Com o passar do tempo vamos acumulando novos conhecimentos na vida. Isso é bom. Contudo, esses novos conhecimentos não podem apagar os anteriores, salvo se os anteriores eram errados. Por exemplo, você não pode esquecer a tabuada quando for aprender equações.

Na vida cristã algo semelhante acontece. É bom e bÍblico que vamos  avançando e progredindo no conhecimento de Deus, conforme OsÉias 6:3 nos adverte. É bom que aprendamos mais e mais sobre a fé cristã, sobre o caráter de Deus, Seus atributos, etc. 

No entanto, jamais devemos nos esquecer da lição básica, porém fundamental: Deus é bom!
Isso pode parecer óbvio para você, mas não deixe que esta sensação o faça passivo e inerte diante de tamanha verdade. O fato de Deus ser bom, implica no fato de que Ele não sabe ser outra coisa senão ser bom. 

Nosso conceito de bondade está vinculado a atitudes as quais avaliamos. Elas é que determinam nosso conceito de bom ou ruim. Contudo, nada tornou Deus bom. O mundo que Ele mesmo criou não o fez bom. A criação do homem igualmente não o tornou bom. Nem mesmo nossa salvação acrescentou essa qualidade em Deus. 

Deus é bom em sua essência. Mesmo antes de criar o mundo, as criaturas e de nos salvar Ele já era bom! Vejamos o que o Salmo 25: 8 diz: "Bom e reto é o Senhor, por isso aponta o caminho aos pecadores". Não foi o fato de Deus apontar a salvação a nós que o tornou bom. Diz o texto que porque Ele é bom, Ele apontou o caminho aos pecadores. A premissa é que Ele é bom e por isso faz todas as coisas boas. Não são Suas atitudes que o tornam bom, elas evidenciam Sua bondade.

Não existe uma lei no universo que avalie a bondade de Deus. Nada fora dEle é critério para avaliar Sua bondade.  Ele é a fonte de toda bondade, conforme Salmo 33:19. A Bíblia afirma em Romanos 2:4 que "é a bondade de Deus que nos leva ao arrependimento". Ou seja, sem a bondade de Deus nem mesmo conseguiríamos nos arrepender!

Portanto, se essa bondade de Deus ficar ofuscada em nossa vida por outras grandes verdades da fé cristã estamos correndo riscos, porque é crendo nesse Deus perfeitamente bondoso que podemos depositar toda a nossa fé (Naum 1:7), tendo a certeza de que nossa vida está sendo dirigida e controlada por um Deus Soberando e Bondoso, que sempre quer o melhor para nós, que transforma as coisas ruins em algo proveitoso no final, contribuindo para a formação do caráter de Cristo em nós (Rm 8:26 a 29), como foi o testemunho de José em Gênesis 50:18,19, quando disse aos seus irmãos: "vós intentastes o mal contra mim, mas Deus o transformou em bem".

Nunca nos esqueçamos que nosso Deus é Bom, bondoso, misericordioso e que sua bondade dura para sempre (Salmo 52:1).

ALEXANDRE PEREIR BORNELLI

segunda-feira, 22 de abril de 2013

JESUS ERA FEIO. ISTO TE DECEPCIONA?


A busca pela beleza hoje em dia supera a busca pelo caráter. O amor pelo corpo e o espírito de sensualidade que reinam na atualidade têm levado milhares de adolescentes, jovens e velhos a arriscarem-se em cirurgias, tratamentos e produtos que prometem melhorar o visual e a estética por pura vaidade. Isto evidencia o medo e o pavor do envelhecimento (sem Deus).

Fazer exercícios e cuidar do corpo não é pecado em si. Mas, a Bíblia declara que “o exercício físico para pouco se aproveita”. Devemos cuidar do corpo para termos saúde e até boa aparência, desde que, isso não se torne obsessão e idolatria. Porém, infelizmente, o que mais vemos são crentes que frequentam mais academias do que igrejas. Malhar tem sido muito mais desejado do que meditar nas Escrituras. O amor ao corpo tem prevalecido sobre a necessidade de santidade.

Essa obsessão pela beleza física têm feito distorções até mesmo nos quadros pintados representando Jesus. Artistas que desconhecem a Palavra de Deus pintam um Jesus loiro, olhos azuis, traços simétricos, querendo transmitir a ideia de um verdadeiro galã.

Contudo, segundo a Bíblia, na descrição do profeta Isaías, lemos que “não havia nele (Jesus) beleza alguma...”. O Salvador dos cristãos não tinha aparência bela. Ele era feio. Isto te decepciona? Esse Jesus de olhos azuis, cabelos loiros e bem cuidados, pele lisa, barba feita que pintam por ai não representa o Jesus descrito na Bíblia. Ao contrário, é fruto de uma mente carnal que idolatra a beleza física acima de tudo.

Mas, o que importa para nós, cristãos, se Jesus era feio ou bonito, moreno ou loiro, olhos azuis ou pretos, alto ou baixo, atlético ou não? A feiura física de Jesus altera alguma coisa Sua majestade, Glória e Divindade? Claro que não. Talvez muitos de nós, amantes da aparência e escravos da beleza estética, nos sentimos constrangidos ou até mesmo envergonhados em saber que nosso Salvador era desprovido de beleza física.

Preferiríamos, talvez, um Jesus bonitão, forte, sem barriga, bem cuidado, com um bom sorriso, dentre brancos, rosto simétrico, barba feita, ombros largos, etc. Isto, porque para a nossa mente carnal, deturpada pelo pecado, traria mais orgulho para nós e até endossaria nossa ânsia tresloucada pela aparência.

Ter um Salvador feio fisicamente num mundo que adora a aparência é um tanto constrangedor para quem busca um salvador a sua própria imagem, contudo, numa versão melhorada. Certamente não foi à toa que Isaías fez questão de registrar que em Jesus não havia beleza alguma. Não podemos, portanto, nos apegar à beleza física de Jesus.

Para você faz diferença Jesus ser feio? Isto o faz amá-Lo menos? Em caso afirmativo, é preciso resgatar o verdadeiro e  inigualável Jesus da Bíblia que se humilhou, esvaziou-se morendo em nosso lugar. Ele é o nosso Salvador, não por ser belo em aparência, forte em musculatura. Mas, sim, por ser o Deus encarnado, o Unigenito Filho de Deus.

Nosso relacionamento com Jesus deve ser com base única e exclusivamente em Sua perfeição, divindade, sacrifício na Cruz, amor e perdão incondicionais dos nossos pecados. Mesmo sendo feio de aparência física, “seu nome é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”,  conforme Isaías prenuncia no capítulo 9, verso 6. Ele é o Deus encarnado que morreu por nossos pecados, digno de toda a nossa adoração.


ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

quarta-feira, 17 de abril de 2013

QUAL A DIFERENÇA DO ARTISTA PARA O PREGADOR?


Diz o trecho de uma famosa música que "o artista tem que ir aonde o povo está". Tudo bem, no caso do artista que precisa da aprovação e louvor do público para seu sucesso profissional, não há nada de mal nisso. Porém, infelizmente, uma máxima semelhante a esta tem sido diretriz em muitas igrejas, o que é uma tragédia. Muitos pensam que o pregador deve pregar o que o povo quer ouvir. É isto mesmo que  Bíblia ensina?

O medo do anonimato, da diminuição do público e, consequentemente, das ofertas financeiras dos fiéis, tem levado muitos pastores a pregar o que o povo pede. Pastor não é garçom no sentido de atender os mais variados pedidos dos membros de igrejas que se comportam como clientes. Isso tudo está errado, mas tem acontecido.

Muitos pregadores com medo de ofenderem certas pessoas "importantes" na igreja com a mensagem bíblica de arrependimento pregam uma vida cristã frouxa, onde não necessitam de muita santidade, genuíno arrependimento, abandono de práticas pecaminosas, etc. 

 Outros, igualmente errados, para não perderem os jovens para o mundo, diluem o evangelho com auto ajuda, gracejos, shows, entretenimentos, muita musica que exalta o homem e uma mensagem que além de rápida também é rasa, que não os leva a tomarem decisões sérias na vida, como abandono de certas amizades, lugares impróprios,  vestimentas indecentes e por ai vai. 

O medo de ofenderem as pessoas os levam a ofenderem a Deus com uma pregação deturpada e adulterada do Evangelho. John MacArthur, com muita sabedoria e profundidade, ciente deste mal que assola a igreja, disse: "Nunca suavize o Evangelho. Se a verdade ofende, então deixe que ofenda. As pessoas passam toda a sua vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento".

Paulo em I Coríntios, combatendo este mesmo mal, diz no capítulo 1 versos 22 a 24: "Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram sabedoria; nós porém, pregamos Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus."

Quando o pregador está mais preocupado em atender pedidos e agradar os ouvintes do que ser fiel a Deus e transmitir a mensagem verdadeira do Evangelho, ele deixa de ser um pregador fiel e passa a ser um fantoche na mão do povo. Muitos membros vão pedir uma mensagem mais leve, com menos implicações, menos exigências, algo que não os faça pensar muito e muito menos, uma mensagem que os levem a arrependimento e mudanças. 

Querem continuar como estão. Falar de pecado, arrependimento, perdão, reconciliação incomodam aqueles que estão mais preocupados consigo mesmo do que com Cristo. Tais pessoas querem sentir-se bem ao ouvir a mensagem pregada. Contudo, esquecem que o que nos faz bem, de fato, é a pregação fiel da Palavra de Deus. Paul Washer, advertindo contra esse mal que invandiu o evangelicalismo, onde pregadores moldam a pregação ao gosto do povo, disse: "O pregador não é um agente social, e também não é um executivo de marketing, ele é apenas um mensageiro da fé, do que já foi dito por Deus e ele precisa dizê-lo apenas da forma que Deus disse, as pessoas gostando ou não”.

Portanto, se o pedido de seus ouvintes for algo diferente da mensagem da Bíblia, não os atenda por amor a eles! Não os engane com um falso evangelho permissivo, leviano e humanista. Mantenha-se fiel à Palavra de Deus mesmo que isso custe perda de membros, menos ofertas, menos popularidade e muitas críticas e até mesmo inimigos. É a Deus que iremos prestar contas do que temos feito com nossa vida e com a Palavra que Ele nos confiou.

Alexandre Pereira Bornelli