PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 17 de abril de 2013

QUAL A DIFERENÇA DO ARTISTA PARA O PREGADOR?


Diz o trecho de uma famosa música que "o artista tem que ir aonde o povo está". Tudo bem, no caso do artista que precisa da aprovação e louvor do público para seu sucesso profissional, não há nada de mal nisso. Porém, infelizmente, uma máxima semelhante a esta tem sido diretriz em muitas igrejas, o que é uma tragédia. Muitos pensam que o pregador deve pregar o que o povo quer ouvir. É isto mesmo que  Bíblia ensina?

O medo do anonimato, da diminuição do público e, consequentemente, das ofertas financeiras dos fiéis, tem levado muitos pastores a pregar o que o povo pede. Pastor não é garçom no sentido de atender os mais variados pedidos dos membros de igrejas que se comportam como clientes. Isso tudo está errado, mas tem acontecido.

Muitos pregadores com medo de ofenderem certas pessoas "importantes" na igreja com a mensagem bíblica de arrependimento pregam uma vida cristã frouxa, onde não necessitam de muita santidade, genuíno arrependimento, abandono de práticas pecaminosas, etc. 

 Outros, igualmente errados, para não perderem os jovens para o mundo, diluem o evangelho com auto ajuda, gracejos, shows, entretenimentos, muita musica que exalta o homem e uma mensagem que além de rápida também é rasa, que não os leva a tomarem decisões sérias na vida, como abandono de certas amizades, lugares impróprios,  vestimentas indecentes e por ai vai. 

O medo de ofenderem as pessoas os levam a ofenderem a Deus com uma pregação deturpada e adulterada do Evangelho. John MacArthur, com muita sabedoria e profundidade, ciente deste mal que assola a igreja, disse: "Nunca suavize o Evangelho. Se a verdade ofende, então deixe que ofenda. As pessoas passam toda a sua vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento".

Paulo em I Coríntios, combatendo este mesmo mal, diz no capítulo 1 versos 22 a 24: "Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram sabedoria; nós porém, pregamos Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus."

Quando o pregador está mais preocupado em atender pedidos e agradar os ouvintes do que ser fiel a Deus e transmitir a mensagem verdadeira do Evangelho, ele deixa de ser um pregador fiel e passa a ser um fantoche na mão do povo. Muitos membros vão pedir uma mensagem mais leve, com menos implicações, menos exigências, algo que não os faça pensar muito e muito menos, uma mensagem que os levem a arrependimento e mudanças. 

Querem continuar como estão. Falar de pecado, arrependimento, perdão, reconciliação incomodam aqueles que estão mais preocupados consigo mesmo do que com Cristo. Tais pessoas querem sentir-se bem ao ouvir a mensagem pregada. Contudo, esquecem que o que nos faz bem, de fato, é a pregação fiel da Palavra de Deus. Paul Washer, advertindo contra esse mal que invandiu o evangelicalismo, onde pregadores moldam a pregação ao gosto do povo, disse: "O pregador não é um agente social, e também não é um executivo de marketing, ele é apenas um mensageiro da fé, do que já foi dito por Deus e ele precisa dizê-lo apenas da forma que Deus disse, as pessoas gostando ou não”.

Portanto, se o pedido de seus ouvintes for algo diferente da mensagem da Bíblia, não os atenda por amor a eles! Não os engane com um falso evangelho permissivo, leviano e humanista. Mantenha-se fiel à Palavra de Deus mesmo que isso custe perda de membros, menos ofertas, menos popularidade e muitas críticas e até mesmo inimigos. É a Deus que iremos prestar contas do que temos feito com nossa vida e com a Palavra que Ele nos confiou.

Alexandre Pereira Bornelli

2 comentários:

Unknown disse...

Infelizmente, este post confronta a mais pura realidade sobre que tem ocorrido nas igrejas, ou melhor nos templos chamados igrejas. Já não é de hoje que quem tem vigiado, tem percebido que a mensagem da graça e da salvação estão se "diluindo" no ambiente de alguns templos. Muito bom o post, pois vem alertar para essa triste realidade e permitir que possamos "nos lembrar de onde caímos".

Anônimo disse...

Se você procura massagem de ego, seu lugar é na Seichô-no-iê, se você procura o sentido da vida e o Caminho para o céu, seu lugar é na igreja.