PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 28 de março de 2012

O que é buscar e pensar nas coisas do alto?

Em Colosssenses 3: 1 a 3, somos exortados a buscar e a pensar nas coisas do alto e não nas que são aqui da terra. Mas, o que é isso afinal? É não pensar em mais nada, trabalho, família, lazer, amigos etc?
A exortação Bíblia não quer nos fazer seres anormais, pessoas alienadas da vida que ficam sentadas pensando 24h por dia nas coisas do alto, esquecendo-se de sua vida na terra. Buscar e pensar nas coisas do alto é, primeiramente, uma característica dos que nasceram de novo, diz o texto. Ninguém, por mais moralmente correto que seja, que ainda não creu em Jesus Cristo consegue viver assim. Esta advertência  é no sentido de colocarmos a Palavra de Deus como sendo determinante em tudo que fizermos e buscarmos. Deus mesmo deve ser o referêncial supremo da nossa vida. Toda a nossa vida deve ter por base as coisas do alto. Devemos viver para a eternidade. Nossas decisões, ações, reações, escolhas e o uso do nosso tempo, bens, saúde e tudo mais deve ser visando as coisas do alto. A pergunta a ser feita é: "Deus será glorificado que desejamos fazer?" Não se trata de uma fuga da realidade. Buscar e pensar nas coisas do alto não é um escape dos fatos da vida. Antes, deve ser o que nos motiva a viver. Em nosso trabalho, relacionamentos (todos eles), em nosso momento de lazer devemos bucar e pensar nas coisas do Alto. Não deve momentos em nossa vida em que devemos buscar e pensar nas coisas do alto e noutros, não. Isto deve ser algo constante em tudo o que fizermos, sendo algo determinante em todo o nosso proceder. 
Portanto, busquemos e pensemos nas coisas do alto em nosso casamento, na criação dos filhos, em nosso trabalho, durante nosso lazer, nas amizades, namoro, férias, conversas, na internet, sozinhos, aonde for. Isto é cumprir o que Paulo diz em I Coríntios 10:31, quando diz que devemos fazer tudo para a Glória de Deus.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

segunda-feira, 26 de março de 2012

QUAL É A EVIDÊNCIA BÍBLICA DE QUE CONHEÇO A DEUS?

                               
Há um número enorme de pessoas que dizem conhecer a Deus. Porém, muitos falam isto sem um real conhecimento de quem é o Deus da Bíblia. Falam quem conhecem a Deus como conhecem a pontos turísticos, pessoas importantes, grandes cidades e outros países. Todavia, o conhecimento real de Deus é algo transformador. Quando realmente o Senhor desvenda os olhos de alguém para que este  O contemple (Sl 119:18), a vida de tal pessoa é profundamente marcada pelo início de uma transformação que durará toda a sua vida, que é conhecer a Deus na pessoa de Jesus Cristo.
Sabendo disto, João nos exorta em sua primeira carta. É o que lemos em I João 2: 3 a 6: “3. Ora sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. 4. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. 5. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto conhecemos que estamos nele: 6. aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar como Ele andou.”
Alguns preciosos ensinamentos estão sendo ensinados por Deus, através de João, para nosso aprendizado. O primeiro está no verso 3, é o contraste entre o conhecimento apenas intelectual e o conhecimento real, prático e pessoal de Deus. O fato de guardarmos os mandamentos de Deus é uma prova incontestável de que realmente conhecemos o Senhor. Guardar os mandamentos aqui significa obedecê-los. E João sabe que ninguém de nós consegue fazer isto com perfeição. O que João nos ensina é que o desejo de obedecer aos mandamentos de Deus é algo determinante e prioritário na vida daqueles que realmente conhecem a Deus, ainda que imperfeitamente. De nada adianta falarmos que O conhecemos se não guardamos a Sua Palavra em nosso coração, se não procuramos obedecê-La e se Ela não é nossa regra de fé e prática. O segundo ensinamento está no verso 4. É a diferença entre falar e ser. Podemos ter um discurso bonito, dizendo que conhecemos a Deus, mas se não guardamos os seus mandamentos somos mentirosos, diz o texto. João combate a hipocrisia daqueles que apenas falam que conhecem a Deus, mas que suas vidas não evidenciam isso, pois não buscam obedecer à Sua Palavra. Entre o que falamos e o que fazemos, prevalece o segundo. Belas palavras sem uma vida compatível com elas é uma mentira, um engano e religião no pior sentido da palavra. O terceiro ensinamento está no verso 5 onde João continua dizendo que quando guardamos ou obedecemos a Palavra, nosso relacionamento com Deus progride e o amor de Deus vai sendo aumentado em nossa vida, fazendo-nos cada vez mais obedientes aos mandamentos bíblicos. No final do verso 5 João diz: “Nisto conhecemos que estamos nele...”, e, logo no início do sexto e último verso desta meditação, João faz um teste muito prático pra que cada um analise sua situação diante de Deus e veja se realmente O conhece. João finaliza ao dizer que aquele que fala que crê em Deus deve, necessariamente, andar como Jesus andou. Isto quer dizer que se conhecemos de fato o Senhor, andamos em obediência aos seus mandamentos e eles determinam nossos passos, atitudes, falar, comprar, vender e todos os nossos relacionamentos são realizados visando nossa obediência à Palavra de Deus.
Portanto, aprendemos que Deus deseja que guardemos de fato Sua Palavra.  Porém, ele sabe que não conseguimos fazer isto com perfeição, mas espera sinceridade e desejo de viver assim. Este texto bíblico nos coloca  diante de um ensinamento que não nos deixa enganar. Falamos que conhecemos a Deus? O fato de guardarmos os Seus mandamentos por si só responde a esta pergunta.  João acaba com a teoria falsa daqueles que dizem conhecer a Deus, mas que continuam sem qualquer transformação de vida. Um conhecimento teórico e intelectual de Deus não resolve nada. Precisamos conhecê-Lo verdadeiramente e isto nos traz implicações. A primeira delas é que começamos a desejar e buscar obedecer à Palavra de Deus. Então, a Bíblia começa a ser a regra da nossa vida, em todos os nossos relacionamentos, conjugais, familiares, pais e filhos, namorados, patrão e empregado e assim por diante. Guardar, crer, desejar obedecer, pautar nossa vida pela Palavra de Deus é a prova irrefutável de que realmente conhecemos a Deus.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

quinta-feira, 22 de março de 2012

REFLITA ANTES DE AGIR.


Refletir é sinônimo de meditar.  Portanto, a reflexão deve fazer parte da nossa vida se é que desejamos evitar muitos males advindos de negligenciarmos sua importância.
Nosso alvo não é praticar a meditação esotérica. De jeito nenhum. Devemos meditar, refletir nossa vida à luz da Palavra de Deus. Por isso, temos a exortação de Provérbios 19:2: “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado”. A primeira lição aqui nos exorta da necessidade de meditarmos antes de agirmos, para pecarmos por sermos precipitados. Pedro, impulsivo por natureza, precisou ser exortado pessoalmente por Jesus, ao agir sem refletir e precipitadamente, cortando a orelha de Malco, mesmo na boa intenção de “proteger” o Senhor (João 18:10,11). Neste caso, Pedro procedeu sem refletir  e por isso foi precipitado em seu agir causando ferimentos desnecessários. Como Pedro, pecamos muitas vezes por nossa precipitação e falta de reflexão em nossas atitudes e palavras, seja no casamento, com os filhos, amigos ou nos relacionamentos profissionais. O que é esse refletir? Numa linguagem cotidiana seria pensar duas vezes ou contar até dez antes de falar ou fazer algo. Refletir para nós cristãos é o mesmo que considerar e reconsiderar à luz da Palavra de Deus se nossas atitudes e palavras glorificarão a Deus e edificarão ou destruirão as pessoas. A Bíblia nos adverte desta importância no Salmo 1:2: “Antes o seu prazer está na lei do Senhor, e nela medita dia e noite” e, Josué 1:8:” Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito...”. Primeiro precisamos ler a Palavra para então, meditarmos nela e sermos guiados pelo seu ensino. Temos um exemplo prático e claro de como essa reflexão deve ser usada em nossos relacionamentos em Efésios 4:29: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e, sim, unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e assim transmita graça aos que ouvem”.  Palavras saem constantemente da nossa boca todos os dias. E como flechas, não mais as recuperamos. A maneira segura de evitarmos ou diminuirmos isso é mediante e refletindo na Palavra de Deus antes de falarmos algo. Como um caçador atento que não desperdiça suas flechas, assim também não devemos atirar palavras sem antes mediarmos se realmente devemos dizê-las. Outro ensinamento bíblico nesse sentido está em Provérbios 18:13 quando diz que “responder antes de ouvir é estultícia e vergonha”. Novamente, a Palavra aqui nos exorta contra a precipitação. Quantas vezes falamos e agimos precipitadamente, pecando contra nossos filhos, nosso cônjuge, amigos, pais e com nossos irmãos na fé, por falta desta reflexão! Quantos atritos, feridas e divisões poderiam e podem ser evitadas se antes refletirmos em nossas atitudes à luz da Palavra de Deus, desejando que Deus sonde e revele nossos motivos mais íntimos que nos impulsionam a proceder de tal forma. Devemos ter claro em nossa mente que refletir não é agirmos com base em nossos critérios pessoais, considerando se temos razões para fazer algo ou não. Refletir biblicamente é colocar nossas atitudes, pensamentos e palavras sob o crivo da Palavra de Deus. Por isso a necessidade de lermos a Palavra e orarmos pedindo sabedoria (Tg 1:5).
Aprendemos então que precisamos e devemos refletir antes de agir, falar, aceitar convites (aqui um alerta especial aos jovens!), antes de namorarmos, ao escolhermos amigos, ao lermos um livro, assistirmos TV, usarmos a internet, etc. A precipitação nos leva, muitas vezes a pecar. É o filho que age precipitadamente sem antes ouvir os pais, sãos os cônjuges que não escutam um ao outro, são amigos e irmãos na fé que atritam por serem precipitados. Não podemos ir caminhando sem antes refletirmos sobre nossos passos, se estão em conformidade com a vontade do Senhor. A reflexão evita muitas quedas. Aquele não reflete é soberbo, pois se julga sábio o bastante para considerar seu procedimento por si só. E, sabemos pela Palavra de Deus, ao lermos Provérbios 16:18 que “a soberba precede a ruína e a altivez do espírito, a queda”. Um sinal de humildade é quando refletimos em oração dirigida ao Senhor, pedindo clareza se nosso procedimento está ou não de acordo com Sua Palavra. Diante da Palavra de Deus, todos precisamos ceder, disse Martinho Lutero. Desse modo, evitaremos agir precipitadamente, não colocaremos o “carro na  frente dos bois”,  não “cortaremos as orelhas dos Malcos”. Refletindo na Palavra de Deus, que é a verdade (João 17:17) evitaremos muitos pecados inerentes da precipitação, tais como: contendas, mentiras, palavras torpes, ofensas e outros mais. Que o Senhor nos ensine a refletir, orar, pedir orientação ao Espírito Santo para que Ele nos guie em todos os nossas atitudes e palavras.
ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

terça-feira, 13 de março de 2012

Está tudo liberado!

Imagine seus pais chegando até você e dizendo: “Filho (a) queremos dizer que a partir de agora permitimos qualquer comportamento seu, permitimos que faça tudo que sempre quis fazer, mas que não deixávamos. Pode ir a qualquer lugar que quiser, voltar a hora que desejar e participar de qualquer festa que lhe convidarem. Não haverá disciplina nem restrições por isso. Queremos o seu melhor, sua felicidade afinal, te amamos muito”. Ou, imagine os pastores da sua igreja dizendo isso de púlpito aos membros. Isto é tudo que você sonha um dia escutar? Qual foi a reação e o sentimento do seu coração ao imaginar esse fato? O que você faria?
Para muitas pessoas que se denominam cristãs, principalmente os jovens, isso é tudo que desejam um dia ouvir, infelizmente. Tais pessoas ainda não foram realmente ganhas e constrangidas pelo amor do Senhor, sendo extremamente infelizes e ingratas na vida cristã. Vivem reprimidas, com raiva dos Pais, de Deus e dos Pastores. São insatisfeitas e rebeldes com a Palavra de Deus. Desejam pecar, mas não fazem com medo de serem descobertas. Não se deram conta de que vivem na presença de Deus e de que será a este Deus que irão prestar contas de como viveram. Ainda vivem temendo pai, mãe, tio, irmão, namorada  (o), marido, esposa, filhos, pastores e amigos. O resultado é que quando estão longe de tais pessoas vivem de um jeito completamente diferente. Perderam, ou nunca  tiveram o real temor de Deus, a certeza da onisciência do Senhor. Quando enganam as pessoas, acham que enganam também a Deus. Que tragédia viver assim. Isto é prova incontestável de que falta a tais pessoas o temor de Deus, temor este que os ímpios não tem (Romanos 3:18; Salmos 14:1). Em contraste, vemos que aqueles que foram salvos pela Graça de Deus receberam dEle mesmo, o temor conforme vemos nos textos bíblicos de Jeremias 32:40; Salmo 86:11; Provérbios 1:7; 8:13; 9:10; 15:3; 16:6 dentre outros. É esse temor que Deus mesmo imprimiu em nossos corações que nos mantém obedientes à Sua Palavra. Vivemos então, apesar de sermos ainda pecadores e desobedientes, com um novo desejo intenso em guardar os mandamentos de Deus em todas e quaisquer circunstâncias como resultado do nosso amor a Deus (João 14:23 e I João 2:3). Portanto, aquela pessoa que evita cometer pecados porque os olhos dos homens estão fixos sobre ele, mas que não hesita em cometê-los quando está sozinho, é destituído de temor de Deus. Aquele que teme de fato a Deus sabe que Ele é um Deus que vê (Gn 16:13). Além do que, persevera nesse temor diariamente (Provérbios 23:17), andando, como resultado desse temor, nos  caminhos do Senhor (Sl 128:1). O temor a Deus é algo visível em nossa maneira de viver. Quando há temor em nosso coração trilhamos pelos caminhos do Senhor. Porém, se não estamos nos caminhos de Deus por mais que falemos que possuímos temor, não é o temor de Deus que temos. Davi deixa claro que "a intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança" (Sl 25:14). Portanto, o temor a Deus é algo perceptível, visto que nosso temor a Ele evidencia-se em nosso apego à Sua Palavra.
Aprendemos então que é o temor de Deus que nos mantém verdadeiramente no caminho da santidade, mesmo quando estamos sozinhos usando a internet, vendo um filme, ouvindo música, viajando, praticando esportes, ou mesmo, namorando, nos divertindo com os amigos, na universidade, etc. Mesmo que os pais, ou os pastores, hipoteticamente falando, liberassem tudo a seus filhos e aos membros da igreja, os que de fato temem a Deus continuariam firmes nos caminhos do Senhor, porque sabem que vivem na presença de Deus (Sl 139) e que não irão prestar contas da sua vida aos pais nem aos pastores e, sim, a Deus (Ec 11:9). Nada mais é capaz de manter uma pessoa nos caminhos de Deus senão o próprio temor do Senhor nos dado graciosamente por Ele mesmo. Preservemos esse temor, andando em obediência e arrependimento, andando na Luz com Deus, porque Deus ama a verdade no íntimo (Sl 51:6). A oração: “...dispõe-me o coração para só temer o teu nome” feita pelo salmista (Sl 86:11) é a oração de todo aquele que tem a Deus e deseja viver para honrar e glorificar o Seu Santo nome.

Alexandre Pereira Bornelli

quarta-feira, 7 de março de 2012

FALANDO COM SALMOS

 
Em uma gostosa conversa, embora rápida, com um Senhor de 83 anos de idade, cristão genuíno, amigo pessoal, fiquei impressionado em sua dedicação de assimilar a Palavra de Deus.  Após alguns segundos de conversa sobre mudas de plantas, seu atual hobby, o que faz com maestria, o assunto virou para a Bíblia. Então, ele disse que de tanto ler e estudar o Salmo 119 ele o assimilou e o recita a qualquer tempo. Fiquei curioso. Então lhe disse: “posso perguntar versículos aleatórios ou o Sr. fala pela sequência numérica do Salmo?”. Dos dois jeitos, me respondeu sorrindo serenamente. O desafiei. Abri a Bíblia e comecei aleatoriamente perguntar o que estava escrito nos versículo tal e tal. Mal acabara de falar o número do versículo e o Sr já dizia o texto sem hesitação. Impressionante!  Perguntei fora de ordem e ele acertou todos! E fala com amor pela Palavra, não simplesmente, como uma tabuada.
Ao conversamos com este Sr. vemos seu amor pela Palavra de Deus. Ele assimilou outros salmos também. Durante a conversa ainda me falou que todos os dias ele lê a Bíblia! Todos os dias! Isto, sem dúvida, é um desafio à todos nós. Não apenas para sair tagarelando por ai, mas fazer como este Sr faz, falar com alegria, amando o Deus do Salmo, não falar por falar, decorar por decorar, mas para que a Palavra esteja sempre pronta para ser dita. É isto que Colossenses 3:16 nos diz: “Habite ricamente em vós a Palavra de Cristo, instruí-vos, aconselhai-vos uns aos outros em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração.” Também Josué 1:8: “Não cesses de falar desse Livro da lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito...” ou, o Salmo 1: “...antes o seu prazer esta na lei do Senhor e nela medita dia e noite...”. Quando fazemos isto sem gratidão a Deus o resultado é trágico, não passa de exibicionismo de nossa parte. Contudo, quando assimilamos a Palavra de Deus como gratidão por tudo o que Ela representa em nossa vida, como este Sr. faz, então Deus é glorificado e nós somos edificados, como de fato fui edificado ao escutar este Sr. recitando o Salmo, fruto de sua gratidão a Deus. É como disse Smith Wigglesworth: “Encha seu coração e sua mente com a Palavra de Deus. Memorize versículo, de modo que você possa citar a passagem corretamente quando estiver em reuniões ao ar livre ou pregando para alguma pessoa. Ao fazer isso, estará lançando sementes no coração dela, as quais serão germinadas pelo Espírito Santo. Ele será capaz de trazer à sua mente aqueles textos que você memorizou um dia. Você precisa estar ensopado com a apalavra de Deus, tão cheio dela que você mesmo seja uma carta viva, conhecida e lida por todos os homens. Os crentes são fortes apenas quando a Palavra de Deus habita neles.” Que Deus ainda preserve este interesse e a saúde deste Sr. lhe dando mais e mais fome pela Palavra e pela leitura diária e condição de assimilação das Escrituras. Igualmente, que Deus desperte em todos nós o mesmo desejo, de ler todos os dias a Sua Palavra e até de assimilarmos o que lemos, que sejam poucos versículos, para que a Palavra estando em nossa mente e coração possa prevalecer em todos os nossos atos durante nosso viver, nos fazendo pensar nas coisas do  Alto enquanto vivemos nesta terra, para que, chegando aos 80 anos, se Deus assim permitir, tenhamos amor pela Palavra de Deus maior do que temos tido até agora.

Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 6 de março de 2012

Você está convencido?

A Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, dentre outras coisas, mostra que Deus é Santo e que o homem é pecador. Todavia, aqueles que ainda não foram alcançados pela graça do Senhor, não têm ideia do que isso significa. Mas  e  nós, cristãos, estamos convencidos desta verdade?
É possível que muitos de nós que dizemos ser cristãos, tenhamos apenas uma noção da santidade de Deus e do nosso pecado.  Porém, ter noção disto não é suficiente, precisamos estar convencidos desta verdade. Todavia, ninguém é convencido da sua miséria e pecado diante de Deus senão unicamente através do atuar do Espírito Santo de Deus. Portanto, qual a diferença entre saber e estar convencido a respeito do pecado? É comum em nossas amizades dizermos que tal pessoa é convencida. Isto se da quando tal pessoa não tem nenhuma dúvida quanto a si mesma, seja por se achar bonita, inteligente, talentosa ou outra coisa semelhante. Ainda que ninguém mais pense assim dela, tal pessoa convencida vive com a certeza de que realmente é alguém excepcional. Há, porém, aquele que tem uma noção, que até passa por momentos em que acredita ser bom em alguma coisa, mas ainda é duvidoso quanto à sua real capacidade. Num momento acredita ser, noutro seguinte, desacredita totalmente de seu potencial. Este não está convencido.
Precisamos meditar em nossa vida com relação ao pecado. Estamos de fato convencidos que somos realmente pecadores? Esta verdade está sedimentada em nosso coração? Mesmo que em algumas igrejas, pastores mal orientados (alguns mal intencionados) digam o contrário, levando uma mensagem de autoajuda, para melhorar a autoestima, mensagem antropocêntrica, estamos convencidos por Deus, de que somos miseráveis pecadores merecedores do inferno? Ou, porventura, pensamos não sermos tão pecadores assim, por ter sido criados em um ambiente bom, por não termos ficha na polícia e por sermos trabalhadores? Isto é uma questão de suma importância e faz toda a diferença em nosso relacionamento com Deus e com o próximo. Lembremos, por exemplo, da oração do fariseu e do publicano registrada em Lucas 18:10 a 14? “O fariseu, em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, ladrões, corruptos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho”. Em contrapartida, “o publicano, estando em pé, longe, nem ousava levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim pecador!” O fariseu relacionava errado com Deus, julgando ter méritos próprios e, consequentemente, relacionava errado com seu próximo ao julgá-lo.  O publicano mesmo ouvindo a oração absurda do Fariseu, não o retrucou, não se defendeu, apenas pediu misericórdia a Deus. Qual dos dois estava convencido de que era pecador e que precisava totalmente de Deus? Sem dúvidas era o publicano. E, porque sabemos disto? Pela sua oração. Afinal, a boca fala do que está cheio o coração. Quando não estamos convencidos que somos pecadores e que merecemos o inferno, relacionamos errado com Deus e com o próximo. Como tem sido nossas orações? Como temos reagido quando um irmão peca: julgamos, condenamos, ridicularizamos, fofocamos ou oramos por ele e procuramos ajudá-lo, sabendo que se não for a graça de Deus, fazemos o mesmo e até pior. O Espírito Santo de Deus precisa nos convencer a respeito da santidade de Deus e da nossa miséria e pecado.  É o que Romanos nos diz no capítulo 3:23: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” E, Davi no Salmo 51 afirma categoricamente que nasceu em pecado.
Aprendemos então que não basta apenas termos uma noção de que somos pecadores. Precisamos, na verdade, estar convencidos, derrotados pelo Espírito Santo de Deus de que nascemos em pecado e que por isso, pecamos e precisamos desesperadamente da salvação que há em Cristo Jesus. Aprendemos também, que o fato de estarmos convencidos por Deus da nossa depravação e pecado, tem profundas influências positivas em nossa vida com Deus e com os irmãos. Estar convencido de que somos pecadores não é o mesmo que apenas saber que o homem é pecador. Podemos saber disso na teoria, mentalmente ou de tanto escutarmos pregações a respeito. Mas, se em nosso viver, ainda predomina o orgulho, a altivez, arrogância, independência é prova incontestável de que precisamos ainda ser ganhos por Deus e convencidos de que em nós, em nossa carne, não habita bem algum. Entretanto, quando a certeza da nossa depravação e da nossa indignidade diante de Deus inundam nosso coração, começamos a experimentar o que é a verdadeira humildade e o verdadeiro cristianismo, que é estar vazio de si mesmo e cheio de Deus e a cada dia, diminuir em nós mesmos, em nossa vontade própria, para que Jesus cresça cada dia mais (João 3:30). Aquele que foi convencido de seu pecado dirá: “não mais eu mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20).

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI