Todos
aqueles que se submetem a um regime físico terão que reeducar a alimentação.
Deverão abster-se de certos alimentos (muitos deles saborosos) para, em seu
lugar, ingerir outros, mais saudáveis. As refeições serão em mais vezes diárias,
porém menos calóricas. Além disso é preciso não ficar “beliscando” doces e
aperitivos entre as refeições. O preço a ser pago pela nova disciplina
alimentar é alto, mas os resultados aparecem à medida que se obedece o cardápio.
Embora
nem todas as pessoas precisem ou desejem fazer regime, o fato é que na vida
cristã todos nós, indistintamente, precisamos seguir o cardápio da santidade
que a Bíblia nos apresenta. Precisamos parar de nos alimentar de coisas
simplesmente agradáveis para alimentarmos de algo espiritualmente nutritivo.
Para isso, precisamos nos alimentar mais vezes da Palavra de Deus diariamente e
menos das coisas mundanas.
Em
I Tessalonicenses 4, versos de 1 a 8, somos exortados: “1.Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que,
como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus,
e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais; 2. porque
estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus. 3.Pois
esta é a vontade Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da
prostituição; 4. que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em
santificação e honra, 5. não com o desejo de lascívia, como os gentios que não
conhecem a Deus; 6. e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu
irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos é o
vingador, 7. porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a
santificação. 8. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim
a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.”
Dentre
várias verdades deste rico texto, queremos destacar somente algumas para a nossa
meditação. A primeira é que nossa vida deve agradar a Deus. Isso nos leva
a repensarmos como temos vivido; para agradar a nós mesmos, aos outros ou a
Deus? Iremos agradar a Deus vivendo em obediência a Ele e em santidade (I João
2:6). Segunda verdade, se acaso já estamos nesse caminho de santidade,
que continuemos progredindo nele. Ou seja, ninguém se torna mestre em
santidade. Não há ninguém que possa dizer ter alcançado um nível de santidade
tal que possa parar de busca-la. Devemos viver em santificação constante e deve
ser algo progressivo, ou seja, devo estar em maior santidade hoje do que estive
no passado, caso contrário algo está errado comigo (Hb 12:14, Oséias 6:3). Terceira
verdade, Paulo deixa claro que a santificação é a vontade de Deus para
todos nós. Ninguém escapa disto. Não há dúvidas quanto a isso e nem mesmo
precisamos orar neste sentido. Devemos orar para Deus nos capacitar nessa
busca, mas orar para saber se devemos ou não buscar a santificação é perda de
tempo. A quarta verdade está diretamente relacionada com a anterior.
Santidade não é algo teórico, abstrato ou apenas de palavras. Paulo começa
dizendo que a santificação é abster-se prostituição. Este conselho vale tanto
para os solteiros como para os casados. Onde há sinais de prostituição ou
impureza moral, física e espiritual devemos fugir dali. O quinto aspecto
totalmente prático da santificação é que devemos viver de tal forma que nosso corpo glorifique e honre a Deus. Não podemos ter um
discurso correto de santidade e vivermos de forma contrária. Nosso corpo, que é
o templo do Espírito Santo de Deus (I Pe 2:5) deve evidenciar esta verdade, tendo
uma vida não controlada pela lascívia, pelo desejo carnal desenfreado, mas sim,
controlada pelo Espírito Santo de Deus. A sétima verdade a ser destacada
é que Paulo reforça a razão pela qual fomos chamados e salvos por Deus. No
verso 7 ele deixa claro que “Deus não nos
chamou para a impureza, e sim, para a santificação”. Essa verdade deve
estar sedimentada em nosso coração. Quando crermos, de fato, nisso, viveremos de
modo agradável a Deus. Caso contrário, se não entendemos que Deus nos chamou para
a santificação não fará sentido para nós a preocupação em agradá-Lo e nem em
buscarmos a santificação nesse mundo. A última verdade que destacamos é
que Paulo não avoca para si a autoridade final da exortação. Ao contrário, ele
deseja que tenhamos temor de Deus, ao dizer que se rejeitamos estas verdades,
estamos rejeitando ao próprio Deus que as instituiu. De fato, pois será a Deus
unicamente que iremos prestar contas da nossa vida.
Portanto,
se desejamos seguir pelo caminho da santidade, devemos nos alimentar de Deus
mais vezes durante o dia e de forma melhor, fazendo uso dos meios de graça,
tais como: leitura diária da Palavra, oração e comunhão dos irmãos. Para
progredirmos nesse caminhar e seguir o cardápio da santidade devemos nos abster
das coisas do mundo e nos alimentar das coisas de Deus. Embora tenhamos nossos
compromissos e responsabilidades, podemos manter nossa comunhão com Deus
fazendo tudo isso para a Sua glória. Reflitamos também nestas questões: a)
nossa vida tem agradado a Deus?; b) temos progredido na santidade?; c) temos
entendido que buscar a santificação diária é uma ordem de Deus, sendo Sua
vontade para cada um de nós?; d) temos
realmente fugido da prostituição, impureza e todo tipo de imoralidade?; e) o
desejo de lascívia, ou, o desejo carnal descontrolado, tem dominado nossos
pensamentos, atitudes e imaginações? e; f) quem rejeita estas verdades
absolutas está rejeitando o próprio Deus e terá que prestar contas disso a Ele
no dia final.