quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Ano novo, vida velha?
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Adeus ano velho, INfeliz ano novo!
É momento oportuno para fazermos uma retrospectiva da nossa vida e refletir sobre o ano que está para se acabar. Precisamos considerar que tivemos muitas horas, dias, semanas e meses para construirmos uma vida cristã sadia e íntegra, muitas oportunidades dadas por Deus para nos rendermos mais a Ele, buscando mais a santidade e a pureza. Tudo isto, resultaria em encontros alegres, edificantes e descontraídos em família e como igreja nestes últimos dias do ano. Mas, a realidade, muitas vezes, é outra. Para os que aproveitaram bem o tempo que se passou é momento de muita alegria estar reunidos com a família e os irmãos em Cristo no fim do ano onde é a chance dos parentes se encontrarem com mais tempo disponível. No entanto, aqueles que passaram o ano e não aproveitaram o tempo para desenvolver a vida cristã e aumentar a intimidade com os irmãos, devem repensar o tempo perdido. Afinal, devemos refletir sobre o que fizemos durante o ano todo para o nosso crescimento espiritual. Crescemos no conhecimento da Palavra de Deus? Aumentamos e fortalecemos nosso relacionamento com o Senhor Jesus? Estas duas coisas governam todos os demais relacionamentos da nossa vida. Quando buscamos conhecer mais a Palavra com humildade e sinceridade, somos levados a amar mais ao Autor dela e amando mais a Cristo, inevitavelmente, amamos mais o nosso próximo, que inclui nosso cônjuge, filhos, pais, irmãos, etc. Por outro lado, quando apenas passamos o ano lendo a Bíblia religiosamente, com um coração orgulhoso, ressentido, amargurado e desobediente, o resultado é desastroso e refletirá negativamente não somente em nossa própria vida cristã como afetará todos os nossos relacionamentos. Isto, porque a vida cristã é relacionamento. Relacionamos tanto com Deus quanto com o próximo a vida toda. Portanto, de nada adianta dizermos que estamos amando mais a Jesus, se não amamos de fato e de verdade nosso próximo. Um bom termômetro do nosso relacionamento correto com Cristo é o nosso relacionamento com o próximo. Não há como afirmarmos que mantemos um bom relacionamento com Jesus se não conseguimos viver bem em família, como igreja e na sociedade. É o que diz I João 2:9: "Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão até agora está nas trevas." Trocando em miúdos, temos: "Não adianta falarmos e até orarmos que amamos Deus se não temos demonstrado amor cristão (perdão, por exemplo) para com nosso próximo no dia-a-dia." Por outro lado, o amor cristão é uma das evidências do nosso amor a Deus. É o que diz o verso (v. 10) do mesmo texto: "Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e nele não há nenhum tropeço". E, a seguir, vemos a conclusão com a leitura do verso 11: "Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos."
No entanto, há esperança! E ela está em praticarmos a Palavra de Deus. Devemos confiar que ela realmente nos liberta do cativeiro do egoísmo, da justiça própria, do ressentimento, amargura e ira quando estamos rendidos ao operar do Espírito Santo de Deus. Enquanto não levamos nossa vida realmente aos pés da cruz, confessando nossos pecados (não os pecados dos outros), pedindo a graça de Deus para sermos renovados e restaurados, clamando por arrependimento, para vivermos realmente como novas criaturas, para as quais tudo se fez efetivamente novo (II Coríntios 5:17), só resta dizer adeus ano velho, infeliz ano novo! Acaba um ano e começa o outro e os problemas velhos, não resolvidos, vão se acumulando pela desobediência dos cristãos que não perdoam uns aos outros, que não buscam a reconciliação e sim, a retaliação. Pois, não há esperança para qualquer mortal que seja, enquanto Deus não nos conceder arrependimento (Rm. 2:4) e enquanto não reconhecermos nossa urgente necessidade de renovação e restauração, abandonando toda a religiosidade e hipocrisia existente em nossa vida e em nossos relacionamentos. Então, o jantar e os encontros poderão ser feitos em qualquer época do ano e em qualquer lugar, com comida ou sem comida, não importa, pois as pessoas desfrutarão de bons momentos porque a Palavra de Deus é quem as une e Deus, neste caso, será honrado pois haverá cristãos rendidos e piedosos que vivem realmente o evangelho. Que a nossa oração seja a mesma de Moisés, pedindo sabedoria ao Senhor para aproveitarmos cada minuto, hora, dia, semana e mês nos próximos anos para termos um coração temente a Deus, buscando sempre o arrpendimento, o perdão ao próximo, a santidade, integridade e intimidade com Deus, quando orou no Salmo 90:12: "Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios."
Alexandre Pereira Bornelli
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Não basta esperar, tem que confiar.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Não te esqueças do Senhor
domingo, 30 de novembro de 2008
Peco, não nego. Confesso quando puder.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
O dever do homem e o cuidado de Deus.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Previdência ou Providência?
Seja no casamento, nas amizades, no emprego, prezamos e valorizamos a confiança. Até mesmo com os bens materiais a confiança é algo positivo. Confiamos em certos carros para viajar com a família, noutros não. Criadores confiam em alguns de seus animais, noutros não. A vida é feita de confiança ou desconfiança. Há uma passagem nas Escrituras que nos ensina sobre no que devemos confiar. É o Salmo 20 que retrata Davi recordando a oração do povo por sua vitória em combate, e relembrando sua própria confiança em Deus para a vitória e reiterando a oração do povo ao Senhor, o seu Rei. Especificamente no verso 7, do cap. 20, Davi diz “uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor nosso Deus”. Na linguagem de hoje, podemos dizer que uns confiam em carros novos, outros em seu emprego, outros na Bolsa de Valores, outros em investimentos em imóveis, etc. Mas, a pergunta que devemos fazer é se nós cristãos estamos também confiando nestas coisas terrenas. No que estamos nos gloriando? A confiança em Deus nos faz viver melhor, pois é o único lugar seguro em que realmente podemos descansar, pois é Ele que mantém o nosso fôlego da vida. Temos confiando na providência de Deus? Temos crido realmente que é Deus que nos sustenta, tanto fisicamente quanto materialmente? Crer na providência de Deus é fundamental. Confiar nossa vida aos seus cuidados não é ficar na inércia, sentados esperando as coisas acontecerem. Isso é fatalismo. Crer na providência de Deus nos faz obedecer aos seus mandamentos, nos faz viver diligentemente em busca da santidade pessoal. Faremos o que devemos fazer confiando os resultados ao Senhor Jesus, descansando em sua providência e fidelidade. Por outro lado, quando nossa confiança não está em Deus, vivemos uma vida cristã desprezível. Um dia estamos seguros e estáveis, no outro, desesperados pela alta do dólar, pela perda de algum lucro ou de um bom negócio. Nosso humor é regido pelo humor do mercado financeiro.
Alguns textos bíblicos nos ajudam a manter o foco na confiança que devemos ter somente em Deus. O Salmo 40:4 diz: “Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança...”. Também o Salmo 28:7: “O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso o meu coração exulta...” Confiança é entrega. Há um exemplo que ilustra muito bem este fato. Certo homem tinha a habilidade de andar sobre um cabo de aço, se equilibrando a um metros e metros do chão. Durante suas apresentações, a platéia ficava eufórica e o aplaudia por minutos. Num momento ele pegou uma carriola e atravessou empurrando-a sobre o cabo de aço com sucesso. Ao chegar do outro lado e após ser ovacionado, o artista perguntou á sua fiel platéia: “alguém confia que posso repetir o feito com o mesmo sucesso?“ E todos sinalizaram positivamente. Então, ele concluiu: “Quem quer ser o voluntário para sentar na carriola?” Ninguém se prontificou. Alguém realmente confiava no equilibrista? Certamente que não. Caso contrario, se entregariam ao seu cuidado. Assim também é nosso relacionamento com Deus. Confiar é entregar-se aos cuidados de Deus. É isso que diz o Salmo 37:5: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.” Noutras palavras, sente-se confiadamente na “carriola” que o Senhor o guiará. Outro grande exemplo aconteceu com o maior evangelista de todos os tempos, D.L. Moody. Certa vez Moody estava em um barco pequeno com mais um amigo, quando de repente, começou entrar água no barco por uma rachadura. Moody, rapidamente, pegou um balde começou a retirar água do barco. Seu amigo, olhando aquilo, indagou assustado: “Mas, Moody, não deveríamos estar orando nesta situação?” Ao que Moody lhe respondeu: “Estou orando desde o começo”. E continuava a retirar água, e continuava a orar. Isso é confiar na providência de Deus; fazer o que deve ser feito e confiar na providência de Deus.
Muitos cristãos possuem previdência privada como forma de aposentadoria. Nada há de errado quanto a usarmos, legítima e licitamente, a previdência privada para suprir-nos futuramente em tempos difíceis. Contudo, é preciso nos perguntar se estamos confiando na previdência privada ou na providência divina? A previdência pode falhar e não ser suficiente. Contudo, a providência divina jamais falhou, falha ou falhará e sempre nos será suficiente. Podemos e devemos ser diligentes no trabalho e utilizar métodos à nossa disposição, desde que lícitos e que nos convenha, com o objetivo de precaver-nos de dias piores. O que não podemos é confiar nas coisas materiais e nos bens que possuímos. Podemos ter a previdência privada, mas, devemos confiar na providência divina.
Alexandre Pereira Bornelli
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Sequestraram minha mente!
Nossa mente pode ser comparada a uma fronteira entre países. É ali que a guarda e a defesa precisam ser fortemente colocadas. É mais fácil e menos danoso resistir o inimigo na fronteira, do que detê-lo já em território nacional. O mesmo se aplica à vida cristã e ao cristão. Nossa mente é uma fronteira e o nosso coração, fonte das nossas vontades e emoções, o nosso território. Diariamente, são vários os inimigos que estão rondando nossa fronteira para invadir nosso território, seqüestrando-nos a santidade e a paz com Deus. Destacamos apenas alguns desses inimigos que nos rondam: ansiedade, preocupação excessiva com o amanhã, propagandas imorais, outdoors sensuais, pornografia na internet, más amizades, medo da morte, etc. O que esses inimigos querem de nós? A intenção deles é seqüestrar nosso coração, deixando sob o cativeiro do medo, frieza espiritual, incredulidade, mundanismo, relativismo da Palavra de Deus, pornografia, dentre outras coisas mais. Como devemos enfrentar tais inimigos que nos rondam diuturnamente? Devemos ficar em estado de alerta máximo e constante para identificar e resistir a esses inimigos em nossa fronteira (mente), antes de adentrarem para nosso território (coração). Resistir na fronteira fará com que a luta seja mais fácil de ser vencida e menos danosa à nossa vida cristã. Ao menor descuido de nossa parte, eles invadirão nosso território, instalando-se em nossos pensamentos e coração, mantendo nossa mente seqüestrada, distante das Verdades do Senhor. E, como tem cristãos vivendo com suas mentes sequestradas pelo medo da morte, pela incerteza com o futuro e pela ansiedade. Cristãos deprimidos por serem a todo momento ameaçados e dominados pelas preocupações desta vida. Neste caso, a luta contra eles, para expulsá-los, será mais difícil de ser vencida, além das marcas indesejáveis deixadas do combate. Sabemos que não há como impedir que tais inimigos nos ronde e tente invadir nosso território. Contudo, podemos resisti-los antes de adentrarem, aliás, devemos resisti-los na fronteira. Como? Estando cheios do Espírito Santo, para ficarmos alertas, vigiando e orando, pedindo por graça e auxílio ao Senhor. Sem este socorro divino, somos vítimas fáceis. Uma forma prática e bíblica de resitir a tais inimigos e criar o hábito de pensar nas coisas do Alto (Cl..3), de aprender a invocar o nome de Deus em todo e qualquer lugar. Precisamos nos voltar para a Palavra de Deus, reconhecendo que somente Ela pode nos ajudar neste instante, mediante o atuar do Espírito Santo de Deus.
Não pode haver negociação neste tipo de seqüestro. A única forma de vencer esses seqüestradores e sair do cativeiro do medo, ansiedade, temor, frieza, indiferença, etc, é invocar o nome de Deus (Rm. 10:13) e firmar nossa mente na Palavra de Deus, acompanhado de oração e vigilância. Isto deve ser feito, de preferência, ainda na fronteira. Tão logo percebemos a chegada da ansiedade marchando em nossa direção, demos combatê-la com as promessas de Deus (Mateus 6:24); quando o medo der sinal de invasão, devemos combatê-lo com a Palavra de Deus (Sl 121) antes de entrincheirar-se em nosso território. Assim devemos agir em todas as demais situações. Sempre devemos usar a Palavra de Deus para resistir a tais inimigos, bem como para expulsá-los do nosso território. Porém, se tais inimigos invadirem nosso território e acontecer de sermos levados cativos, estando sob o domínio do medo, ansiedade etc, isso ainda não é o fim. Temos a confissão e o arrependimento que expulsa tais inimigos, nos resgata do poder do pecado, restaura nossa comunhão Cristo, tornando-nos livres novamente para progredir rumo à santidade e continuar, sempre, com a mesma vigilância na fronteira.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Más amizades, boas encrencas.
Iniciemos com o texto Paulo em I Coríntios 15: 33, que diz: “as más conversações corrompem os bons costumes”. Más conversações, neste caso, são assuntos contrários aos ensinamentos da Palavra de Deus. De onde vem esta má conversação, senão, via de regra, de uma má amizade? Primeiramente, não devemos confundir amizade com um simples relacionamento. Evidente que, como cristãos, temos que nos relacionar com pessoas não cristãs. Contudo, sejamos exigentes, cautelosos e atentos ao escolher nossas amizades. Este assunto é muito sério e deveria ocupar grande parte de nossa reflexão no dia-a-dia É muito difícil ter uma má amizade e não ter uma má conversa que corrompa, aos poucos, nossos valores espirituais. É isto que o grande teólogo J. C. Ryle, diz com imensa sabedoria e simplicidade, em seu livro Uma Palavra Aos Moços, Ed. Fiel, pag. 52: “Bons amigos estão entre as maiores bênçãos que podemos ter. Eles podem nos afastar do mal, animar-nos em nosso caminhar, dar uma palavra no tempo apropriado, levar-nos a pensar nas coisas do alto e a continuar avante na carreira cristã. Mas, um mau amigo é um verdadeiro infortúnio; é um peso que continuamente nos puxa para baixo e nos prende às coisas terrenas.” Não se iluda, se você cultiva uma má amizade, você está sendo mais influenciado por ela, do que pensa estar influenciando com sua postura cristã. Não pense você que consegue conviver ao lado de uma má companhia, sentar-se ao lado dela, partilhar momentos juntos, ir a lugares juntos, falar de coisas comuns sem que esteja sendo enredado e seduzido por sua malignidade que, muitas vezes, está muito bem camuflada com uma roupagem inofensiva. O mesmo Ryle diz logo em seguida: “Mantenha amizade com um homem que não teme a Deus e, é mais provável, acabará tornando-se igual a ele. Essa é a conseqüência de tais amizades.” Também nos lembremos da exortação de Salomão em Provérbios 13:10: “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau”. Aconteceu, à época do meu pai quando jovem, há muitos anos em Minas Gerais, um fato interessante. Havia um homem, casado, que tinha um problema físico que o fazia mancar. Com o tempo, sua esposa, que não sofria do problema, de tanto andar ao lado dele, passou a andar como ele. A convivência fez com que ela adquirisse o hábito, embora não tivesse o problema. Por isso existe o ditado popular: “quem anda com manco, aprende a mancar”. Sobre a importância das boas amizades John Owen nos ensina em seu livro (de leitura praticamente obrigatória) – A Tentação, a mortificação do Pecado – O que todo cristão precisa saber – da editora PES, pag. 50, que merece toda a nossa atenção, pois diz: “A companhia de certas pessoas é capaz de levar quase com toda certeza a pensamentos, palavras e atos pecaminosos (I Cor. 15:33), todavia é possível gostar dessa companhia e mais tarde lamentar sobre o pecado que resultou dela.” Paulo também nos exorta a cuidarmos com amizades de pessoas que se dizem cristãs, que até mesmo se reúnem conosco, mas que vivem uma vida contrária à Palavra de Deus, em I Coríntios 5:11: “Mas agora vos escrevo que não associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com este tal nem ainda comais”. Vejamos a importância que a Bíblia dá sobre o perigo das más companhias, até mesmo entre os que se dizem cristãos! Não devemos, portanto, menosprezar tal importância e perigo deste assunto. Não há como andar junto de uma má companhia, não há como manter amizade com aquela pessoa que nada quer saber das coisas de Deus, ainda que se diga cristã (uma incoerência) sem que isso não produza más conversações e terríveis colheitas. Já temos o pecado dentro de nós, e se além disso, cultivarmos amigos e companhias que nada querem saber de Deus, será ainda mais terrível vencermos a luta contra o pecado. Portanto, podemos nos perguntar se nossas atuais amizades trazem constantemente oportunidades para satisfazermos nossos desejos pecaminosos, ou se elas nos ajudam a matá-los? Sintam-se desafiados a ler esses textos bíblicos que nos advertem sobre o perigo das más companhias – Provérbios 2: 12 a 20; 4:14 a 19; 22:24 e 25. É fato que muitos não gostam de abrir mão de suas amizades, pois se divertem com elas. São amigos de pessoas engraçadas, extrovertidas, revolucionárias, otimistas, festeiras, vibrantes, leais, etc. Mas, não são estes pré requisitos de uma boa amizade ao cristão. Devemos, outrossim, nos indagar se estamos sacrificando princípios bíblicos em proveito de uma amizade divertida. Podemos não aprovar tudo que muitos amigos nossos fazem, mas, lamentavelmente, dentro de pouco tempo, se não cortamos tal amizade, estaremos pensando da mesma forma e, inevitavelmente, estaremos fazendo as mesmas coisas que antes reprovávamos. Isto tem acontecido muitas e muitas vezes. A lógica explica isso, pois é mais fácil o que está em baixo puxar o de cima do que acontecer o contrário. Vejamos os 3 degraus descendentes descritos no Salmo 1, conseqüência de más amizade. No verso 1, lemos: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores nem se assenta na roda dos escarnecedores“. Observemos o perigo e a tragédia que é uma má amizade. Primeiro, começamos a andar de acordo com o conselho das pessoas que não conhecem a Deus; consequentemente, passamos a participar dos mesmos lugares e ter o mesmo estilo de vida delas, até que, por fim, nos misturamos de vez com eles.
Portanto, cultivar uma má amizade é cultivar uma tentação para que ela gere pecados em nossa vida. As más conversações oriundas das más amizades são um veneno contra a santidade. Então, quais seriam alguns padrões bíblicos para uma boa amizade? Encontramos alguns em I Timóteo 2:22, na exortação de Paulo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que de coração puro, invocam o Senhor.” Primeiro, temos fugido das paixões sejam da mocidade, meia idade ou da velhice? Segundo, nossas amizades nos estimulam a seguir a fé, o amor e a paz? Observemos que o final do versículo diz “...juntamente com os que de coração puro invocam o Senhor”. Nossos amigos têm um coração puro, no sentido de estar sendo purificado pela Palavra de Deus? Eles invocam o Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador da vida deles? Temos condições hoje de, juntamente com nossos amigos, seguir a fé, o amor e a paz? Devemos escolher os amigos que fazem bem à nossa vida cristã, amigos que, segundo Ryle (pag.53) “você gostaria de ter ao lado no leito de morte, amigos que amam a Bíblia e não temem falar-lhe sobre ela, dos quais, na volta de Cristo e no Dia do Juízo, você não se envergonhará por tê-los conhecido.” Por fim, sigamos o exemplo de Davi quando disse no Salmo 119:63: “Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos”.
Alexandre pereira bornelli
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Podemos determinar algo para Deus?
PERGUNTA FEITA À MIM POR EMAIL:
Irmão, ouvi uma pregação na qual o mensageiro pregava sobre o seguinte tema: " Tudo o que pedires ao Pai em Meu mome, Ele vô-lo concederá", Ele dizia que a tradução correta da Língua Grega, para a Língua Portuguesa não seria pedires e sim DETERMINARES, isto estaria correto? Estou no começo dos meus estudos, não tenho este domínio. Desde já agradeço pela ajuda.
MINHA RESPOSTA:
Irmão, não sou estudioso do Grego, por isso recorri ao dicionário VINE para ver o siginificado no original.
Como eu já esperava, NÃO encontrei esse significado - determinares - para essa palavra. Ela, ao contrário, tem o sentido de rogar, suplicar, como alguem inferior (ex. filho diante do pai) suplica a alguém superior.
Evidente que muitas igrejas (falando de forma geral, pois desconheço o pastor que deu tal significado) distorcem o evangelho de Deus, querendo colocar o homem em igualdade diante de Deus, dizendo que ele (homem) pode exigir/determinar alguma coisa pra Deus. Isto, biblicamente e diante da teologia reformada, a qual creio, é um absurdo e uma ofensa a Deus. Quem somos nós para determinar algo para Deus? Quem é o homem para ter direitos diante do Soberano Criador, Rei do universo?
Separei alguns, e somente alguns textos biblicos, dentre muitos outros, que pode ajudar o irmão a pensar nisso. São textos que mostra a majestade de Deus e a insignificancia do homem diante Dele - ISAÍAS 40:12 a 31 - ATOS 17:24 a 30 - DANIEL capítulo 9 - JÓ capítulos 38,39,40,41 e 42.
Leia estas passagens e encontre nelas a grandeza de nosso Deus, a infinita distancia que há entre nós e Deus....como o homem pode determinar algo diante de um Deus assim??? Só mesmo quem desconhece o Deus das Escrituras é que pensa poder determinar algo pra Deus realizar.
Algumas igrejas pregam que temos direitos, que se fizermos tal e tal coisa Deus está obrigado a nos abençoar, que se determinarmos algo Deus fará acontecer...blá blá blá...
Irmão, não creio assim, pois a Bíblia não mostra isso. Creio que podemos pedir, suplicar a Deus e esperar nele confiantemente (Salmo 40). Podemos colocar diante de Deus nossa vontade, mas sempre sujeitando-a diante da vontade SOBERANA de Deus. Podemos pedir, suplicar, e devemos esperar e orar como Jesus orou "...seja feita a Tua vontade". Sempre ao final de nossas orações precisamos acrescentar.." mas seja feita a Tua vontade e não a minha ó Senhor".
Creio, com base bíblica que Deus não está nem por fio de cabelo, preso à nossa vontade e determinação (absurda). Deus é Deus e nós, o barro.
Quem prega um evangelho que aprova o homem determinar algo pra Deus, que prega que Deus está obrigado/vinculado a nos abençoar de alguma forma, desconhece a Bíblia de Gênesis a Apocalipse....
Toda a Bíblia ensina que Deus é quem criou e quem sustenta o universo e que diante Dele, as nações são como pó num balança, ou seja, mesmo que nada.
Diante de um Deus assim, só nos resta mesmo dobrar os joelhos, orar e suplicar a Ele para que o nosso coração seja cada dia mais ganho e convertido a crer num Deus assim.
Espero ter ajudado de alguma forma.
Se o irmão quiser, posso indicar alguns livros sobre o assunto.
Estou encaminhando em anexo uma musica cristã (formato mp3) que diz muito bem sobre esse assunto. O grupo se chama LOGOS .
Que Deus o abençoe.
Alexandre.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Eu não sou como os demais
É comum identificarmos os pecados do nosso cônjuge. É fácil detectar quão desobedientes são nossos filhos, quão fofoqueiro (a) é aquele irmão (ã). Costumeiramente, falamos e enumeramos os mais diversos pecados que vemos na vida da igreja. Mas, enfatizamos, não é este o ensinamento das Escrituras. A Bíblia fala sempre em confessarmos os nossos próprios pecados, conforme I João 1:9, que diz: “Se confessarmos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. A mesma exortação nos é dada em Lucas 6: 42: “Como poderás dizer a teu irmão: deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão”. Somos prontos e rápidos para enumerar os pecados do nosso próximo, mas somos cegos para identificar os nossos próprios pecados. O marido vê somente o pecado da esposa e a esposa, o do marido. O filho diz que o pai é culpado por sua atitude rebelde, o pai diz que o filho é quem é culpado por ele ser violento. O amigo transfere a culpa da sua atitude aos seus colegas. O patrão não vê sua atitude errada e alega que o funcionário é incompetente. O funcionário, por sua vez, diz que a culpa é toda do patrão que o persegue sem motivos. Todos parecem ser justos aos seus próprios olhos. E, por causa dessa terrível justiça própria, nossas orações são sempre de nós para nós mesmos. Oramos nos engrandecendo diante de Deus, apresentando a Ele nossas fantasiosas virtudes e aproveitamos para apontar falhas e pecados alheios. Esta atitude é totalmente contrária aos ensinamentos da Palavra de Deus. Primeiro, que não temos nenhuma virtude para apresentar diante de Deus, pois fomos salvos unicamente pela Graça e, segundo, que não é nosso dever cristão apontar os pecados alheios, antes os nossos próprios pecados. Porém, a verdade é que se nos preocuparmos em arrepender dos nossos pecados (que certamente são muitos), não teremos tempo e nem condições de apontar os pecados do próximo.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Andando como Ele andou (I João 2:6)
Observamos isto claramente em I João 2:6, que diz: "Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou". É preciso definir o que João quer dizer com "permanece em Cristo". Segundo o teólogo Augustus Nicodemus Lopes, em seu comentário da primeira carta de João, pag. 54, "permanecer em Cristo, aqui na carta de João, é a mesma coisa que crer nele, conhecê-lo e ter comunhão com ele." O que então evidencia que permanecemos em Cristo? O próprio João, no mesmo versículo, nos responde: "...esse também deve andar assim como ele andou". Ora, e como foi que Cristo andou sobre a terra? O mesmo Nicodemus diz: "João provavelmente tem em mente o andar obediente de Jesus diante do Pai, que foi o aspecto que mais caracterizou sua vida como homem aqui neste mundo (ver Fp 2:8)." Pronto, a questão está encerrada. Não há detalhes a se resolver. Não há alternativas a escolher. Há somente uma evidência segura e bíblica que nos garante se permanecemos ou não em Cristo, e ela se chama obediência a Deus. Aquele que diz permanecer em Cristo deve andar em obediência a Deus, do contrário, está enganando a si mesmo. Este é o sinal seguro de alguém que permanece em Cristo, a obediência aos seus mandamentos. É isto que lemos em João 15:10: "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e no seu amor permaneço."
Portanto, não há como dizer que permanecemos em Deus se não guardamos os Seus mandamentos, e se o nosso andar está em desacordo com os ensinamentos da Bíblia. Podemos cultivar hábitos religiosos e afirmar que permanecemos em Cristo. Entretanto, se nossa vida é marcada por pecados não confessados, por um andar totalmente oposto ao que Cristo andou, se a santidade não faz parte do nosso dia-a-dia, se não prezamos pela fuga do pecado por amor a Deus, se o arrependimento também não faz parte do nosso dia-a-dia, podemos estar andando em qualquer outro caminho, menos nos caminhos do Senhor. E, consequentemente, não permanecemos em Cristo. É inevitável, portanto, que aquele diz que permanece em Cristo, deve, necessariamente, andar como Cristo andou. Evidente que Cristo andou em perfeição, pois Ele não conheceu o pecado (II Cor. 5: 21). Porém, o que Deus requer de nós não é um andar perfeito (o que nos seria impossível cumprir), pois Ele sabe que somos pecadores, mas, sim, um andar em obediência aos Seus mandamentos, buscando o arrependimento sempre que pecarmos. E, isto sim, está ao nosso alcance cumprir, unicamente pela graça e misericórdia do nosso Senhor.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
E agora, José?
Juventude e compromisso com Deus parecem, para muitos de nós, coisas inimigas. Temos dificuldade em crer ser perfeitamente possível viver a juventude de forma normal mantendo, ao mesmo tempo, a fé, santidade e a intimidade com Deus. É possível aproveitar a juventude sem prejudicar nossa vida cristã e vice-versa?
Em Gênesis cap.37 e 39 vemos, com o exemplo do jovem José, que podemos desfrutar da juventude sem abrir mão da nossa vida pessoal com Deus, apesar das tentações diárias inerentes desta fase da vida. Considerando que a história de José é conhecida de todos nós, podemos extrair dela algumas preciosas lições, dentre muitas outras. Primeiramente, no relato bíblico dos capítulos 37 39 de Gênesis lemos várias vezes a afirmativa: “E Deus era com José”. Mas, como pode alguém tão jovem e após ter sido vendido como escravo por seus irmãos, desfrutar de uma companhia tão íntima assim com Deus? Por qual razão Deus era com José? Ele conseguia ser jovem e permanecer firme em sua fé sem se contaminar com o mundo? A Bíblia nos responde em Isaías 57: 15, a razão de Deus ser com o jovem José: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos.” José tinha um coração contrito, que temia a Deus, ou seja, quebrantado e obediente ao Senhor. Em segundo lugar, vemos a fidelidade de José para com Deus. Devido a permanência diária de José, como escravo, no palácio de Potifar, começaram a surgir alguns inconvenientes em sua vida pessoal. Iniciou-se então a sedução diária e persistente da mulher de seu senhor, para que ele se deitasse com ela. Diariamente, segundo o cap. 39, José recebeu tal convite: “deita-te comigo”. O pecado o chamava incansavelmente a todo instante. Certamente, em determinados momentos, seu senhor estava longe, ausente e seria fácil para o jovem atender a ordem da mulher. Ele estava ali como escravo! Mas, não nos esqueçamos que José, apesar jovem, era temente a Deus! Contudo, provavelmente José teve lutas para não cair em tentação, afinal era humano. Naturalmente, José estava no lugar propício para pecar. Era necessário tão-somente dizer sim à mulher. Que tentação! Que luta certamente passou José naquele momento. Mas ele não cedeu ao convite. Foi íntegro e fiel a Deus. Preferiu obedecer e não pecar contra Deus em detrimento do prazer momentâneo e carnal. Ante a resistência de José em atender seus convites pecaminosos, a mulher não mais aguentou e quis pegá-lo à força. Assim diz o verso 11, que José certo dia foi resolver os negócios de seu senhor e ninguém dos de casa se achavam presentes e então ela, a mulher de Potifar, pegou-o pelas vestes para se deitar com ele. José, imediatamente fugiu. Fugir numa situação desta? Ou José foge ou então, se rende. E agora, José? Desta vez, o Jovem José não disse nada, não tentou explicar nada à mulher. Muito menos quis provar que era homem (no sentido sexual) pra ela. Ao contrário, José provou que era um verdadeiro servo de Deus, isto sim! Ele tão somente fugiu. Para muitos de nós, José foi até covarde, medroso e infantil ao fugir. Afinal de contas, muitos pensam, correr de mulher? Mas José tinha sua mente em Deus. Sabendo da inclinação pecaminosa da sua carne, não quis dar a ela qualquer chance de sobrepor-se à sua santidade e pensou: ou fujo, ou peco. Preferiu fugir. Diante dos homens, certamente um fracassado e um medroso; mas diante de Deus, um servo bom e fiel. Aquele jovem não cedeu à sua vontade carnal. Preferiu fazer o que era reto perante Deus. Disse José à mulher de seu senhor, verso 9: “Ele não é maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher: como, pois, cometeria tamanha maldade e pecaria contra Deus?”. Para José, Deus estava em primeiro lugar. Sua mente o alertava para Deus. Ele sabia que todo pecado ofende primeiro a santidade de Deus. O que de fato o preservou de pecar, não foi outra coisa senão o fato de Deus ser com ele.
José amava realmente a Deus e provou isto fugindo do pecado e dizendo: “pecaria eu contra Deus?” Agora podemos entender a exortação do Apóstolo Paulo ao jovem Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. (II Tm 2:22)” Temos fugido das paixões da mocidade e dos pecados que tenazmente nos assediam, como fez José? No caso de José foi a mulher de Potifar que o tentou a pecar. Mas, há inúmeras tentações, não somente sexuais, que nos rondam a todo instante querendo nos fazer pecar contra Deus. Lembremos que todo e qualquer pecado é, primeiramente, contra o nosso Deus. Lembremos também, que José e Timóteo viveram a sua juventude de maneira digna do evangelho de Cristo. Eles fugiam do pecado. Eles eram pecadores como nós, eram tentados como nós, mas fugiam do pecado constantemente. Portanto, não basta apenas nos intitularmos jovens cristãos e descansarmos nisto. É necessário um coração contrito, um espírito abatido, um coração que busque ao Senhor e que não abra mão da Sua palavra por nada, por convite algum deste mundo. É necessário fugir do pecado e dos lugares que nos induzem a pecar. É preciso evitar muitas amizades, programas, lugares para não pecar contra nosso Deus. Assim viveu José e assim podemos viver hoje também. Muitas vezes estamos a sós com a tentação, como José esteve. Porém, José amava e tinha temor a Deus. E não foi outra coisa, senão seu temor a Deus, que o guardou de cometer tal pecado. Não pensemos que intimidade com Deus é algo para experimentarmos somente na fase mais adulta ou mesmo na velhice. Não. Todos nós fomos chamados para viver como José, fugindo do pecado por amor ao nosso Senhor.
Alexandre Pereira Bornelli
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Cristianismo é vida: pratique-o!
É comum sabermos de alguém que estuda muito a Bíblia, que lê regularmente bons livros teológicos, que é membro assíduo de determinada igreja evangélica há anos, mas que se encontra cansado, exausto e esgotado com Deus, não desfrutando de uma vida feliz. O excesso de estudo sobre teologia, aliado à falta da prática da própria teologia aprendida, inevitavelmente, leva ao esgotamento e ao enfado espiritual. Isto, porque não é pelo muito saber, ler, escutar e falar que se adquire vigor espiritual. Se não houver a prática do que se aprende, tudo não passa de conhecimento teórico e, portanto, inútil ao crescimento e desenvolvimento pessoal. Uma coisa precisa da outra: a teoria da prática e a prática, da teoria; “a fé sem obras é morta” e as obras sem fé, também são mortas. Salomão, em sua inigualável sabedoria já nos advertiu em Eclesiastes 12:12 que “...não há limites para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne”. Tanto no aspecto natural, quanto no espiritual, o muito estudar (sem a prática) resulta
O melhor antídoto contra a insensatez, o cansaço e o enfado espiritual é a prática da Verdade. Quando a Bíblia começa a fazer parte do nosso dia-a-dia, quando ela começa determinar e dirigir nossos relacionamentos, negócios e lazer, nos sentimos passamos a viver de forma melhor diante de Deus e das pessoas. Aprendemos e praticamos e, quanto mais praticamos, mais vemos os resultados e os frutos do que aprendemos. Então, iremos continuar buscando mais e mais conhecimento, para que gere mais e mais prática e santidade em nossa vida cristã. Assim, o conhecimento e a prática hão de caminhar sempre juntos em perfeita harmonia, como deve ser. Não basta ouvir, ler ou estudar somente. É preciso dar um passo a mais; é preciso praticar! O cristianismo é algo dinâmico, é Cristo em nós. Aquele que diz ser cristão e não pratica os ensinamentos de Cristo, está se enganando. Jesus sempre advertiu sobre a importância de não somente ouvirmos, mas praticarmos Sua Palavra (Tiago 1:22 diz - “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes...)
Portanto, é hora de começarmos a praticar o que já sabemos, seja muito ou pouco, não importa. É momento de tirar a teologia do armazém cerebral e colocá-la no coração, nas mãos, nos pés, nos olhos, na língua, nos ouvidos. Não espere saber mais para começar a praticar. Pratique hoje o que você já aprendeu sobre as Escrituras. A prática sem a teologia correta é tão errado quanto à teologia correta, sem a prática. Refletindo, podemos concluir que uma pessoa cheia de conhecimento bíblico, mas que não pratica o que conhece é semelhante a uma caixa d´água cheia de água potável, mas que está lacrada. De nada adianta aquela água potável se não há como matar a sede dos que precisam. A pessoa que quer praticar sem antes conhecer a teologia correta é como uma torneira aberta que está ligada a uma caixa d´água vazia. Nada sairá, apesar do esforço e da boa intenção. Por outro lado, aqueles que estão com seus “reservatórios” cheios, ou seja, suas mentes cheias da Palavra de Deus, praticando dia-a-dia os ensinamentos de Jesus, certamente alimentarão a si próprios e a muitos outros. Quando assim vivermos, o enfado dará lugar ao vigor espiritual; o desânimo ao ânimo; a tristeza dará lugar à alegria e a desilusão à esperança. Lembre-se: cristianismo é vida: pratique-o!
Alexandre pereira bornelli
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Diga-me com que andas, na universidade.
Universidade não é igreja, óbvio. Isto quer dizer que o jovem cristão deve ter redobrado cuidado com amizades de professores e colegas de turma que, salvo raríssimas exceções, são pessoas que não conhecem a Deus e, por isso, são pessoas que vivem contrariamente à Sua Palavra. Criar alguns vínculos e afinidades na universidade pode ser fatal para sua vida cristã. Diante disto, podemos perguntar: a universidade é algo proveitoso ou prejudicial ao jovem cristão? Ela é proveitosa e prejudicial. Veremos, porém, que ela pode ser mais prejudicial do que proveitosa ou vice-versa.
Algumas fases da vida são marcantes na vida do jovem, entre elas, ingressar numa universidade. E este fato, como todos os demais, tem seus dois lados. O lado positivo de ser universitário é o fato de ser um ótimo começo para um futuro profissional, visto que a universidade tem por finalidade preparar bons profissionais. O lado prejudicial é o ambiente promíscuo, pornográfico e sensual deste lugar. Amizades profundas construídas ali geralmente destroem muito do caráter cristão do jovem. Afinal, o ambiente universitário hoje é mais de festa do que de estudo. Os encontros extraclasses são regados com os ingredientes da sensualidade e bebedice, em animados churrascos de turma com pessoas que vivem na prática do pecado. Sexo, drogas, bebidas e sensualidade sãos os produtos mais consumidos nas universidades hoje em dia; bem mais do que cultura e conhecimento. Quem já passou pela universidade ou está passando por uma, sabe do que estou falando. Claro, você pode não se envolver com isso pela Graça de Deus, mas não pode negar que isto aconteça. Portanto, aqueles que ainda aguardam ansiosos por se tornarem universitários, que considerem atentamente os dois lados desta mesma moeda e se preparem, fortalecendo-se na fé e nas boas amizades cristãs que já possui.
Uma boa atitude para não ser vítima de amigos que queira te levar para longe de Deus, é cultivar as boas amizades com jovens cristãos. As Escrituras nos exortam com relação a isto, dizendo que não devemos apenas fugir das paixões da mocidade, da aparência do mal, da tentação, dos amigos que nos estimulam a pecar, mas que devemos também, seguir a paz e a justiça com os que de coração puro invocam o Senhor (II Timóteo 2:22). Ou seja, devemos fugir do ambiente e das programações extraclasses que nada tem a ver com o curso, bem como evitar as amizades com pessoas impuras, que amam e praticam o pecado, e nos voltar, caminhar em direção daqueles que amam a Deus, evitam o pecado ao máximo e buscam a santidade. Sozinho todos nós somos presas fáceis. No entanto, as boas amizades nos fortalecem e nos ajudam a permanecer firmes em Deus.
Isto, porque a entrada do jovem na universidade tem sido o grande vilão dos jovens cristãos. Muitos jovens que vinham bem na caminhada cristã passam a encontrar sérias dificuldades em se manter firmes na fé dentro do ambiente universitário, justamente por causa das novas amizades formadas ali. Por andar junto e festar junto com os demais, a porta para o para uma vida afastada de Deus se abre diante do jovem. Então, a Palavra de Deus começa a a ser considerada ultrapassada e sem sentido. Consequentemente, os amigos que prezam pela santidade, pela pureza sexual e moral, antes valorizados, agora são desprezados e trocados por pessoas irreverentes e que não querem nada com Deus. Isto é uma das formas de se conformar com o mundo que Paulo nos exorta em Romanos 12:1 e 2. A questão é que ser universitário hoje em dia é um grande desafio espiritual para o jovem. Desconsiderem as raras exceções, mas o fato é que muitos universitários passam mais horas em bares, festas de turma, rodas de cerveja e conversação torpe do que na sala de aula ou dentro de uma biblioteca estudando.
Não quero desanimar nenhum jovem a ingressar na universidade, pelo contrário, quero encorajá-lo a estudar para passar no vestibular e a continuar estudando durante o curso (ao invés de cair na gandaia) para ser um profissional bem qualificado. A intenção é alertar aos que estão na iminência de ingressar na universidade e exortar os que já se encontram nela, para que se firmem cada vez mais na fé em Cristo Jesus, vivendo uma vida íntima com o Senhor, não dispostos a negociar os padrões Bíblicos por nada, não dispostos a trocar a verdade pela mentira, a santidade pela impureza, as boas amizades cristãs pelas más amizades construídas e firmadas com pessoas descompromissadas com Deus. Para isso, estar firme em Deus, lutar pela santidade pessoal e não criar vínculos mais do que o necessário na universidade, são fatores essenciais a todos os jovens cristãos, assim como evitar ao máximo estar nas comemorações e festas de turma onde a bebida e a sensualidade são os motivos do encontro. A Bíblia é clara ao nos exortar a buscar a santidade (Hb. 12:14) e isto, em todos os lugares, inclusive dentro das universidades. Deus é fiel e é mais forte do que as tentações que sofremos. Por isso, Ele é capaz de garantir nossa integridade espiritual durante os longos anos universitários sem que nos contaminemos com o mundanismo presente ali. É um desafio ser sal e luz dentro de uma universidade. Encare esse desafio. Tomando estas atitudes firmados na Palavra de Deus, o testemunho do jovem cristão na universidade será consequência, o falar de Cristo para as outras pessoas será algo natural e se tornará um prazer evangelizar. O jovem cristão não mais invejará aqueles amigos que permanecem na vida imersa no pecado, antes terá compaixão deles e falará da salvação que há em Cristo Jesus. O mais importante de tudo é que isto glorifica a Deus.
Alexandre P. Bornelli