PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Não basta esperar, tem que confiar.

Esperar é algo que não nos interessa. Desde pequeno, percebemos como as crianças são impacientes e incrédulas. Pedem algo aos seus pais, os pais respondem pedindo para esperar um pouco, mas parece que falaram em outro idioma. Os filhos continuam repetindo o pedido a cada 2 segundos no máximo, sem pausa para almoço e jantar. Com os adultos não é diferente. Isto, porque o ser humano é impaciente e incrédulo por natureza, fruto do pecado que em nós habita. O pior não é somente que não sabemos esperar, é que não queremos esperar. Por isso, ficamos angustiados e desesperados em aguardar a vontade Deus. Isto, no fundo, é fruto da nossa desconfiança. Quanto mais incrédulos, menos confiantes seremos.
Davi, no salmo 40, nos exorta a respeito da importância de esperar e confiar. Ele diz: "Esperei confiantemente pelo Senhor; e ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro..." É interessante observar o que o salmista diz, pois afirma que esperou confiantemente. Ele não apenas esperou por esperar. Não apenas esperou por medo e o melhor, não esperou desconfiando. Quando esperamos em Deus desconfiando, estamos evidenciando incredulidade. É triste quando vemos nossos filhos esperando por algo que nos foi pedido e ao mesmo tempo, desconfiando de nós, assim como é triste ver cristãos orarem ao Senhor e permanecerem aflitos, desconfiando que Deus falhará, deixando-os esperando em vão. Evidente que o fato de esperarmos confiantemente não quer dizer que Deus fará o que queremos. Esperar com confiança não é um meio de convencer Deus a fazer o que desejamos e nem deve funcionar como um negócio entre nós e Ele. Não é porque esperamos com confiança em algo que, necessariamente, Deus fará conforme nossa vontade.
Entretanto, o fato de aprendermos a esperar e esperar confiantemente, implica em crermos que Deus é fiel a Si próprio e que por esta razão, não pode nos desamparar, pois o Espírito Santo nos prometeu estar conosco até a consumação do século (Mateus 11). E, isto basta para crermos que todas as Suas promessas serão cumpridas e que Ele realmente nos consola através do Espírito Santo. Crendo assim, consequentemente sofreremos menos durante a espera, pois estaremos dispostos a receber de Deus a realização da Sua vontade e não, necessariamente, a nossa própria. Esperar confiantemente é orar a Deus por algo e confiar, ter fé, de que Ele nos ouvirá e fará aquilo que for da Sua vontade, portanto o melhor para nós, ainda que isso seja algo totalmente oposto ao que pedimos e ao que estávamos esperando inicialmente. Então, quando orarmos ao Senhor por algo, aprendamos na prática a não ficar repetindo nosso pedido, como quem tenta convencer Deus pela força da insistência da repetição. Mas, que esperemos, crendo realmente, confiando plenamente que Ele tem o melhor para nós e Ele assim o fará. Isso trará descanso a nossa alma e, certamente, honrará o nosso Deus.
Alexandre Pereira Bornelli

3 comentários:

Luciana Reis disse...

Olá Bornelli, parabéns pelo seu blog, o tenho acompanhado já faz alguns meses e suas reflexões tem edificado minha vida constantemente, sempre à luz da Palavra e isso é maravilhoso.
Deus continue te inspirando para falar aos que navegam pela blogosfera.
Paz
Lúciana Reis
Igreja Presbiteriana de Colorado
Vila Velha - ES

Anônimo disse...

Gostei do texto e acho que o exemplo da criança insistente diante do pai foi uma idéia apropriada que cria uma identificação fácil para quem for pai.
Minha opinião é que uma das razões pela qual Deus nos dá filhos, é para que possamos aprender a nos relacionar com Ele.
Os filhos descortinam aspectos especialíssimos do individuo, e principalmente do individuo que somos diante de Deus.
Prova disto é este seu texto. Acho que todos os pais que puderem ler vão se identificar com alguns dos pontos que o texto destaca.

Unknown disse...

Olá!Paz!

Em alguns momentos, temos a impressão de que Deus está muito distante como se estivesse indiferente ás nossas necessidades, sem pressa alguma em nos atender. Surge, a partir daí, uma tensão, entre a nossa pressa e a aparente demora de Deus. O resultado, não raro, é a sensação de abandono, de agonia e de impotência total. Mas,lendo a sua reflexão,concordo com o que diz:Não basta esperar,tem que confiar.

Grata pl força!