PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quinta-feira, 24 de maio de 2012

VOCÊ SABE PARA ONDE ESTÁ INDO?


Manter o foco e o alvo em mente é tudo para aquele que está se movendo para algum lugar. Seja nA cidade, na estrada, nos estudos, no esporte, ou outro lugar qualquer, não se distrair com as coisas secundárias é imprescindível para se chegar onde deseja, da melhor forma possível. Aquele que está indo para uma festa de casamento, por exemplo, não aceitará o convite para jogar bola e vice-versa. Ainda que as duas atividades sejam agradáveis e lícitas, pois uma atrapalha a outra. Distrair-se durante a vida quando se tem um alvo predeterminado é algo perigoso.
A questão é: sabemos para onde estamos indo? A Bíblia diz que aqueles que foram alcançados pela Graça de Deus, estão aqui nesta terra apenas de passagem, indo para o céu, pois são cidadãos celestiais (Filipenses 3:20,21) Em I Pedro 2:11,12 lemos que somos peregrinos e forasteiros aqui. Estamos nesta vida por breve tempo a caminho do encontro definitivo como o Senhor. Como cristãos, temos um alvo. Paulo declarou isso em Filipenses 3:14: “...prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” e também a Autor de Hebreus no capítulo 12:2:”..olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus..”. Isto fazia com que Paulo e o autor de Hebreus não se distraíssem com as coisas dessa vida. Ao contrário disto, por exemplo, temos o exemplo do andarilho que sem saber aonde quer chegar, se distrai com pouca coisa à beira da estrada, pois caminha sem rumo e sem objetivo. Mas, nós cristãos não podemos viver assim. Estamos aqui com um propósito específico: buscar a santidade sem qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Temos que caminhar com este propósito todos os dias. Distrair-se com as coisas e os prazeres do mundo é algo fatal. Podemos desfrutar de uma vida normal, não induzimos uma vida alienada. Mas, nada pode ofuscar ou distorcer nosso alvo que é viver para a Glória de Deus, em santidade, nos preparando para morar eternamente com o Senhor Jesus. Nada pode tirar nossos olhos de Jesus e da Sua Palavra. Manter este alvo define e determina nossos passos e escolhas diariamente.
Provavelmente, temos nos distraído com este mundo, amando as coisas do mundo, justamente pela nossa falta bíblica de foco e por termos esquecidos que somos cidadãos celestiais a caminho do céu. Coisas que eram para ser apenas usadas neste mundo têm ocupado toda a nossa atenção de tal forma que tem desviado nosso foco e objetivo de vida que é a viver para a Glória de Deus. Mesmo com lutas e sendo tentados a nos distrairmos com as coisas desta vida, não podemos nos perder de vista nosso alvo que é vivermos em santidade e nos preparando para o grande e definitivo encontro com Jesus Cristo. A Palavra de Deus, usada pelo Espírito Santo, é nosso referencial, nosso guia seguro para vivermos com o foco certo aqui na terra. Portanto, precisamos ler diariamente a Palavra de Deus e orar pedindo socorro ao Espírito Santo para manter-nos firmes, pela Sua Graça, para caminharmos olhando para Jesus, tendo a Sua Palavra guardada em nosso coração, a fim de vivermos sem qualquer distração que nos impeça de trilhar pelo caminho estreito que nos conduz ao céu.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

terça-feira, 15 de maio de 2012

A Verdade versus o Egoísmo


O pecado afetou drasticamente todo o nosso ser, bem como todo o universo. Uma das evidências foi fazer-nos amantes de nós mesmos. O amor próprio, este na forma exagerada e pecaminosa, tem sido o grande empecilho dos relacionamentos progredirem. Em nosso relacionamento com Deus o amor próprio atrapalha porque não cremos que somos vis pecadores e desprezíveis criaturas rebeldes para com seu Criador. Em nossos demais relacionamentos humanos, o grande mal que nos causa é fazer-nos egocêntricos. Nada mais importa se algo não nos importa. Quando estamos bem, isto basta. Cremos que somos a medida de todas as coisas e todas elas devem girar em nosso redor. Até mesmo a verdade deve ser subjetiva para sempre nos preservar. O amor próprio impede os cônjuges de se perdoarem porque ninguém quer assumir a verdade de que errou. Isto machuca o ego. Então, preferimos continuar nos amando a praticar a verdade. Amar a si mesmo na Bíblia nada tem a ver com ser egoísta e egocêntrico. Fala de nos aceitarmos como criação de Deus. Porém, o pecado deturpou este conceito, fazendo-nos pessoas ensimesmadas e egoístas. Tudo isto causa não somente disputas externas, entre nós e as pessoas as quais nos relacionamos, como também, disputas interiores, entre nosso ego que luta por preservação permanente e a verdade que quer prevalecer.  Toda vez que está em jogo a verdade ou nossa preservação, optamos na maioria delas por nossas preservação em detrimento da verdade. É o que Alberto Antonio de Moraes Carvalho: Nas disputas o maior inimigo da verdade é o amor próprio, que, ainda depois de convencido, não se dá por vencido". O egoísmo é algo que temos que mortificar todos os dias, sempre e sempre até a volta de Cristo.
Assim é que a Palavra de Deus nos diz enfaticamente em João 3:30: “Convém que Ele cresça e que eu diminua”. Na prática, quer-nos dizer o texto bíblico que nosso egoísmo deve ser substituído por nosso amor a Deus, pois quando amamos a Deus corretamente, também iremos nos amar como a Bíblia nos orienta. Não que iremos nos odiar, ou anular nossa personalidade, jamais. Mas que, quando amarmos a Deus correta e intensamente, iremos nos amar sem ser egoístas, porque iremos amar a Deus e ao próximo também. Willian Hendriksen, em seu comentário de II Tm, pag. 349, traz um exemplo interessante sobre o egoísta, dizendo-o ser igual ao ouriço que enrola-se sobre si mesmo, formando uma bola, deixando em seu interior a penugem suave e quente (amante de si mesmo, egoísta) e exibe os espinhos agudos para quem estiver do lado de fora (que agrada a si próprio, soberbo, arrogante). Mattew Henry, comentando o livro de II Timóteo, pag. 714, diz: “Quem não ama a si mesmo? Mas, aqui se tem em mente um amor próprio irregular e pecaminoso. As pessoas amam o seu eu carnal mais do que o seu eu espiritual. Elas têm prazer em gratificar seus próprios desejos mais do que agradar a Deus e cumprir seu dever. Em vez da caridade cristã, que cuida do bem-estar dos outros, elas somente se preocupam consigo mesmas e preferem sua própria gratificação à edificação da igreja”. O pecado, enfatizamos, deturpou o conceito bíblico de amor próprio.
O fato é que nascemos em pecado e por isso, somos egoístas e centralizados em nós mesmos. Somos unidos à nossa própria vontade egoísta e pecaminosa e isto causa divisão e tragédia em todos os nossos relacionamentos de forma que somente Jesus Cristo, ao nos regenerar e somente quando buscarmos a santidade diária, é que então iremos nos separar dessa união trágica, nos fazendo amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A QUEM ESTAMOS IMITANDO?


Todos nós imitamos alguém, quer façamos isso consciente ou inconscientemente. Daí que Paulo diz para sermos seus imitadores como ele era de Cristo (II Coríntios 4:16 e 11:1; Efésios 5:1; I Tes. 1:6). Ora, Paulo não queria popularidade ou atração para si mesmo. Ele disse para o imitarmos assim como ele, Paulo, imitava a Cristo. Ou seja, imitemos Paulo até onde ele estiver imitando fielmente a Cristo. O alvo final a ser imitado é Cristo. A quem estamos imitando?
Assistindo recentemente um determinado programa de TV, foi mostrado um método interessante usado pela polícia americana.
Ela pegava pessoas que estavam entrando para o mundo do crime e das drogas e os levavam até o presídio para esses neófitos escutarem conselhos dos prisioneiros. Entravam todos numa sala, iniciantes, prisioneiros, policiais e alguns familiares dos novatos delinquentes. Então, os policiais pediam que o prisioneiro nº tal (pois  na prisão eles são identificados por números e não pelo nome), um a um, falassem a dura realidade da vida na prisão. Todos foram unânimes ao dizerem em tom ameaçador que ali era um lugar terrível, perderam o contato com os filhos, família, sociedade, ali havia violência e coisas piores. Os novatos apenas arregalavam os olhos e escutavam assustados. Eram encorajados pelos próprios prisioneiros a abandonarem a vida, ainda no início, que estavam vivendo. Assustados com o fim que iriam ter foram repensando a vida. Então, logo após o ultimo preso falar, os novatos foram fazendo seus votos a seus familiares prometendo mudar de vida, abandonar o vício, o crime e as brigas. A reportagem mostrou um, dentre os novatos, que não quis ouvir conselhos e preferiu continuar vivendo do seu jeito. Os próprios presos e os policiais não deram muito tempo de vida pra ele, pois seu estilo de vida envolvido em brigas iria lhe custar caro a qualquer momento. Os demais, segundo mostrou a reportagem, no primeiro mês subsequente à visita na prisão estavam conseguindo visíveis melhoras em sua vida. Ouvir o triste relato da experiência dos presos não ajudavam todos, é verdade, mas muitos segundo o chefe da prisão foram ajudados a sair dessa vida errada escutando e vendo o exemplo dos que por ela já passaram e estão pagando caro por isso.
O fato que me chamou a atenção foi o método usado pela polícia americana.
Imagine se os cristãos novatos na fé, ou mesmo alguns que já estão caminhando na vida cristã há um bom tempo, olhassem e vissem como está a vida daqueles cristãos que começaram a brincar com o pecado, a abandonar a vida de santidade, a flertar com a tentação, a caminhar com pessoas erradas, a ver filmes impróprios e a frequentar lugares inadequados a cristãos! E, olhando para tudo isso, vissem as duras colheitas espirituais de tais pessoas, tais como: o esfriamento da fé,  famílias arrebentadas, comunhão com Deus interrompida e uma vida na prática do pecado. Além dessas duras colheitas, víssemos outras naturais igualmente trágicas, como: perda de emprego, prisão, doenças e dependência causadas pelo vício do álcool ou drogas e uma  vida imersa na promiscuidade. É o que Paulo fala em Gálatas 6:7: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também colherá.” Nosso Mestre a quem devemos imitar sem reservas é Jesus, que disse em Mateus 11:20 a 30: “aprendei de mim que sou manso e humilde...”. Entretanto, é inegável que podemos, pela Graça de Deus, aprender com os acertos dos outros, quando estes estão imitando a Deus e aprender com os erros e pecados de outros quando estes abandonam a vida e a comunhão com o Senhor. Vemos o benefício que um traz e a tragédia do outro. Precisamos ser atentos e ver que o caminho de pecado que tal irmão entrou, o levou ao fim do seu casamento, da sua família e a discórdia entre os filhos. Aquele outro irmão que começou a brincar com a pornografia, hoje luta arduamente para manter-se puro no casamento ou mesmo solteiro, luta para manter sua mente limpa diante de Deus. O outro que brincou com a bebida alcoólica nos churrascos de fim de semana, hoje luta contra o vício e as doenças advindas dele. E o que dizer do outro irmão que dizia não ser tão importante a leitura bíblica diária, a comunhão com Deus em oração e a vida da igreja. Hoje, está fraco na fé e distante de Deus e dos irmãos, precisando de ajuda. Em vez de condenarmos os que caíram, precisamos ter misericórdia porque se ainda não cometemos tais pecados, isso se deve única e exclusivamente à misericórdia do Senhor. Paulo nos diz em I Coríntios 10:12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia.” Olhemos sempre para o exemplo de Jesus Cristo para lhe obedecermos e O imitarmos, com a ajuda do Espírito Santo de Deus, embora nunca seremos iguais a Ele. Porém, olhemos também para homens de Deus, pessoas que como Paulo também nos convocam a imitá-los porque eles estão imitando a Cristo.
Então, quer positiva ou negativamente, devemos cuidar de quem são nossos exemplos, de quem são aqueles que estamos imitando e querendo seguir seus passos, pois nos tornaremos semelhantes a eles.
Alexandre Pereira Bornelli