Iniciaremos uma série de reflexões sobre as
conhecidas bem-aventuranças registradas em Mateus 5. Não iremos fazer um estudo
minucioso aqui. Optaremos por algo prático, fiel às Escrituras e de agradável
leitura.
A primeira bem-aventurança fala de uma qualidade
rara, que o mundo desconhece, mas que é fundamental para o cristão. Na verdade
é o alicerce de todas a demais que virão na sequência.
Não foi sem razão que
Jesus começou dizendo sobre a humildade de espírito. Afinal, sem esta humildade
nenhuma outra bem-aventurança pode ser desfrutada.
E ninguém há que possa
escolher uma dentre as 8 bem-aventuranças. Não existe a possibilidade de
queremos ser do time dos mansos, mas não dos humildes; dos pacíficos, mas não
dos que choram, etc. Estas características são como uma corrente, onde cada elo
deve estar ligado ao outro, para nos firmar na fé.
Não se trata de condições
para sermos salvos. Ao contrário, estas bem-aventuranças devem ser
características de todos os que já nasceram de novo.
Esta humildade que Jesus ensina no verso 3 do
capítulo 5 de Mateus, não é humildade material. Antes, trata-se da humildade
espiritual, ou seja, humildes são aqueles que reconhecem que são pecadores, que
não possuem nada para oferecer a Deus, que foram salvos unicamente pela Graça
(Efésios 2:8,9).
Ser humilde aqui é estar ciente da nossa dependência total do
Senhor, bem como não se achar bom ou melhor do que ninguém.
Verdadeira
humildade é dizer de coração como o Apóstolo Paulo disse: “sou o menor de todos
os santos”, depois, crescendo mais na graça de Jesus, disse “sou o menor dos
apóstolos” e, quando já mais maduro na fé, afirmou ser “o principal dos
pecadores.” Com isso, vemos que o crescimento cristão é para baixo (Filipenses
2:5 a 9).
Aprendemos esta humildade com Aquele é
Verdadeiramente humilde: Jesus (Mateus 11:28 a 30). Ser verdadeiramente humilde
é clamar como o Publicano (Lucas 18:13): "Senhor, sê propicio a mim
pecador". Esta humildade não é opcional para o cristão.
Precisamos
aprender com o Senhor esta humildade de espírito se quisermos experimentar a
verdadeira felicidade prometida por Ele.
Portanto, não pensemos que humildade é ser pobre
neste mundo, ou sermos simples, ou outra característica exterior qualquer. Somente
será bem-aventurado aquele que estiver consciente de sua pobreza espiritual
diante de Deus, sabendo que foi salvo unicamente pelas misericórdias do Senhor.
Você tem esta convicção pessoal? Ore com sinceridade
ao Senhor.
ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI