Muitos de nós podemos ser ociosos e
preguiçosos. Para estes, a Bíblia adverte comparando-os com a formiga. É o que lemos
em Provérbios 6: 6 a 9: “Observe a
formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem
chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões
no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento. Até quando você ficará
deitado, preguiçoso? Quando se levantará do seu sono?” Portanto, os grandes
preguiçosos devem aprender esta preciosa lição com a minúscula formiga, de como
trabalhar e não procrastinar as coisas. Porém, existem aqueles que não são
preguiçosos por natureza, ao contrário, são ativos, dinâmicos e sempre
dispostos. Enquanto alguém está pensando em colher espigas de milho, ele já fez
o bolo. São rápidos, não medem esforços para fazer e ajudar os outros. Sabemos
quem são os preguiçosos e quem são os dispostos. Basta precisarmos de ajuda para
carregarmos uma geladeira num domingo a tarde que rapidamente, saberemos a quem
chamar. Tem uns que não compensa o custo da ligação telefônica. Porém, ser
disposto pode ser tão pecaminoso quanto ser preguiçoso.
A Bíblia nos exorta em Filipenses 2:14, Paulo
diz: “Fazei tudo sem murmuração nem contendas”.
O que isso tem a ver com as pessoas ativas e dinâmicas? Creio que Paulo está
dizendo que não é suficiente ajudarmos sempre e que não é biblicamente correto
apenas fazermos tudo que o tem que ser feito. Paulo não está ensinando ativismo
religioso ou social. A triste realidade é que existem pessoas que fazem muitas
coisas, são rápidas em ajudar, socorrer alguém, não medem esforços para se
voluntariarem dia e noite pelos amigos e irmãos. Porém, fazem tudo isso
murmurando, se fazendo de vítimas, dizendo, até mesmo e ainda que somente em
seu próprio coração: “sempre sobra pra
mim”, “porque ninguém mais ajuda?”,
“logo essa pessoa que nunca me ajudou
agora vem me pedir ajuda” e por ai vai. Suas mãos podem estar dispostas em
ajudar, seu semblante pode dar a impressão de alegria por estar socorrendo
alguém até mesmo na alta madrugada fria e chuvosa, mas seu coração não para de
murmurar. Esse tipo de ajuda pode servir para as pessoas, pois elas muitas
vezes não percebem nosso coração. Entretanto, Deus o conhece e julga-nos de
acordo com nossas motivações. Precisamos então, aprender não apenas a fazer
tudo, mas a fazer sem murmuração, e sem murmuração no coração, aquela que é
discreta, mas que Deus ouve.
A murmuração, primeiramente é prejudicial a
quem a pratica, porque como uma bola de neve ela, após iniciada, tende a
aumentar progressiva e assustadoramente. Segundo, murmurar é pecado. Em Judas
versículos 14 a 16, vemos que Deus julgará os murmuradores! Murmurar também é rebelião
contra Deus, como vemos quando o povo de Israel murmurou contra Deus mesmo Deus
os tendo livrado do Egito (Números 14:26 a 29). Toda murmuração, mesmo que
dirigida especificamente contra alguém ou uma situação, na verdade, é contra Deus,
conforme Números 14:27 diz:”Até quando
esta comunidade ímpia se queixará contra mim? Tenho ouvido as queixas desses
israelitas murmuradores”. Ora, a princípio, a murmuração do povo era contra
Moisés. Contudo, Deus afirma que estavam murmurando contra Ele, porque Ele
estava acima de Moisés, como está acima das circunstâncias da nossa vida
também. A murmuração também provoca a ira de Deus, conforme versos 28 a 30 do
capítulo 14 do livro de Números diz: “Diga-lhes:
Juro pelo meu nome, declara o Senhor, que
farei a vocês tudo o que pediram: Cairão neste deserto os cadáveres de
todos vocês, de vinte anos para cima, que foram contados no recenseamento e que
se queixaram contra mim. Nenhum de vocês entrará na terra que, com mão levantada,
jurei dar-lhes para sua habitação, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Jousé,
filho de Num.”
Aprendemos então, que tão pecaminoso quanto
ser preguiçoso é fazer as coisas com murmuração. Deus não precisa de pessoas
que simplesmente fazem. Ele não precisa de ninguém, na verdade. Mas, ele não
usa, melhor dizendo, pessoas que simplesmente fazem tudo, mas que são
murmuradoras. Ele quer nos ensinar a fazer tudo sem murmuração. Afinal, para
apenas fazer as coisas, não precisa ser cristão. Mas, para fazer, mesmo não
recebendo nada em troca, mesmo ajudando nossos inimigos, mesmo socorrendo
aqueles que nunca moveram um dedo em nosso favor, sem murmuração, antes, fazer com
alegria, como para ao Senhor, é imprescindível um coração regenerado, humilde,
com motivações puras. Que Deus nos ensine, e oramos para que comece ainda hoje,
a ter um coração tão disposto como são nossas mãos, tão sincero quanto devemos
ser e tão alegres e contentes com a Bíblia nos ensina a ser. Que façamos todas
as coisas, e não apenas algumas coisas, como para ao Senhor e que oremos e vigiemos
para não pecarmos contra Deus sendo murmuradores.
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