PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A QUEM ESTAMOS IMITANDO?


Todos nós imitamos alguém, quer façamos isso consciente ou inconscientemente. Daí que Paulo diz para sermos seus imitadores como ele era de Cristo (II Coríntios 4:16 e 11:1; Efésios 5:1; I Tes. 1:6). Ora, Paulo não queria popularidade ou atração para si mesmo. Ele disse para o imitarmos assim como ele, Paulo, imitava a Cristo. Ou seja, imitemos Paulo até onde ele estiver imitando fielmente a Cristo. O alvo final a ser imitado é Cristo. A quem estamos imitando?
Assistindo recentemente um determinado programa de TV, foi mostrado um método interessante usado pela polícia americana.
Ela pegava pessoas que estavam entrando para o mundo do crime e das drogas e os levavam até o presídio para esses neófitos escutarem conselhos dos prisioneiros. Entravam todos numa sala, iniciantes, prisioneiros, policiais e alguns familiares dos novatos delinquentes. Então, os policiais pediam que o prisioneiro nº tal (pois  na prisão eles são identificados por números e não pelo nome), um a um, falassem a dura realidade da vida na prisão. Todos foram unânimes ao dizerem em tom ameaçador que ali era um lugar terrível, perderam o contato com os filhos, família, sociedade, ali havia violência e coisas piores. Os novatos apenas arregalavam os olhos e escutavam assustados. Eram encorajados pelos próprios prisioneiros a abandonarem a vida, ainda no início, que estavam vivendo. Assustados com o fim que iriam ter foram repensando a vida. Então, logo após o ultimo preso falar, os novatos foram fazendo seus votos a seus familiares prometendo mudar de vida, abandonar o vício, o crime e as brigas. A reportagem mostrou um, dentre os novatos, que não quis ouvir conselhos e preferiu continuar vivendo do seu jeito. Os próprios presos e os policiais não deram muito tempo de vida pra ele, pois seu estilo de vida envolvido em brigas iria lhe custar caro a qualquer momento. Os demais, segundo mostrou a reportagem, no primeiro mês subsequente à visita na prisão estavam conseguindo visíveis melhoras em sua vida. Ouvir o triste relato da experiência dos presos não ajudavam todos, é verdade, mas muitos segundo o chefe da prisão foram ajudados a sair dessa vida errada escutando e vendo o exemplo dos que por ela já passaram e estão pagando caro por isso.
O fato que me chamou a atenção foi o método usado pela polícia americana.
Imagine se os cristãos novatos na fé, ou mesmo alguns que já estão caminhando na vida cristã há um bom tempo, olhassem e vissem como está a vida daqueles cristãos que começaram a brincar com o pecado, a abandonar a vida de santidade, a flertar com a tentação, a caminhar com pessoas erradas, a ver filmes impróprios e a frequentar lugares inadequados a cristãos! E, olhando para tudo isso, vissem as duras colheitas espirituais de tais pessoas, tais como: o esfriamento da fé,  famílias arrebentadas, comunhão com Deus interrompida e uma vida na prática do pecado. Além dessas duras colheitas, víssemos outras naturais igualmente trágicas, como: perda de emprego, prisão, doenças e dependência causadas pelo vício do álcool ou drogas e uma  vida imersa na promiscuidade. É o que Paulo fala em Gálatas 6:7: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também colherá.” Nosso Mestre a quem devemos imitar sem reservas é Jesus, que disse em Mateus 11:20 a 30: “aprendei de mim que sou manso e humilde...”. Entretanto, é inegável que podemos, pela Graça de Deus, aprender com os acertos dos outros, quando estes estão imitando a Deus e aprender com os erros e pecados de outros quando estes abandonam a vida e a comunhão com o Senhor. Vemos o benefício que um traz e a tragédia do outro. Precisamos ser atentos e ver que o caminho de pecado que tal irmão entrou, o levou ao fim do seu casamento, da sua família e a discórdia entre os filhos. Aquele outro irmão que começou a brincar com a pornografia, hoje luta arduamente para manter-se puro no casamento ou mesmo solteiro, luta para manter sua mente limpa diante de Deus. O outro que brincou com a bebida alcoólica nos churrascos de fim de semana, hoje luta contra o vício e as doenças advindas dele. E o que dizer do outro irmão que dizia não ser tão importante a leitura bíblica diária, a comunhão com Deus em oração e a vida da igreja. Hoje, está fraco na fé e distante de Deus e dos irmãos, precisando de ajuda. Em vez de condenarmos os que caíram, precisamos ter misericórdia porque se ainda não cometemos tais pecados, isso se deve única e exclusivamente à misericórdia do Senhor. Paulo nos diz em I Coríntios 10:12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia.” Olhemos sempre para o exemplo de Jesus Cristo para lhe obedecermos e O imitarmos, com a ajuda do Espírito Santo de Deus, embora nunca seremos iguais a Ele. Porém, olhemos também para homens de Deus, pessoas que como Paulo também nos convocam a imitá-los porque eles estão imitando a Cristo.
Então, quer positiva ou negativamente, devemos cuidar de quem são nossos exemplos, de quem são aqueles que estamos imitando e querendo seguir seus passos, pois nos tornaremos semelhantes a eles.
Alexandre Pereira Bornelli

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