PENSAI NAS COISAS DO ALTO

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA


       Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”
(Mateus 5.6).

 Creio que nenhum de nós sabe exatamente o que é ter fome e sede a ponto de quase morrer.

Segundo os estudiosos bíblicos, o significado dos termos “fome e sede” sugere uma necessidade extrema, desesperadora e muito dolorida. A fome e a sede doem e castigam uma pessoa severamente.

 É exatamente desse tipo de necessidade extrema que Jesus está falando, só que direcionada à justiça. Jesus está ensinando que devemos concentrar todos os nossos esforços em busca de uma vida reta, íntegra, justa.

A falta de fome e sede são sintomas de  doença do corpo, assim como a falta de fome e sede de justiça são sintomas de problema espiritual.

Por exemplo, se estivermos num deserto a ponto de morrer de fome e sede e alguém nos oferecer uma aparelho eletrônico de última geração ou mesmo um carro esportivo, ou um vestido que toda mulher sempre quis, ou oferecer uma pizza e um refrigerante gelado, qual dessas coisas iremos escolher naquele momento?

De igual modo, se nossa fome e sede é por justiça, por retidão, santidade, nada deste mundo irá prevalecer em nossas escolhas diárias, iremos preferir sempre a Palavra de Deus que realmente nos sacia.

Quando Jesus disse ser bem-aventurado os que tem fome e sede de justiça está se referindo àqueles que desejam ardentemente uma vida de santidade diante de Deus.

 Transcrevemos aqui o que Russell Shedd citou em seu livro A Felicidade Segundo Jesus, pag. 65, como sendo de autoria de Watson,  7 sintomas dos que não sentem fome nem sede de justiça.

1) Não existe fome quando a alma justa aos próprios olhos, fica orgulhosa com sua justiça própria imaginária (Rm 10:3). A soberba dos que pensam que são bons impede que sintam o vazio da alma convicta dos seus próprios pecados. EXEMPLO: FARISEU voltou sem ser justificado enquanto que o PUBLICANO voltou justificado.
2) Não há fome de Deus e da sua perfeição quando o amor ao mundo e aos seus deleites enchem o coração. Os mundanos queixam-se de tudo, falta de dinheiro, saúde, menos de retidão pessoal. Quanto á graça de Deus sentem tanta falta dela quanto um cachorro sente de uma biblioteca.
3) SONOLÊNCIA. Vão à igreja para tirar uma soneca, para relaxar, e não para ouvir a Palavra e serem saciados.
4) Muitos cristãos ficam tão cansados com as atividades mundanas que não têm mais fome do alimento espiritual.
5) Quando nos preocupamos mais com os enfeites exteriores do que com a substãncia. Avaliam a oratória, gramática, mas deixam despercebida o conteúdo.
6) É fácil explicar por que há quem sinta pouca fome pelas coisas de Deus. Levam mais a sério suas diversões e jogos do que a justiça. Preferem novelas e esportes, viagens e churrasco do que a Palavra de Deus.
7) Esperaremos em vão a genuína fome e sede de santidade se as discussões e controvérsias ocuparem o centro do palco

Podemos concluir que :
1)      FOME E SEDE de justiça indicam não somente a sua intensidade, mas, também, a permanência constante deste desejo durante a nossa vida.
2)      A justiça de Deus não é estéril, ela frutifica. Somos chamados a vivê-la diariamente.
3)      Ter fome e sede de justiça é o desejo por ser santo conforme o padrão absoluto que temos em Jesus Cristo. Significa ter desejo intenso por Deus  (Sl 42: 1,2)
4)      Viver a justiça de Deus importa em procurar aplicar sempre a ética do Reino de Deus em toda e qualquer situação.
5)      A prática da justiça se revela em nossa santificação, no anseio de sermos iguais a Jesus.
6)      Só poderemos produzir frutos de justiça, por Cristo, por intermédio da direção do Espírito que em nós habita.
7)       Esta bem-aventurança aponta para a eternidade, onde haverá a sua perfeita concretização, quando estivermos definitivamente com o Senhor, sem pecado. 2 Pe 3:13

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI




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