Parece que não, mas já existiu um
tempo em que aqueles que desejavam ver porcarias na televisão tinham que ficar
acordado até a madrugada; um tempo em que para ver pornografia era preciso se
deslocar até uma banca; para praticar sexo livre tinha que ser em lugar
privativo; para conseguir e consumir drogas era preciso sigilo; para sofrer
violência era preciso ir atrás de confusão e, um tempo onde os cristãos
almejavam a volta de Cristo.
No entanto, atualmente vivemos
tempos extremamente difíceis. Por onde andamos encontramos todas estas
tragédias reunidas. Qualquer horário que se liga a TV a enxurrada de lixo
invade nossas casas; sites de notícias estampam programas e propagandas que
deveriam sofrer censura proibida para menores de 150 anos de idade, locais
públicos viraram recinto de sexo, drogas e violência de todas as idades. E,
apesar de toda essa parafernália de pecados, ainda assim, desejamos menos a
volta de Cristo do que nossos irmãos do passado.
Esta constatação pode ser
comprovada pelas nossas orações, pregações e músicas cristãs. Não oramos,
ouvimos ou pregamos e compomos ou cantamos musicas que falam da ardente expectativa
de estarmos com Cristo. A impressão que temos é que se Deus melhorasse um pouco
esse mundo, preferiríamos ficar por aqui mesmo. Que lástima! Não temos a noção
do que o pecado fez em nossa vida e neste mundo e do que é estar totalmente
livres dele. O escritor C. S. Lewis já disse: “Somos criaturas divididas,
correndo atrás de álcool, sexo e ambições; desprezando a alegria infinita que
se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo seus
bolinhos de areia numa favela, porque não consegue imaginar o que significa um
convite para passar as férias na praia”.
Como viver acima da mediocridade
que se contenta em viver neste mundo? Somente confessando nosso pecado de mundanismo
a Deus e pedindo graça para amarmos a Ele como nunca amamos até então. Sim,
isto é possível. Olhemos para a história da Igreja e fiquemos envergonhados por
nosso tão minúsculo amor e, ao mesmo tempo, estimulados por saber que é possível,
pois pessoas tão pecadoras como nós conseguiram esta graça em suas vidas. Apesar do homem continuar o mesmo, ou seja, pecador e dependente de
Deus, a boa notícia é que Deus também é o mesmo ontem, hoje e eternamente! Deus perdoador,
justo e misericordioso.
Alexandre Pereira Bornelli
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