Sabemos que ambiente de elevador é chato. Pouco tempo ali parece ser longas horas. Ninguém se olha. Ninguém se cumprimenta. Ninguém está gostando de estar ali. Todos estão loucos para sair daquele ambiente estranho, silencioso, apertado e nada amigável. Estamos apenas divindo o mesmo espaço porque subir pela escada é pior (em alguns casos).
O problema é qua ao sairmos do elevador, o que parece mudar é apenas o ambiente físico. Temos mais espaço para respirar, nos mexer, andar , mas, a frieza, o desinteresse, o silêncio, a falta de cordialidade parece se estender para as ruas, o trabalho, a escola e até para igreja, infelizmente.
Charles Swindol disse que "nosso mundo está se tornando uma instituição imensa, impessoal e movimentada. Estamos dissociados uns dos outros. Embora vivamos num mundo lotado, estamos sozinhos, distantes. Os vizinhos não têm mais longas conversas junto à cerca do quintal. Arrogância e distânciamento tomaram o lugar do interesse e intercâmbio que havia antes. Parece que estamos ocupando um espaço comum, mas não temos interesses comuns".
É triste, mas quem já não se sentiu assim? Não há preocuapação pelo outro. Não há interesse em ouvir as pessoas. Todos querem serem ouvidos, todos querem receber atenção, todos querem ser respeitados e considerados. Todos querem ajuda, compreensão e perdão.
O problema é que se todos querem isso. Então, não sobra quem faça a outra parte: ouvir, ajudar, considerar, respeitar, perdoar, compreender, dar atenção, ser generoso e ajudar.
É realmente um mundo cada vez mais populoso, mas, cada vez mais individualista e solitário. Ninguém sabe e, pior, não quer saber as necessidades dos outros, não quer descobrir como se pode ajudar, o que fazer para melhorar os relacionamentos em casa, com os vizinhos, no trabalho, na sociedade e na igreja. Todos querem receber e não dar; querem ser servidos e não servirem; querem ser perdoados, mas não querem perdoar.
Nos assemelhamos, mutias vezes, à crianças mimadas que só querem comida e brinquedo, sem qualquer responsabilidade e dever.
Que o Espírito Santo nos incomode profundamente, a todos nós, para que saiamos de nosso individualismo pecaminoso e egocêntrico, para vivermos como aqueles que servem e não que querem ser servidos; aqueles que pensam nos outros e não apenas em si mesmos.
Afinal, Jesus deu-nos o exemplo, pois Ele veio para este fim, como lemos em Marcos 10:45: "Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas par servir e dar a sua vida em resgate de muitos".
Alexandre Pereira Bornelli
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