PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

NÃO SEJAMOS FISCAIS DA VIDA ALHEIA.

Quem já recebeu um comunicado de trânsito dizendo: "Continue assim, você passou por 38 radares este mês e estava dentro da velocidade permitida em todos eles!" Quem? E por qual razão nunca recebemos? Ora, pelo simples fato de que a finalidade do radar é constatar e evidenciar o erro e não o acerto. Quando passamos dentro do limite permitido, ele não se manifesta. Mas, quando avançamos a velocidade permitida, será rápido em se manifestar.

Existem pessoas que são como esses radares móveis. Elas acreditam que existem e tem autoridade para fiscalizarem a vida dos outros. 

Assim como os radares, elas nunca manifestam alegria pelas pessoas, quando observam que elas estão progredindo na fé e desenvolvendo a salvação. Nunca reconhecem quando alguém está sendo transformado para melhor.  Antes, se calam nestas circunstâncias. Mas, ao menor sinal de alguma "infração" em que  elas, por se considerarem juízes sobre tudo e todos, julgam por si mesmas terem o outro cometido, então, como os radares móveis, serão as primeiras a evidenciarem, a comunicarem e a emitirem cobrança e crítica pelo erro dos outros. 

Seria engraçado se não fosse trágico, o fato de que elas mesmas nunca flagram seus próprios erros, nunca são rigorosas consigo mesmas. Ao contrário, são excessivamente misericordiosas consigo mesmas, justas aos próprios olhos, mas com os outros, são duras e julgadoras carrascas. Criticam e fiscalizam a vida dos outros, quando elas mesmas estão vivendo pior.

Ao invés de fiscalizarmos o outro, oremos por ele. Ao invés de listarmos os erros das pessoas, olhemos para nosso coração orgulhoso e julgador. Ao invés de vivemos para tirar os cisco do olho do irmão, tiremos a trave dos nossos próprios olhos. Ao invés de querermos ser juízes das pessoas, procuremos nos colocar ao lado delas, ajudando quando preciso, orando sempre e dispostos a perdoar.

Alexandre Pereira Bornelli

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