É comum pessoas aprontarem barbaridades,
cometerem crimes e infrações e quando pegas pela polícia, dão a famosa
"carteirada", dizendo ser isso ou aquilo, amigo de fulano ou filho de
sicrano. Tais infratores pensam que por exercerem determinada função ou, por
serem filhos ou conhecidos de alguém importante na sociedade estão impunes. Isto
reprovável.
Entretanto, a questão é sabermos se temos feito o mesmo na vida
cristã. Como isto acontece? Muitos vivem na prática do pecado, curtindo a farra
da sensualidade e depois, quando as consequências chegam, alegam até mesmo em
orações que são filhos de Deus e que, portanto, não podem sofrer as
consequências. Isso é “carteirada” pura. Não vale de nada. Nada mais absurdo.
O
fato de sermos cristãos não nos da o direito de viver na prática do pecado e
depois correr perto do nosso Pai em oração, para que ele então assuma a bronca,
varrendo nosso pecado para debaixo do tapete. O que a Bíblia ensina é o
contrário. Em Romanos 6, Paulo ensina que não podemos viver no pecado, pois foi
para ele que nós morremos com Cristo.
É certo que ainda pecamos, mas é certo
também que o pecado é cada vez mais esporádico em nossa vida e tão logo
pecamos, buscamos o arrependimento. E mesmo assim, mesmo perdoados, colhemos as
consequências que servem até mesmo pedagogicamente para nos refrear diante de
nova tentação. O que plantamos, colhemos.
Nossos pecados, mesmo perdoados,
trazem sim consequências terríveis para nossa vida, família e toda a igreja. É
o que diz Gálatas 6:7: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; aquilo que
o homem semear, isso também colherá". Que nos lembremos também do caso de
Acã quando roubou a capa babilônica e todo o povo de Israel sofreu!
As
consequências chegam! Davi pecou com Bate-Seba, foi perdoado, mas sofreu
duramente perdas e tragédias em sua família. Finalizamos com o ensinamento
sempre didático e bíblico de John Stott: “O que semeamos em nossas mentes,
colhemos em nossos corações”.
Chega de “carteirada” e comecemos a buscar genuíno arrependimento e a nos
comportar como legítimos filhos de Deus se é que realmente somos cristãos. Quem
diz estar nele, deve andar como Ele andou, diz João.
Alexandre
Pereira Bornelli
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