Não é questão de ser estraga
prazer ou coisa parecida. Muito menos, não é condenar ninguém, mas o fato é que
a religiosidade nos faz representar algo por pouco tempo do que ser de fato uma
realidade o tempo todo, algo que somente o evangelho pode fazer.
É fácil notarmos
como preferimos acreditar que a igreja é uma construção e então, vivermos uma
vida dupla, comportando-nos como ímpios durante a semana e como cristãos
durante o culto aos domingos. Igualmente, na vida familiar corremos o mesmo
risco. Seja no chamado dia dos pais, das mães, natal, páscoa, dia do avô, da
criança e de quem quer que seja, o fato é que exatamente nesses dias há um
clima diferente nos semblante de muitos. A paz parece reinar. Só parece.
A família
pode estar vivendo um inferno dentro de casa, dividida, cônjuges se odiando,
filhos rebeldes, pais que provocam a ira nos filhos, mas nesses dias
específicos a artificialidade toma conta de todos. Então, se presenteiam, almoçam
ou jantam juntos e trocam palavras de admiração. Na verdade, é apenas um
intervalo do combate. Após esse dia, tudo volta como antes, infelizmente.
A
mulher samaritana tinha essa mentalidade ao perguntar pra Jesus onde deveria se
adorar. Jesus disse que não era em lugar físico algum, mas em espírito e em
verdade. É incrível como preferimos dias, lugares, momentos em detrimento de
uma vida. É claro que como igreja, nos reunimos em determinados dias e lugares
como corpo de Cristo. Mas, culto não é somente isso. Antes, nossa vida deve ser
um culto agradável a Deus todos os dias, o tempo todo. Ali, durante a reunião,
apenas manifestamos coletivamente uma realidade que temos vivido diante de Deus
todos os dias. Fora isso, pode haver ajuntamento, mas não culto a Deus.
Não
fiquemos presos a datas e lugares específicos. Cultuemos a Deus onde
estivermos, abracemos nossos pais, filhos, nos alegremos e agradeçamos a Jesus
todos os dias por tão grande salvação em todas as circunstâncias. Hoje mesmo, que
não é dia de nada no calendário, pode ser o melhor dia da nossa vida se nos
submetermos à Palavra de Deus! Creiamos nisso.
Alexandre Pereira Bornelli
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