Antigamente não era tão fácil encontrar farmácias, postos de gasolina,
mercados, carros para vender, igrejas, oficinas mecânicas, consultórios
médicos, escritórios de advocacia, livrarias, restaurantes, etc. E os que
existiam, via de regra, eram confiáveis segundo dizem.
Atualmente, a situação se inverteu. Estamos saturados de tudo! O congestionamento de veículos está horrível. Farmácias uma ao lado da outra. Advogados têm de monte. Consultórios médicos abrindo sem parar. O que se tem hoje é quantidade e não qualidade. A confiança nesses estabelecimentos e nos profissionais está totalmente abalada.
E o que dizer das igrejas e dos cristãos
então? Vivemos uma época que em cada esquina, por assim dizer, tem uma igreja.
O número de pessoas dizendo-se evangélicas também aumentou assustadoramente.
Num time de futebol, por exemplo, 90% dos que fazem gol manifestam sua
"fé"; em grupos musicais seculares e entre artistas, muitos também
alegam ser evangélicos enquanto continuam vivendo como antes. Muita declaração,
pouquíssima transformação. Com a mesma intensidade que subiu a quantidade, caiu
a qualidade. Virou status dizer-se evangélico.
A qualidade das igrejas e dos
cristãos está deprimente. Hoje o tanto de gente se diz pastor assusta. Mas, o
testemunho deles assusta muito mais! Isso tem sido péssimo para o Evangelho.
Não porque o Evangelho não deva expandir. Mas é porque Deus nunca se importou
com volume, números e quantidade. Ao contrário, em toda a história da igreja,
Ele trabalhou com um remanescente fiel. Deus procura adoradores que O adorem em
espírito e em verdade, não pessoas que se dizem isso e aquilo sem qualquer
mudança de vida.
A questão é: estamos entre a multidão que apenas professa algo
sem qualquer vida transformada pelo Evangelho, ou, estamos entre os adoradores,
entre o remanescente fiel que, pela graça de Deus, tem sido sal da terra e luz
do mundo? Não nos esqueçamos de que o caminho é estreito e apertado e poucos
são os que entram e andam nele, mas é esse caminho que nos conduz à vida
eterna.
Alexandre Pereira Bornelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário