Na legislação brasileira tanto o
que rouba quanto o que compra o produto roubado praticam crimes de roubo e
receptação, respectivamente. Sem a receptação, o roubo diminuiria.
Na vida cristã algo semelhante
acontece. Embora todos nós sejamos igualmente pecadores, existem aqueles mais
tagarelas que os outros, aqueles que exteriorizam mais os seus pecados com a
boca. Domar a língua sempre foi um grande desafio! (Tiago 3). Estes estão mais
sujeitos ao pecado da maledicência que a Bíblia tanto condena (Sl 15:3; Tg
4:11; Ef. 4:31; I Pe 2:1,2).
Contudo, existem também os pecadores
mais calados, aqueles que falam pouco, mas que apoiam e incentivam qualquer
tipo de conversa fiada, fofoca e maledicência. Por questão de timidez podem verbalizar
pouco suas ácidas palavras e suas críticas certeiras, mas em seu coração podem
ser maledicentes também. Mesmo falando pouco, nem por isso estão livres de
pecar, pois existe o pecado de receptação da maledicência. É o alerta de
Provérbios 17:4: “O ímpio dá atenção
aos lábios maus; o mentiroso dá ouvidos à língua destruidora”(grifamos).
É o que aprendemos de A. W. Pink:
“Aqueles que escutam histórias a respeito
dos outros, que se deliciam em ouvir sobre as falhas dos seus irmãos, encorajam
os maledicentes em seu pecado e participam juntamente com eles da sua culpa”.
Devemos não apenas fugir e abandonar a maledicência, como também desaprová-la
nos outros. Pink ainda diz: “As calúnias
não seriam feitas com tanto prazer se não houvesse quem as ouvisse com tanto
gosto. Frustre o caluniador, mostrando-lhe a sua desaprovação para com o que
ele está fazendo.”
Portanto, fica a advertência bíblica: falar ou
incentivar a maledicência é pecado! Ore a Deus, confesse e abandone a
maledicência e frustre um maledicente não lhe dando ouvido.
Alexandre Pereira Bornelli
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