Ensina-nos a contar os nossos dias,
para que alcancemos coração sábio. Salmo 90:12
Hoje em dia virou status dizer
que não se tem muito tempo, embora o tempo continue o mesmo. Pessoas acumulam
compromissos em excesso e depois reclamam de problemas de saúde. Crianças cada
vez mais atarefadas e adultos com agendas lotadas são evidencias disto.
A ordem que se ecoa num mundo
cada vez mais competitivo é para aproveitar o tempo, afinal, se tem algo que
não conseguimos recuperar sãos os minutos que já se passaram. A questão é: o
que é aproveitar o tempo?
Inseridos neste contexto,
cristãos sofrem a mesma pressão. A correria, o excesso de atividades,
compromissos e projetos pessoais ambiciosos têm roubado todo o tempo e sugado a
energia que deveriam ser investidos nas questões eternas, onde o tempo não
existirá.
Refletindo sobre isso, Willian
Inge, nos pergunta: “Se
gastamos 16 horas por dia em contato com as coisas desta vida e apenas 5
minutos por dia com Deus, será de admirar que as coisas desta vida sejam 200
vezes mais reais do que Deus para nós?” É justamente isto que
tem acontecido.
O tempo está passando e com
ele os anos, a idade e as oportunidades. Estamos envelhecendo, os filhos estão
crescendo, mas continuamos perdendo tempo em não praticar a Palavra de Deus, em
guardar amargura, ressentimento e inveja no coração a despeito de estarmos
aproveitando cada minuto para vivermos em função da nossa própria vontade.
Famílias se desintegrando e
casamentos explodindo, mas poucos querem gastar tempo para refletir nisto à luz
da Palavra de Deus. Procrastinam em obedecer a Palavra e se agarram no suposto
direito e justiça própria que julgam ter. Enquanto isso, o tempo está passando.
Paul Washer nos exorta: “Vá
e ofereça ao seu chefe o que você oferece a Deus, e veja quanto tempo você
durará. Ofereça até mesmo aos seus amigos o que você oferece a Deus e veja
quanto tempo vocês ainda serão amigos. Ofereça à sua família o que você oferece
a Deus e veja por quanto tempo você terá uma família.” E
Richard Baxter nos desafia a pensar, ao dizer: “Se vós apenas
desejásseis obter o conhecimento de Deus e das coisas celestiais tanto quanto
desejais saber exercer vossa profissão, já teríeis vos lançado a este
empreendimento, sem vos importardes com o custo ou as dificuldades, até que o
tivésseis obtido. Mas vós dedicais de bom grado sete anos a aprender a
profissão, e nem um dia, em cada sete, quereis entregar ao aprendizado
diligente das coisas concernentes à vossa salvação”.
Diante da gravidade do quadro
apresentado, devemos refletir sobre nossa própria condição e nos perguntar: até
quando vamos continuar ocupando todo ou a maior parte do nosso tempo para
nossos projetos e ambições pessoais e desperdiçando nosso tempo em não
investirmos nas coisas eternas? Até quando iremos permanecer desobedientes a
Deus? Até quando iremos abrigar ira, ressentimento, falta de perdão, amargura
em nosso coração contra alguém e pensar que estamos em paz com o Senhor? Isso é perda de tempo. Afinal, o tempo está
passando e chegará um momento em que não teremos mais tempo para
arrependimento. Ter coração sábio é aproveitar o tempo e os dias para temer e
obedecer ao Senhor.
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