PENSAI NAS COISAS DO ALTO

terça-feira, 24 de setembro de 2013

DE ONDE VEM A INVEJA?



“Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus.”                    Gálatas 5:19 a 21
A inveja não é algo aceitável e bem visto em lugar nenhum. Não é preciso ser cristão para rejeitar a inveja. A Bíblia a trata  mais severamente do que apenas algo ruim ou prejudicial aos relacionamentos, dizendo ser ela obra da carne, conforme o texto acima transcrito.

Saul é um exemplo típico de alguém invejoso. Sendo ungido o primeiro rei de Israel de forma particular por Samuel e em sua primeira batalha ter obtido vitória sobre os amonitas, Saul desfrutou de popularidade entre o povo de Israel, sendo aclamado, ovacionado e admirado.  

A despeito desse início aparentemente promissor, com o povo ao seu lado, Saul falhou terrivelmente, desobedecendo a Deus em duas principais ocasiões. A primeira foi por ter aguardado impacientemente pela chegada de Samuel em Gilgal, tomando a iniciativa de oficiar pessoalmente o sacrifício (I Sm 13:8). A segunda falha foi em sua vitória contra os amalequitas, quando cedeu à pressão do povo em vez de pôr em execução as instruções de Samuel. Por isto, o profeta Samuel deixou Saul entregue a si mesmo e então, Saul veio a perder seu reinado. (A História de Israel, Samuel J. Schultz, pag. 151)

Por ser uma pessoa obstinada, orgulhosa, faminta por reconhecimento, glória e popularidade, não aceitou a perda de seu reinado. Quando soube que Samuel havia ungido Davi como novo Rei de Israel, Saul teve inveja e passou a persegui-lo.

Em I Samuel 18:9 diz que “daí em diante Saul olhava com inveja para Davi”. Os olhos de Saul eram como que canos de arma de fogo apontados para Davi. Lendo a história bíblica, porém, em nenhum momento vemos Davi provocando Saul ou querendo tomar seu lugar. Ao contrário, vemos um novo rei humilde, esperando o tempo de Deus. A inveja de Saul não foi fruto de provocação externa, mas sim de impulso interno do seu próprio coração, conforme lemos em Marcos 7: 21,22: “Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos ... a inveja...”. 

Realmente, nossa inveja vem de dentro e talvez o primeiro sintoma externo seja a mudança do nosso olhar, fruto da inveja crescente no coração. Passamos a olhar com inveja as pessoas que nos substituem ou ocupando uma função a qual julgamos ser merecedores.  

Sendo assim, jamais podemos culpar outros pela inveja que temos. É o nosso orgulho de querer a glória e o reconhecimento que nos leva a inveja, quando não recebemos tais honrarias. 

O prejuízo causado pela inveja é devastador, segundo descreveu D. M. Lloydes Jones: “O orgulho, manipulado pelo diabo, leva ao ciúme, à inveja, ao ressentimento por não estarmos sendo apreciados e alguém estar sendo posto diante de nós. Deste modo o diabo pode derrubar uma igreja ou comunidade; e isto tem sido feito muitas vezes”. 

Portanto, é preciso confessar a Deus que somos invejosos. Reconhecer e pedir-Lhe graça para sermos libertos da inveja, praticando o amor fraternal, fruto do nosso amor a Deus é o começo de um caminho de salvação que devemos andar nele todos os dias nesta vida.
Textos Bíblicos adicionais: Tiago, capítulo 3: 14; I Pedro 2:1.

Alexandre Pereira Bornelli

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