“Ora,
as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem;
idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões,
facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como
antes já os adverti: Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o Reino de
Deus.” Gálatas 5:19 a 21
A
inveja não é algo aceitável e bem visto em lugar nenhum. Não é preciso ser
cristão para rejeitar a inveja. A Bíblia a trata mais severamente do que apenas algo ruim ou
prejudicial aos relacionamentos, dizendo ser ela obra da carne, conforme o texto
acima transcrito.
Saul
é um exemplo típico de alguém invejoso. Sendo ungido o primeiro rei de Israel
de forma particular por Samuel e em sua primeira batalha ter obtido vitória
sobre os amonitas, Saul desfrutou de popularidade entre o povo de Israel, sendo
aclamado, ovacionado e admirado.
A
despeito desse início aparentemente promissor, com o povo ao seu lado, Saul
falhou terrivelmente, desobedecendo a Deus em duas principais ocasiões. A
primeira foi por ter aguardado impacientemente pela chegada de Samuel em
Gilgal, tomando a iniciativa de oficiar pessoalmente o sacrifício (I Sm 13:8).
A segunda falha foi em sua vitória contra os amalequitas, quando cedeu à
pressão do povo em vez de pôr em execução as instruções de Samuel. Por isto, o
profeta Samuel deixou Saul entregue a si mesmo e então, Saul veio a perder seu
reinado. (A História de Israel, Samuel J. Schultz, pag. 151)
Por
ser uma pessoa obstinada, orgulhosa, faminta por reconhecimento, glória e
popularidade, não aceitou a perda de seu reinado. Quando soube que Samuel havia
ungido Davi como novo Rei de Israel, Saul teve inveja e passou a persegui-lo.
Em
I Samuel 18:9 diz que “daí em diante Saul
olhava com inveja para Davi”. Os olhos de Saul eram como que canos de arma
de fogo apontados para Davi. Lendo a história bíblica, porém, em nenhum momento
vemos Davi provocando Saul ou querendo tomar seu lugar. Ao contrário, vemos um
novo rei humilde, esperando o tempo de Deus. A inveja de Saul não foi fruto de
provocação externa, mas sim de impulso interno do seu próprio coração, conforme
lemos em Marcos 7: 21,22: “Pois do
interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos ... a inveja...”.
Realmente,
nossa inveja vem de dentro e talvez o primeiro sintoma externo seja a mudança
do nosso olhar, fruto da inveja crescente no coração. Passamos a olhar com
inveja as pessoas que nos substituem ou ocupando uma função a qual julgamos ser
merecedores.
Sendo
assim, jamais podemos culpar outros pela inveja que temos. É o nosso orgulho de
querer a glória e o reconhecimento que nos leva a inveja, quando não recebemos tais
honrarias.
O
prejuízo causado pela inveja é devastador, segundo descreveu D. M. Lloydes
Jones: “O orgulho, manipulado pelo diabo,
leva ao ciúme, à inveja, ao ressentimento por não estarmos sendo apreciados e
alguém estar sendo posto diante de nós. Deste modo o diabo pode derrubar uma
igreja ou comunidade; e isto tem sido feito muitas vezes”.
Portanto,
é preciso confessar a Deus que somos invejosos. Reconhecer e pedir-Lhe graça
para sermos libertos da inveja, praticando o amor fraternal, fruto do nosso
amor a Deus é o começo de um caminho de salvação que devemos andar nele todos
os dias nesta vida.
Textos
Bíblicos adicionais: Tiago, capítulo 3: 14; I Pedro 2:1.
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