PENSAI NAS COISAS DO ALTO

sábado, 29 de junho de 2013

DOS PECADOS, O MENOR?



É comum estarmos diante de situações na vida onde duas opções se apresentam diante de nós e ambas estão erradas. Como não conseguimos visualizar algo melhor no momento, escolhemos a situação de menor gravidade. 

Na vida cristã não é diferente. Muitas vezes estamos diante de situações que sabemos ser pecado e por não termos temor de Deus suficiente, por não conhecermos a Bíblia com maior clareza e profundidade, por não orarmos ao Senhor e até por negligenciarmos a malignidade do pecado, escolhemos uma das opções e então, pecamos. E, ainda, nos justificamos dizendo: “Dos pecados, escolhi o menor. Veja como sou prudente e sábio”. Quanto engano. 

Essa hierarquia de pecados é falsa, pois é criação de nossas próprias mentes caídas. Diante de Deus não existe pecadinho, pecado e pecadão. Onde lemos na Bíblia tal classificação? John Stott afirma que “todo pecado é uma revolta egoísta contra a autoridade de Deus ou contra o bem-estar do nosso próximo”. Observe que ele diz “todo pecado”. 

Afinal, é a Santidade, perfeição e a total pureza de Deus que estabelece o critério objetivo de que todo pecado é igualmente um ato rebelde e ofensivo à Sua santidade. É o que diz W. S. Plummer: “Nunca veremos o pecado de uma maneira correta enquanto não o virmos como algo contra Deus (...). Todo pecado é contra Deus no seguinte sentido: é a lei dele que é violada, sua autoridade é desprezada, seu governo é relegado a segundo plano. O filho pródigo disse:'Pai pequei contra os céus e diante de ti"; Davi disse: "Contra ti, contra ti somente pequei'".

O que existe são consequências do nosso pecado, sendo elas de menor ou maior gravidade diante dos homens. Por exemplo: diante de Deus tanto o roubo quanto o ódio são pecados e devem ser evitados pelos cristãos. No entanto, quem rouba corre o risco de ser preso e pagar caro por isso. Por outro lado, o que odeia, terá consequências naturais menos gravosas contra si. Todavia, ambos são proibidos pelas Escrituras. 

A questão é: estamos preocupados em agradar a Deus ou a homens? Qual justiça é mais severa, a de Deus ou a dos homens? A quem iremos prestar contas no dia do Juízo final? A quem devemos santidade? 

A Bíblia nos exorta a viver em santidade a Deus e para Sua glória, porque sabe que ao vivermos assim iremos também viver corretamente neste mundo. Aquele que é um cristão genuíno é também uma pessoa de bom exemplo em tudo o que faz. Em contrapartida, aquele que diz perseguir a santidade, mas que vive na imoralidade e infringindo as leis civis está enganado quanto a sua própria espiritualidade. 

Diante disto, como diz Spurgeon: “Entre dois males, não escolha nenhum”. Não temos o direito de escolher o “pecadinho”. Não tentemos suavizar o que Deus condena. Deus não tolerou nosso pecado na vida perfeita de Seu único Filho, porque iria tolerar pecados e nossa vida? 

Não temos desculpas e justificativas para pecar. Devemos fugir, lutar, vigiar e evitar todo tipo de pecado, seja ele de menor ou maior consequência a nós, sabendo que todos eles ofendem igualmente a Santidade de Deus. Iremos responder no tribunal Santo de Deus e naquele grande Dia não haverá tribunal de pequenos pecados. Todos responderemos diante do único tribunal  santo de Deus.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

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