PENSAI NAS COISAS DO ALTO

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Desviando-se dos maus caminhos.

Em muitos casos, o desvio é a melhor opção. Quando estamos viajando e determinado lugar da estrada é perigoso, seja pela má conservação da estrada ou por perigos de assalto, a melhor coisa é desviar daquele caminho, seguindo outro mais seguro.
Davi, em sua “viagem” da vida, tinha essa decisão em sua mente. Quando se deparava contra algo perigoso, algo que ameaçava sua paz com Deus, sua santidade, algo que pudesse ser capaz de lhe causar algum dano espiritual, se desviava. Isso não é medo de enfrentar a realidade como alguns pensam, mas é sabedoria e temor de Deus. É o que ele diz no Salmo 119:101: “De todo mau caminho desviei meus pés, para observar a Tua Palavra.” Davi sabia e, devemos aprender também, que não há como guardar a Palavra de Deus, a menos que nos desvencilhemos de toda impureza. Veja o cuidado de Davi em desviar dos caminhos do pecado! “De todo mau caminho desviei meus pés...” Davi não se desviava apenas de alguns maus caminhos, mas de todos! Até dos caminhos maus que são prazerosos. Afinal, o que é um caminho mau para nós? É só o caminho do crime e das drogas? É possível existir um caminho mau, pecaminoso, mas que seja momentaneamente prazeroso? Sim, é possível (Hb 11:24 a 26). Uma má amizade, algumas literaturas, filmes, programas de TV são caminhos maus também que precisamos desviar. Davi vigiava seus caminhos, desviando seus pés para não caminhar pela impureza, vícios, paixões da mocidade, inclinações da carne e pelo que os outros dizem ser bom. Ele não ia vivendo por viver, sem discernimento. Ele mantinha-se atento pelo caminho que estava andando. É isso que Paulo ensinou Timóteo a fazer, quando disse (II Tm. 2:22): “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”. Tão logo Davi percebia que estava correndo para o mal, observava a Palavra de Deus e abandonava o mau caminho. Nosso referencial sempre deve ser a Palavra de Deus! Davi não ficava “deprê”, se lamentando, se condenando, ou curtindo o pecado. Ele voltava-se para a Palavra de Deus! O que também impressiona nessa atitude de Davi, demonstrando seu caráter e sua seriedade diante de Deus, é que esta foi uma decisão dele, ninguém o obrigou a tomar, ele viu a necessidade pessoal de sempre ser guiado pela Palavra de Deus. Davi sabia que o caminho da impureza impedia-o de guardar a Palavra de Deus; e que observando a Palavra, ele era liberto diariamente do caminho da impureza. Qual o motivo de Davi em afastar-se do mau caminho? Não era para ser apenas moralmente correto. Mas, para observar (guardar) a Palavra do Senhor e não pecar contra Ele. (119: 11). Que motivação pura! Davi então demonstra uma busca pela santidade prática e real ao se desviar do mau caminho e observar a Palavra.
Observamos que, por um lado, Davi afastou-se da impureza. Por outro, aproximou-se da Palavra de Deus. Este sempre é o ensinamento da Palavra – Sl 1 – II Tm 2:22. Afastar-se do pecado e aproximar-se de Deus é o que devemos fazer.
Esta atitude de Davi revelou duas preciosas verdades sobre seu coração: uma evidência que ele de fato amava a Deus e a Sua Palavra; e, conseqüência disto, o fato que ele não andava pelo que o outros fazem, pelo que é momentaneamente prazeroso, mas sim pelo que a Palavra determina e ensina.
As perguntas que devemos responder diante destas verdades, são: temos, igualmente, desviado de todo caminho mau que se apresentam todos dias à nossa frente? Temos, além de fugido, observado a Palavra de Deus para não pecar contra Ele, ou temos fugido por medo das conseqüências naturais apenas? Isto seria moralismo e não, cristianismo. Deus sonda nossas motivações! Não há reverência real pela Palavra de Deus onde não há cuidado em evitar todo e qualquer caminho mau! Este é o precioso ensinamento do Salmo 128:1: “Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e anda nos Seus caminhos!”. A prova que tememos a Deus é que observamos Sua Palavra e andamos obedientes a ela.


Alexandre Pereira Bornelli

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