Quando pergunto se você é cristão, não estou perguntado se sua família é cristã. Não estou perguntando se você participa desde pequeno ou, até mesmo, se é membro de alguma igreja evangélica. Também, não estou perguntando se você lê a Bíblia e acha ela importante. Não estou perguntando se você tem hábitos cristãos. Ainda, não vem ao caso se você é uma pessoal moralmente correta. Nem mesmo estou perguntando se você afirma que é cristão. A pergunta que faço, embora curta, é profunda: você é realmente um cristão?
Perguntaram a John Newton para ele definir seu cristianismo, e ele disse: "Sou um grande pecador. Mas, tenho um grande salvador".
Se de fato temos a real e profunda certeza de que somos pecadores, que nada merecemos, que a salvação é unicamente graça de Deus, então isso testifica nosso cristianismo. O problema é quando decoramos estas verdades e as repetimos como papagaios, sem qualquer entendimento espiritual do que elas sejam e signifiquem. Neste caso, nos tornamos fariseus, legalistas e moralistas. E isto é não é cristianismo.
Algumas consequências práticas e inevitáveis que surgem em nossos relacionamentos por sermos cristãos de verdade é que o ressentimento e a vingança dão lugar ao perdão. O prazer no pecado da lugar ao prazer na santidade. A intriga e divisão nos relacionamentos dão lugar à reconciliação. O egoísmo da lugar à comunhão. O ódio da lugar ao amor. A ira da lugar à benignidade. A cobrança em relação aos outros, da lugar à longanimidade. A reclamação e a murmuração dão lugar à gratidão e à oração. A tensão nos relacionamentos da lugar à paz e a tranquilidade. Enfim, tudo em minha vida muda 180º! Se não muda, então eu não creio.
Quem tem a certeza que é um grande pecador e que tem um grande salvador não viverá como se fosse uma grande pessoa, não viverá se achando melhor do que ninguém, não viverá pagando o mal com o mal, não mais terá prazer na vingança, no ressentimento, no pecado, mas buscará intensa e incansavelmente viver perdoando, sendo benigno ao outro e buscando agradar ao Seu grande Salvador! É assim que você vive?
Alexandre Pereira Bornelli
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