PENSAI NAS COISAS DO ALTO

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sombra e água fresca.

Estive participando da conferência Fiel na semana passsada, onde estiveram pregando a Palavra de Deus alguns irmãos, tais como John Piper, Stuart Olyott, Augustus Nicodemus, Franklin Ferreria dentre outros. O tema foi evangelização e Missões. Teríamos muito o que compartilhar, mas, em poucas linhas, quero testemunhar um pequeno assunto que me chamou a atenção.
O irmão Stuart Olyott falou sobre o livro do profeta Jonas. Em apertada síntese, nos deixou claro que no livro todo Jonas está lutando em fazer sua própria vontade, resistindo por fazer a vontade de Deus. Essa é, igualmente, a luta nossa de cada dia: a nossa vontade ou a de Deus? Vemos no último capítulo (4), verso 5,  quando Jonas então, a contra gosto, pregou aos ninivitas e estes se converteram, que o profeta se afundou em crise ira porque Deus perdoou o povo a quem ele (Jonas) não queria ver perdoado. Jonas, na verdade, queria que as coisas acontecessem do seu jeito e, como Deus não lhe atendeu, o profeta então mergulhou em ira e tristeza. Ao sair da cidade, Jonas (v.5), assentou-se e fez uma enramada e ficou aguardando para ver o que aconteceria com Nínive. Deus então (v.6) fez nascer uma planta que subiu por cima do profeta, para fazer sombra nele, livrando-o do seu desconforto. Imediatamente, Jonas se alegrou pelo conforto que a planta lhe trouxe. Contudo, diz a Palavra que "Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta". Onde estava a alegria de Jonas? Na planta, não em Deus. Em momento algum, Jonas agradece a Deus por ter enviado a planta. Porém, no dia seguinte (v.7), Deus enviou um verme que secou toda a planta, retirando então, a sombra, o conforto do profeta. Neste momento, Jonas se irou sobremaneira, a ponto de preferir morrer (v.8).
O que Deus queria era mostrar ao próprio Jonas quem realmente ele era: egoísta e amante de si mesmo! Deus nos vê como realmente somos, nós é que não temos a real visão de nós mesmos. Por isso, Deus queria mostrar ao profeta como ele não amava os ninivitas, mas sim, amava somente seu próprio conforto e sua própria vontade.
Portanto, precisamos aprender a não lutar por nossa vontade, mas sim, procurar fazer a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12) em todos os nossos relacionamentos. Quando buscamos nossa própria vontade, todos os nossos relacionamentos são prejudicialmente afetados, seja com Deus, o cônjuge, os filhos, pais, amigos.
Aprendemos também a agradecer o bem que Deus nos envia, crendo que tudo vem dEle e não murmurar quando algo some de nossas mãos. Quando a nossa alegria verdadeira estiver em Deus, iremos assim como o apóstolo Paulo, aprender a viver contente em toda e qualquer situação, tanto de fartura, quanto de escassez, tanto de sombra, quanto de sol forte e mesmo quando nossa vontade própria é desconsiderada. Para se alegrar quando se tem sombra e água fresca não precisa ser cristão, todas as pessoas gostam disso. Somente aqueles que têm a Deus, ao Senhor Jesus como seu tesouro maior é que podem se alegrar na sombra ou no sol, tendo ou não tendo sua vontade e seus desejos satisfeitos.

Alexandre Pereira Bornelli

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