PENSAI NAS COISAS DO ALTO

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A falsa pedagogia do pecado.

Somos seres racionais, desenvolvidos e inteligentes. Fabricamos grandes máquinas, tecnologia de ponta, as engenharias evidenciam a criatividade do homem, os livros, sua intelectualidade, os esportes, suas habilidades e todas as profissões, sua capacidade. Aprendemos muito com outros através de livros. Contudo, uma coisa é fato: na vida cristã aprendemos muito pouco, abaixo do mínimo exigido, com o pecado dos outros. A história nos comprova isto. Quantos jovens que idolatravam artistas e cantores que morreram de overdose abandonaram as drogas depois que viram o triste fim do seu ídolo? Alguém será capaz de deixar definitivamente a bebida e as drogas depois de ver o triste fim da jovem cantora Amy Winehouse? E quem abandona o sexo livre e descompromissado, fora do casamento, só porque um conhecido morreu de AIDS ou de outra doença? O pecado dos outros nos estimula a abandoná-lo? Não. Ao contrário, ele pode nos atrair. Embora sejamos potencialmente capazes de todo tipo de pecado (Marcos 7:20 a 23), podemos não ter como nosso “calcanhar de Aquiles”, as drogas e a bebida, mas talvez, sejamos mais vulneráveis à vida promíscua, à sexualidade pervertida, ao consumismo, a glutonaria, a sensualidade e inveja. Mesmo vendo a vida deprimente que levam as pessoas que se entregam a este tipo de vida, não conseguimos nos desprender deles também, muitas vezes. E não é por falta de tentativas. Pois, com boas intenções, muitos encaminham e-mails com as fotos de artistas antes e depois das drogas e bebidas para causar impacto nas pessoas, para que abandonem tal caminho. No momento que se vê as fotos, realmente, somos impactados, mas o efeito pedagógico do pecado passa rapidamente. Fotos, mortes, sofrimentos, internações, falências, separações e tantas outras desgraças deste mundo não são capazes de transformar ninguém por si mesmo. O pecado dos outros não nos afasta dos nossos, pelo menos não como deveria afastar. Mesmo vendo reportagens trágicas, logo os que são atraídos pelas drogas, voltam a se drogar; os atraídos pela bebida, voltam a beber; os amantes da velocidade voltam a correr; os glutões se permitem comer incontrolavelmente e os promíscuos se atolam na novamente na promiscuidade. Não é apenas vendo o triste fim dos outros que os jovens deixarão o pecado, a vida torta e mergulhada em seus pecados e prazeres carnais. Quem já leu na Bíblia a história do filho pródigo (Lc 15:11), por exemplo? Contudo, quantos jovens têm feito as mesmas escolhas que ele, embora sabendo do triste fim que ele teve? Por outro lado, deveríamos aprender com José a fugir do pecado (Gn 39), mas infelizmente pouco o imitamos. E quantos ainda adulteram mesmo cientes das terríveis conseqüências ocorridas na vida de Davi (Sl 32)?
Nenhum tipo de medo, que seja o medo das conseqüências das drogas e até o medo do inferno são capazes de nos libertar da escravidão do pecado. O que então é capaz de causar profundas transformações e nos libertar da vida de escravidão do pecado? A Bíblia diz em João 8:32: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” e, no versículo 36, diz: “Portanto, se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Não há outra forma de ser livre do poder do pecado, deste mundo e dos prazeres carnais se Jesus não nos libertar deles. Somente um encontro e uma entrega pessoal a Jesus Cristo é capaz de uma real transformação. Somente quando o Espírito de Deus nos faz ver o amor de Deus demonstrado por nós na Cruz é que estamos capacitados, por Deus, a abandonar a prática do pecado e experimentar um relacionamento transformador com o Criador. A Bíblia diz em 2 Coríntios 5:14, que “o amor de Deus nos constrange”. Portanto, se queremos ser transformados, precisamos crer em Jesus Cristo. Somente o amor de Deus derramado em nossos corações é que nos liberta, capacitando-nos a buscar a santidade e a fugir do pecado, a amar a Deus e não, amar o mundo.

Alexandre Pereira Bornelli

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