PENSAI NAS COISAS DO ALTO

terça-feira, 9 de julho de 2013

QUAL A NOSSA PARTICIPAÇÃO NA SANTIFICAÇÃO?



Qual a nossa participação na santificação? Esta pergunta tem levado a duas principais respostas, ambas erradas. Alguns pensam que a santificação depende inteiramente deles. Outros pensam que tudo depende somente de Deus e que eles nada podem fazer. Mas, afinal, temos ou não temos participação no processo de santificação?

Primeiramente, é preciso esclarecer que com relação à regeneração e a justificação em nada participamos. Assim como não escolhemos e decidimos nascer, não decidimos e não escolhermos nascer de novo, ou seja, sermos regenerados, feitos novas criaturas (II Coríntios 5:17).  A justificação é obra totalmente de Deus. É o que diz Efésios 2: 8 e 9: “Pois vocês são salmos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.
Contudo, após a regeneração, entramos no processo de santificação e neste processo temos participação. E é aqui que muitos erram. Muitos cristãos ou estão lutando pela santificação sem oração ou estão orando sem lutar. As duas coisas estão igualmente erradas. 

A Bíblia diz em Hebreus 12: 14: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”.  E também I Pedro 1: 15,16: “Mas, assim como é santo aquele os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: “Sede santos, porque eu sou santo”. 

Ora, o que isto quer dizer senão que devemos realmente nos esforçar para sermos santos? Mas, afinal, como isto deve acontecer? J. C. Ryle diz em seu livro Santidade, pag. 46: “A santificação, pois, é o invariável resultado da união vital com Cristo, que a verdadeira fé confere a um crente.” Spurgeon já disse que “a santidade é o lado visível da salvação”. Deus nos deu meios de graça (leitura bíblica, oração, vida comunitária da igreja) como ferramentas indispensáveis neste dever que temos de buscar a santificação. Temo usado com diligência estes meios?

Quanto a nossa participação neste processo, lemos as palavras do salmista no Salmo 119:30: “Escolhi o caminho da fidelidade; decidi seguir as tuas ordenanças”. Isto não é uma sentença arrogante, mas é uma decisão de alguém que busca a santidade porque foi realmente justificado. Santificação começa com escolhas corretas. Onde não há santificação da vida, não há fé real em Cristo, diz Ryle. Com muita sabedoria, Spurgeon, em seu livro O Alfabeto de Ouro, pag. 66, diz: “A graça não nos trata como toras de madeira ou pedras, que são arrastadas por animais adestrados ou máquinas, mas como criaturas dotadas de vida, razão, vontade e forças ativas que se dispõem e são capazes de mover-se se porventura houver necessidade. Deus opera em nós, mas é para que possamos querer e agir de acordo com seu beneplácito”. 

Portanto, em qual grupo você está? Você é daqueles que quer ser santo apenas com seus próprios esforços? Ou, você está no outro extremo e pensa que Deus o santificará sem que você busque a santificação? Somos responsáveis por nossa santificação e se contentamos com uma vida cristã de baixo nível de santidade é porque ainda somos muito ignorantes no assunto. J. Sidlow Baxter diz que “nenhum assunto que já ocupou os pensamentos dos crentes pode ser mais urgente do que o da santificação pessoal.” Paulo ensina em I Tessalonicenses 4:3: “Pois esta é a vontade de Deus, a vossa santificação.” 

Portanto, não precisamos orar para saber se devemos ou não buscar a santificação. Precisamos orar para que Deus nos capacite a sermos obedientes e a respondermos aos meios de graça à nossa disposição. Afinal, sem santidade ninguém verá o Senhor. 

Alexandre Pereira Bornelli 

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