Uma das características determinantes do pecado é o desequilíbrio
que ele nos causou. Uns confiam somente em si mesmos e nos homens, enquanto que
outros recorrem somente a Deus sem tomarem atitudes práticas nesta vida. O que
fazer?
Em I Pedro 5:8, vemos que precisamos “vigiar e orar”. O Salmo
127 nos ensina que “se Deus não edificar
a casa em vão trabalham os que a edificam. Se o Senhor não guardar a cidade, em
vão vigia a sentinela”. Note que devemos trabalhar e vigiar, mas orar
confiando unicamente em Deus. A soberania de Deus não nos faz negligentes.
Conta a historia que D. L. Moody, talvez o maior evangelista
da história, estava num pequeno barco com um amigo. De repente começou entrar
água no barco. O amigo confiante que estava ao lado de um grande homem de Deus,
ficou assustado ao vê-lo tirando água com rapidez usando um pequeno balde.
Então, inconformado, perguntou: “Moody,
você que é um grande homem de fé, não vai orar para Deus nos livrar desse
naufrágio?”. Ao que Moody lhe respondeu: “Estou orando”.
Essa deve ser nossa postura diante de Deus: se temos um
balde, usemos; se temos médicos, consultemos; se temos portas para trancar nas
casas, tranquemos; se temos que melhorar a alimentação, melhoremos; se temos
que perdoar, perdoemos; se temos que ensinar nossos filhos o evangelho,
ensinemos. Em tudo, porém, confiemos e descansemos na vontade divina.
Com relação à saúde, também oscilamos. Vejamos o exemplo
bíblico em 2 Crônicas 16:12,13: “No
trigésimo nono ano de seu reinado, Asa foi atacado por uma doença nos pés.
Embora a sua doença fosse grave, não buscou ajuda do Senhor, só dos médicos.
Então, no quadragésimo primeiro ano do seu reinado, Asa morreu e descansou com
seus antepassados.”
A verdadeira fé é obediente à Palavra de Deus. Usemos com
gratidão os meios e recursos que Ele nos deu, mas confiemos unicamente no
Senhor e não nos meios. Provérbios 21:13 nos adverte: ”O cavalo prepara-se para
o dia da batalha, mas a vitória vem do Senhor”. E, Spurgeon nos exorta: “Deus não irá adiante do homem que marcha em sua própria força”.
George Muller resumiu assim este princípio: “Este é um dos grandes
segredos relacionados ao serviço bem-sucedido para o Senhor - trabalhar como se
todas as coisas dependessem de nossa diligência, mas, apesar disso, não
depender do menor de nossos esforços, e sim das bênçãos do Senhor"
(Narrativa, vol. 2. p. 290).
Nosso dever? Obediência. Nossa obrigação? Descansar
totalmente em Deus.
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