PENSAI NAS COISAS DO ALTO

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Quais são seus desejos antes de morrer?

Nossas escolhas dizem quem somos e nossos desejos também! O que mais amamos é também o que mais desejamos, conforme já diz a Palavra de Deus “onde está nosso tesouro, ai também está o nosso coração”.
Existe um ditado popular de que antes de morrermos precisamos fazer três coisas: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Nada disso é errado. Aliás, são três boas sugestões. Uma arvore ajuda a melhorar e equilibrar a ecologia, um livro colabora para formar opiniões e um filho traz muitas alegrias e ajuda a perpetuar a espécie. A questão, porém, é saber se nós, cristãos, esperamos nos realizar nessas três tarefas também. Alguns destes três desejos, ou mesmo, tantos outros semelhantes, nos fariam morrer em paz? Nos sentiríamos completamente realizados ao executarmos tais projetos? Deus nos salvou para ter como objetivo de vida plantar uma árvore, escrever um livro ou mesmo, ter um filho? Vamos mais além. O plano de Deus é que tenhamos muito dinheiro, poder, fama e sucesso pessoal? Penso no dia do julgamento, diante de Deus, alguns de nós dizendo: “Senhor, veja que linda árvore plantei; e o livro que escrevi Senhor, vendeu muitas cópias; tive também um lindo filho. Ah, Senhor, não esqueca de considerar os carros que comprei, a mansão que morei, o tanto que eu era respeitado, famoso, importante, influente, meus títulos profissionais e minhas habilidades.” É isto que teremos a apresentar diante de Deus?! O que estamos desejando antes de morrer? Quais são nossos últimos pedidos? Todos nós temos desejos ainda por realizar e isto não está errado. Alguns querem ir para Europa, outros, viajar pelo mundo inteiro; alguns, comprar a casa própria; um carro importado; casamento também está na lista de alguns; riquezas, poder, dinheiro sobrando estão entre os itens mais desejados. O foco é mais profundo: temos desejos de crescer no conhecimento e temor a Deus? Desejamos buscar a santidade, nos parecer mais com Jesus, amar mais a Deus, ao próximo, perdoar mais, ser mais misericordiosos, puros e benignos? Desejamos amar mais a Jesus e praticar mais a Verdade em nossa vida? O que nos  alegra e realiza? Esta é a pergunta que deve ser feita. Quais os nossos desejos em vida? O que esperamos realizar, ser, fazer antes de morrermos?
Em Provérbios, capítulo 30, versos 7 a 9, Agur confessa a Deus seus dois últimos desejos antes de morrer: “Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, não venha a furtar.”  Agur, pela Graça de Deus, reconhece que é pecador. Ele sabe que, tanto a riqueza quanto a pobreza, podem afastá-lo do Senhor, por isso não deseja nenhuma delas. De um lado, a riqueza pode levar-nos à soberba de achar que podemos tudo e que não precisamos de Deus e, de outro lado, a pobreza pode levar-nos à  soberba também, sob outro ângulo, pois roubar para se sustentar é desconsiderar a providência divina e achar que pode resolver as coisas por conta própria. De forma alguma afirmarmos que todos os ricos e pobres fazem isso. Contudo, ambas as situações induzem a tais comportamentos. É preciso que o rico ou pobre sejam igualmente tementes a Deus. Agur demonstra ter um coração mais espiritual do que material, mais celestial do que terreno e mais temente a Deus do que desobediente, ao pedir com sabedoria seus dois últimos desejos antes de morrer. Esses dois desejos de Agur glorificam a Deus!
Aprendemos então, que embora seja lícito ter alguns desejos naturais para realizar antes de morrermos, estes não podem ser nossos maiores desejos e não podem ocupar o centro do nosso coração. Não podemos viver em função deles e depositar neles, a nossa alegria.  Nossos desejos também precisam glorificar a Deus (I Cor. 10:31). Nada do que fizermos ou conquistarmos em termos naturais será capaz de nos trazer paz na hora da morte. É como diz o ditado: “Ninguém no leito de morte pede para trazer as escrituras de seus imóveis, os documentos dos carros e, o extrato da conta bancária para morrer abraçado em paz com eles.” A prova para saber se nosso coração está desejando mais as coisas terrenas do as espirituais é refletirmos se elas têm ocupado mais nossos pensamentos, motivado nosso dia e feito parte do nossos desejos do coração. Nossos desejos são as inegáveis evidências do que mais amamos. Agur que o diga.

Alexandre Pereira Bornelli

2 comentários:

h disse...

Alexandre, parabens pelo artigo. Desejo encoraja-lo a continuar nesse projeto de ajudar pessoas a terem a Deus como o grande alvo de suas vidas. Deus te abencoe. Henrique

Carla disse...

Interessante, hoje amanheci pensando nas coisas que almejo alcançar, e lendo esse texto me ajudou muito a pensar melhor.

obrigada

Carla