PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Justificando o perverso e condenando o justo

Dentre os inúmeros efeitos desastrosos em nossa vida que o pecado gerou, está o da inversão de valores. Valorizamos o que deveríamos reprovar e aprovamos o que deveríamos rejeitar. Muitas coisas que ofendem a Deus acabamos por aceitá-las e outras tantas que O agradam, acabamos por rejeitá-las. Isso, porque nossos valores foram também corrompidos com o pecado e precisam ser restaurados.
Temos um bom exemplo disso em Provérbios 17:15: “O que justifica o perverso e o que condena o justo, abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro.” Aqui temos um exemplo clássico de inversão de valores. Por um lado, existe aquele que justifica o perverso, que vê as obras, atitudes e vida daqueles que não temem a Deus, mas os justifica, aprovando o que fazem. Talvez, o fazem por medo, inveja, interesse, aceitação e outras causas quaisquer. Ao invés de reprovarmos o comportamento perverso, ao invés de avaliarmos tudo à luz da Bíblia, aceitamos o estilo de vida dos perversos justificando suas obras como se fosse direito deles viver como querem. Por outro lado, temos aquele que condena o justo. Essa condenação pode ser por diversos motivos: inveja (Caim e Abel), por ser uma pessoa não popular, pelo fato de que a justiça está fora de moda, e outros motivos quaisquer. A questão principal é saber quem são aqueles que imitamos. Temos por alvo seguir os passos dos perversos ou dos justos? Quais amizades procuramos ter: com os perversos ou com os justos? De quais pessoas temos nos aproximado: dos perversos ou dos justos? Quais pessoas têm sido alvo de minha indignação e reprovação: os perversos ou os justos? Com quais jovens temos andado e feito amizades: com jovens perversos ou jovens justos? O que mais nos atrai: a perversidade ou a justiça? O fato é que, infelizmente, temos tentando justificar o comportamentos dos perversos porque amamos ainda a perversidade. Queremos dar um jeito de diminuir a gravidade da vida perversa por termos interesse em vivê-la. O pecado ainda está mais dominante em nosso coração do que pensávamos estar. E, aqueles cristãos que têm procurado ser justo diante de Deus, viver o Evangelho, fugindo da perversidade e do pecado, têm sido alvos de nossa gozação e menosprezo porque não amamos a justiça. A Bíblia afirma categoricamente que não é somente o que justifica o perverso que é abominável ao Senhor, mas o que condena o justo também o é.
Aprendemos que precisamos rever nossos conceitos e valores para saber se estão em conformidade com a Palavra de Deus. Quando estamos amando ao Senhor e obedecendo a Sua Palavra, iremos condenar a perversidade e valorizar aqueles que querem praticar obras de justiça, que desejam viver realmente o Evangelho. Tudo é uma questão do nosso coração. Quando condenamos o justo e justificamos o perverso, é sinal de algo errado está em nosso coração e precisa urgentemente ser restaurado por Deus.

Alexandre Pereira Bornelli

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