PENSAI NAS COISAS DO ALTO

sábado, 7 de julho de 2012

DUAS ATITUDES DIANTE DO PECADO?

Lendo a Palavra de Deus neste sábado chuvoso, fui edificado por verdades que se fizeram mais reais para mim. Graças a Deus e ao seu Espírito Santo que nos dá sabedoria, entendimento e graça para compreendê-la e obedecê-la. É o que desejo compartilhar aqui nesta devocional.
Em I João 1:8 a 10, lemos: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não não está em nós. 9. Se confessarmos nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10. Se dissermos que não temos pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra nçao está em nós." Temos aqui duas maneiras de encarar nossos pecados e, obviamente, temos também as consequencias da nossa escolha. A primeira maneira, talvez não muito usada literalmente em nossos dias, está nos versos 8 e 10, que revela aquele que não reconhece que é pecador e, consequentemente, que não comete pecados. João combate aqui o ensino dos falsos mestres da sua época. Porém, hoje muito se tem omitido falar sobre o pecado e sua malignidade. Isto é uma forma sutil de desconsiderar o pecado, fazendo com que pessoas se digam cristãs sem a real visão da sua depravação diante de Deus. Omitir sobre o pecado é o mesmo que dizer que pode-se chegar a um estágio de perfeição neste mundo, bastando nosso esforço. Isso é uma heresia e tem enganado muitas pessoas em todo mundo. Outra questão tão importante quanto essa é que negando que não temos pecado (verso 10) estamos negando o diagnóstico de Deus sobre nossa condição, conforme textos da Palavra de Deus (Sl 14:1,2; 53:1 a 3; Gn 6:5; 8:21; Rm 3:23). Dai que João diz que se dissermos que não temos pecado, seja de que forma for dito isso, seja literalmente ou omissamente, a questão é que fazemos Deus de mentiroso porque Ele, em Sua Palavra, já afirmou que somos pecadores. A  consequência para todas as pessoas que assim crêem, é que a verdade e a Palavra de Deus não estão nelas. Por mais que nos apresentemos diante dos homens de forma aparentemente pieodosa e fervorosa, a verdade segundo a Bíblia é que somos falsos e não conhecemos de fato Jesus Cristo se negamos que somos pecadores.
Em evidente contraste, temos aqueles que praticam o verso 9, ou seja, que confessam seus pecados. Estes não são melhores do que os que negam. Apenas foram convencidos por Deus e não por suas próprias condições que são pecadores e que precisam confessar isso ao Senhor. Segundo o comentário de Augustus Nicodemus Lopes, sobre I João, pag. 40 "confessar na língua grega, significa literalmente dizer a mesma coisa, ou seja, concordar com que outra pessoa  está dizendo." E o próprio Nicodemus, a seguir, cita a definição de  W.E. Vine, que disse: "Confessar é alguém admitir que é culpado daquilo que é acusado , como resultado de uma convicção interna." Foi o que Davi fez no Salmo 32 e 51. A consequência aqui, bem diferente do caso anterior, é que Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Sobre a fidelidade de Deus leia neste mesmo blog o texto - Deus não é fiel a nós.
A pergunta urgente que devemos responder com sinceridade é: em qual grupo estamos, dos que negam seus próprios pecados seja uma negação literal ou por omissão, ou no grupo que sabe que é pecador e que confessa a Deus?  Nossas orações, a forma como nos relacionamos com Deus e com os irmãos, evidenciam esta verdade. As consequências de um e de outro são bem claras e distintas. Não basta porém falarmos que somos pecadores e pronto. Precisamos também confessar, ou seja, concordar com o diagnóstico de Deus quanto a nossa depravação para experimentarmos a libertação do poder escravizador do pecado mediante a confissão diária dos nossos pecados. Somente com um convicção intera do Espírito Santo é que poderemos crer que somos pecadores e confessar nosso pecados para experimentarmos a fidelidade de Deus em nos perdoar e purificar.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

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