PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A CARA DO PAI.

Geneticamente, carregamos as características de nossos pais. É fácil as pessoas perceberem  e identificarem em nós, algo que também encontram em nossos pais. Mesmo não perdendo nossa individualidade, o fato é que nosso jeito de falar, andar, olhar, argumentar, brincar, os dons naturais  que temos e nossos traços físicos denunciam aspectos inerentes dos nossos pais, quer gostemos ou não disso.
A questão mais profunda que devemos refletir é o quanto estamos, como cristãos, expressando as características do nosso Pai. Isso tem me incomodado. Hoje foi um dia daqueles que essa preocupação veio mais forte em minha mente. Então, me perguntei: o quanto estou refletindo aspectos de Deus em minha vida? Até que ponto as pessoas conseguem identificar quem é meu Pai, olhando para minha vida? Minhas obras, meu temperamento, meu jeito de encarar a vida, de ser como pai e marido, patrão ou empregado, nas horas de lazer, quando sou desprezado, contrariado, mesmo exaltado, enfim em toda a minha vida demonstro ser um filho de Deus? Minhas ações e reações são parecidas com as que Deus, em Jesus Cristo, teve enquanto nesta terra e que ainda as têm como nosso Pai celestial? Cada um de nós precisa refletir sobre isso. O fruto do Espírito registrado em Gálatas 5:22 e 23 "amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio" está presente e visível em nossa vida diária? Ou, estamos fazendo força para que eles apareçam? Devemos lembrar que tal fruto é do Espírito e não, nosso. Portanto, para que tal fruto apareça precisamos nos encher do Espírito e não, obviamente, de nós mesmos. E, nos enchemos do Espírito tendo uma vida de comunhão com Deus, de andar na luz, praticar a Palavra e a Verdade, confissão de pecados e oração. Ou, por outro lado, o que tem nascido e crescido em nossos relacionamentos, seja ele, em nossa casa, na igreja, no trabalho, com os amigos, nas férias (longe de tudo e todos), são as obras da carne descrita em Gálatas 5:19 a 21 "imoralidade sexual, impureza e libertinagem, idolatria e feitiçaria, ódio, discórdia , ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes"? O fato é que quando não nos enchemos diariamente do Espírito Santo de Deus, estaremos cheios de nós mesmos, e o que há de se manifestar neste último caso, são as obras da carne, como Romanos 8:8 diz: “Os que estão na carne não podem agradar a Deus”.
A questão urgente que devemos considerar é o quanto estamos refletindo as obras da carne ou o fruto do Espírito em nossa vida diária? Não podemos considerar apenas nosso comportamento durante encontros da igreja, reuniões ou em momentos semelhantes, pois podemos estar sendo enganados por nossa própria hipocrisia. O que conta realmente e mede nossa piedade é avaliarmos como somos em nosso casamento, relacionamento marido e mulher, pais e filhos; no trabalho, patrão e empregado; nos negócios, honestidade como testemunho para a Glória de Deus; no trânsito, quando nos roubam uma vaga de estacionamento, ou quando alguém buzina nos ofendendo; no esporte, quando perdemos ou quando alguém age de forma errada; na universidade, quando todos estão fazendo coisas pecaminosas; no namoro, se buscamos ou não a santidade; no uso da internet; na vestimenta, se estamos preocupados em agradar e honrar a Deus ou sermos sensuais; nas amizades e em tudo mais. São nesses aspectos da nossa vida que realmente demonstramos se nosso cristianismo é real, se estamos realmente nos parecendo com nosso Pai celestial. Pois, se fomos realmente regenerados e estamos crescendo na santidade, mesmo imperfeitos e cometendo pecados, estaremos evidenciando cada dia mais uma semelhança com Jesus Cristo em tudo, mesmo no caso Ele sendo perfeito e nós imperfeitos, estaremos evidenciando frutos e comportamentos que demonstrem e comprovem que somos de fato filhos de Deus. Esforçar por evidenciar o fruto do Espírito não é o caminho apresentado pela Bíblia. Um agricultor não precisa se preocupar se o limoeiro vai dar limão ou maçã, mas sim, precisa cuidar, aguar e adubar a planta. Do mesmo modo, a Palavra de Deus nos ensina a buscarmos a santidade, a adubarmos nossa vida nos enchendo do Espírito Santo para que esse fruto apareça em nossa vida ao invés de tentarmos, por nossa conta, produzir tal fruto. Lembremos: esse fruto não é nosso, é do Espírito Santo de Deus. Portanto, nossa responsabilidade e a ordem de Deus para todos nós encontrada em Efésios 5:18: “...enchei-vos do Espírito! 
 ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

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