PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A oração de Agur

A Bíblia contém inúmeras orações, todas elas igualmente preciosas e que nos ensinam a orar diante de Deus. Uma delas está em Provérbios 30: 5 a 9, conhecida como a oração de Agur. Suas sinceras palavras foram assim registradas: “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescenteis às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso. Duas coisas te peço; não mas negue, antes que eu morra: Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, não venha a furtar, e profane o nome de Deus."
Seria pretensioso quem ousasse, em poucas linhas, esgotar esta linda e sincera oração. Sendo assim, alguns, somente alguns princípios serão destacados neste texto para nossa reflexão.
O primeiro princípio claro da oração de Agur é o reconhecimento de que a Palavra de Deus é absolutamente pura, perfeita, completa e que é proteção para os que nela confiam. Não que a Palavra nos protege contra doenças, roubos, tristezas, perdas e mortes. Mas sim, que ela nos protege do pecado, de uma vida alienada de Deus e da morte eterna. Justamente por ser pura e perfeita ninguém deve ousar acrescentar nada a esta Palavra que representa a voz de Deus. Ela não precisa ser reeditada, atualizada ou modernizada. Ela foi, é e sempre será pura, atual e completa. Precisamos crer assim! Caso alguém tente alterar uma vírgula que seja, será tido por mentiroso. Então, diante deste conhecimento correto da Palavra de Deus e da sua eficácia, Agur faz um pedido sincero e correto diante de Deus. Faz dois pedidos. Sua preocupação primeira é com relação ao seu interior, depois com o exterior. Seu primeiro pedido foi para que seja afastada de si a falsidade e a mentira. Essa terrível dupla – falsidade e mentira – são males que sempre se apresentam à nós e são males interiores que só causam incômodo naqueles que realmente querem uma vida santa diante de Deus. Somente após pedir o afastamento da falsidade e da mentira é que Agur ora pedindo algo exterior, que Deus não lhe dê nem a pobreza nem a riqueza, explicando as conseqüências de uma e de outra. Pedir para não ter a pobreza também pedimos, mas e para não ter riqueza? Agur então demonstra um coração equilibrado, não avarento, não arraigado neste mundo e nem um coração que gosta de ser vítima de misericórdia dos outros, por ser pobre. Ao contrário, ele orou para conseguir viver o hoje, conforme a Bíblia nos ensina, ao dizer “dá-me o pão que me for necessário”. Quem de nós ora desta maneira? A preocupação de Agur era não ficar soberbo com a riqueza, esquecendo-se de Deus e nem ficar tentado a furtar e profanar o nome de Deus caso os bens materiais necessários lhes faltasse. Não que os ricos são necessariamente soberbos e os pobres furtam ou profanam. Vemos ricos que furtam e pobres que são soberbos e vice-versa. O problema aqui é do coração do ser humano que é inclinado a agir conforme as circunstâncias exteriores. Agur estava orando algo pessoal, esta seria uma dificuldade particular dele e pode ser a nossa também. Isto demonstra ainda que por ele reconhecer que a Palavra de Deus é pura, também reconhecia seu falho e pecaminoso coração, ao precaver-se da soberba pelo excesso de bens e do roubo e profanação pela falta deles. Agur sabia muito bem do que seu coração pecaminoso era capaz e só sabia disto porque sabia primeiro que a Palavra de Deus é pura. Conhecer a pureza da Palavra é conhecer nossa impureza também. Matthew Henry comentando este assunto, diz que Agur "teme apenas um pecado, porque este pecado o levaria a outro pecado, pois o caminho do pecado é descendente. Ele teme fazer alguma coisa que O ofenda, por causa do relacionamento que tem com Ele."
Aprendemos então, que primeiramente devemos reconhecer a pureza de toda a Palavra de Deus, não há imperfeições, falhas ou omissões nela. Além de completa, ela é pura! Uma vez convencidos disto, iremos pedir algo dentro da vontade Deus. Nossa oração começará manifestando a vontade para que Deus restaure nosso interior e, depois, como conseqüência, nosso exterior. E, por fim, sabendo da pureza do Senhor, saberemos também da impureza do nosso coração que pode ficar soberbo ou profanar dependendo das condições e circunstâncias.  Isto tudo nos levará a fugir de pecar contra o Senhor seja por causa das riquezas ou da pobreza. O verdadeiro relacionamento com o Senhor Jesus nos fará lutar contra o pecado em toda e qualquer situação e circunstância. Comecemos reconhecendo a pureza de Deus e nos coloquemos debaixo da autoridade das Escrituras  para que tenhamos uma vida que agrada e honre a Deus em toda e qualquer situação.


Alexandre Pereira Bornelli

Um comentário:

sou um milagre do pai disse...

ah meu irmão como agradecer por tantas palavras de acalento?Essa oração é a que precisamos fazer mas ñ a que sinceramente fazemos.Que Deus o abençoe muuuiiito forte abraço!!!Hoje minha alma chora mas amanhã ela sorrirá fica na paz!!!