PENSAI NAS COISAS DO ALTO

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Resolva firmemente

Precisamos considerar algo impressionante no capítulo primeiro de Daniel. A chegada dele e dos seus 3 companheiros em Babilônia, cativos, nos traz uma preciosa e desafiadora lição pra nossa vida hoje: será possível mantermos fidelidade a Deus em um lugar hostil e de clara oposição à nossa fé?
Ao lermos o capítulo 1, vemos que Daniel e seus 3 companheiros passaram por rigoroso controle para servirem ao Rei Nabucodonosor (v.4). Posteriormente, lemos que o Rei determinou que eles fossem alimentados com as finas iguarias que ele mesmo (rei) se alimentava. Era pra Daniel ficar eufórico com esta notícia. Não por estar cativo, obviamente, mas por ter o direito de comer a “melhor comida”. Todavia, sua reação foi diferente. Ele pediu ao chefe dos eunucos para poder se alimentar de outras coisas. Estranho não é mesmo? Isto, porque Daniel tinha discernimento do lugar onde estava. Ele sabia que a terra ali era idólatra e politeísta. Sabia também, apesar da pouca idade (aproximadamente 14 anos), que o Rei era uma pessoa idólatra e não temente a Deus. Daniel estava se posicionando com relação a sua fé. Ele não queria se contaminar com as comidas de uma terra idólatra, queira deixar clara a separação de caráter e integridade entre ele e o rei. Vemos isto no verso 8, quando lemos que “resolveu firmemente Daniel não contaminar-se com as finas iguarias do rei...”. Deus lhe foi misericordioso e lhe concedeu esta graça. Então ele passou a se alimentar de legumes e milagrosamente, desenvolveu-se melhor do que os que se alimentaram da do rei.
Alguns princípios vitais nos são ali ensinados. Primeiro, que fidelidade e compromisso com Deus não depende da idade. Daniel tinha uns 14 anos quando chegou a Babilônia e mesmo assim, não se intimidou ou acovardou-se diante da pressão do rei o dos demais do palácio. Ele temia ao Senhor e não aos homens. Segundo, que precisamos ter discernimento quanto ao lugar e momento que estamos vivendo. Nosso mundo é um mundo idólatra e cheio de deuses como o de Daniel. Não podemos nos alimentar das coisas do mundo, tais como, novelas, pornografia, certas musicas, filmes, lugares, amizades etc. Ainda que todos estejam festejando este banquete oferecido diariamente, nós não devemos participar dele. Só tem esta atitude quem tem discernimento espiritual. Terceiro, precisamos resolver firmemente não nos contaminar com o mundo. Não podemos resolver isto uns pelos outros. É algo individual. É certo que Deus é quem nos capacita a isto, mas ele não nos forçará a tanto. Precisamos orar e resolver que quanto no que depender de nós, que não iremos nos alimentar das coisas do mundo. Quarto, precisamos aprender a dizer não às coisas aparentemente sutis, pois elas nos fortalecerão nas demais. Parecia algo sem importância o fato de Daniel comer a mesma comida do rei. Quem de nós iria recusar este banquete? Entretanto, Daniel tinha uma firme postura e discernimento. Este primeiro “não” dito por Daniel ao banquete a ele oferecido foi o pontapé inicial e determinante para muitos outros “nãos” que ele disse em toda a sua vida. Se Daniel tivesse iniciado se cativeiro se contaminando e fraquejando, muito provavelmente, ele teria maiores dificuldades em dizer não quando foi forçado a parar de orar (cap. 6) por exemplo.
Daniel é um exemplo de que espiritualidade, integridade e fidelidade não dependem de circunstâncias externa favoráveis. O ambiente em que ele vivia era totalmente hostil, contrário à sua fé, muito mais do que o ambiente em que vivemos. Mesmo assim Deus lhe capacitou a permanecer fiel, não se dobrando diante de ameaças e tentações. Precisamos aprender a dizer não sem medo de sermos ignorados, ridicularizados e reprovados. O “segredo” deste jovem a se comportar tão fiel assim a Deus foi que ele tinha discernimento espiritual porque mantinha uma vida de oração e leitura da lei de Deus. Resolvamos também hoje, pela graça de Deus, não nos contaminar com as finas comidas deste mundo, para isso peçamos sabedoria e discernimento do Alto.
Alexandre Pereira Bornelli

Um comentário:

Anônimo disse...

Que Deus nos de graça para termos atitudes assim como Daniel teve.