Quem é você? Não adianta dizer seu nome, sua origem
familiar, no que crê, onde trabalha, etc. Isso não te representa mais. Vivemos
numa triste época em que somos como carnes de açougue: valorizados pela exposição
de partes do nosso corpo! A vulgaridade virou epidemia. Não somos mais
considerados ou valorizados por sermos íntegros, pelo caráter.
Atualmente,
somos “aquele de barriga sarada, de braços
fortes, zero de gordura, peitoral dividido, costas largas”, ou, “aquela de
pernas grossas, cintura fina, sem celulites, com silicone, cabelos pintados,
barriga negativa, etc.” Hoje em dia, ao perdemos esses “atributos” que tanto se
idolatra, perdemos nossa importância e significado. A que ponto chegamos: estamos
fragmentados!
Escute as músicas da nossa geração, que tragédia! É uma lista de
idolatrias pelas partes íntimas ou mesmo músculos, magreza, barriga, etc. São
letras que induzem a pornografia, orgia, desrespeito, promiscuidade, violência
e muitos outros males. Pelas músicas, propagandas, outdoors a impressão que se
tem é que somos vistos como os cachorros e lobos enxergam um frango quando
estão com fome nos desenhos animados, pois não ao olharem um frango vivo, só
enxergam uma deliciosa coxa assada ambulante! Viramos objetos.
Não nos
preocupamos mais em sermos pessoas íntegras e sim, em termos partes do corpo
que causem inveja, ainda que o resto esteja uma porcaria. Até quando vamos
aceitar essa mutilação e esse esquartejamento? É inegável que temos um corpo e
que devemos cuidar com moderação dele, mas não nos resumimos a ele.
Fomos
criados por Deus como seres que tem interior e exterior. Deus nos fez assim,
não para que idolatremos um e abandonemos outro. Devemos cuidar de ambos sem
usar nenhum deles para fins pecaminosos ou sensuais.
Aliás, a Bíblia diz em I
Timóteo 4:8 que “o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade em
tudo é proveitosa porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de vir”
O exercício tem seu valor, mas comparado com a piedade, ele perde seu glamour.
Quem é você?
Alexandre Pereira Bornelli