PENSAI NAS COISAS DO ALTO

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

QUANDO ALGUÉM DORME NO CULTO, A CULPA É DE QUEM?



Os crentes hoje em dia não suportam sermão com mais de que 40 minutos de duração, muito embora consigam tranquilamente assistir a vários filmes seguidos ou virar a noite se divertindo. O que o Pastor deve fazer: pregar menos para agradar a maioria ou pregar sem tanta preocupação com o relógio, desde que sem grandes exageros obviamente? 
Contam que certa vez um homem dormiu durante a pregação e o pastor incomodado com isso, parou o sermão e disse à esposa do dorminhoco: "Senhora, acorde seu marido, por favor". Ao que ela lhe respondeu prontamente: "Pastor, foi o senhor quem o fez dormir, portanto é o senhor quem deve acordá-lo!" Caso esta cena já tenha acontecido enquanto pregamos, então, que a historia de Paulo em Atos 10: 7 a 12 nos sirva de consolo. Lemos que certa vez, um jovem dormiu tão profundamente durante o discurso de Paulo, que caiu do terceiro andar, sendo considerado como morto! Era uma reunião de partir o pão e Paulo se prolongou no discurso. Porém, Paulo desceu juntamente com outras pessoas para ver o rapaz, o abraçou e disse: "Não vos perturbeis que a vida nele está".  Paulo não parou de pregar por causa disto. É o que nos diz o verso 11: "subindo de novo, partiu o pão e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao romper da alva." O verso 12 esclarece que "então conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente confortados".
Aprendemos algumas lições: 1) o pregador não deve medir o tempo ideal de pregação pelo sono de um ouvinte, porque sempre tem aquele que senta e dorme na reunião e que só desperta no amém final. Para este, a reunião não deveria durar nem 10 minutos, incluindo toda liturgia; 2) Porém, o pregador não pode exagerar, ser repetitivo, prolixo e, pior ainda, contador de causos ao invés de expositivo. O sono de alguém pode ser por desinteresse pessoal ou por ajuda pastoral; 3) Tenhamos a sensibilidade de perceber quando a mensagem já foi transmitida fielmente ao povo para encerrarmos o sermão antes que a igreja toda caia da cadeira! 4) Dormiríamos nos escutando? Conta-se que um pastor gravou seu próprio sermão e no dia seguinte foi ouvi-lo sentando numa cadeira; dentro de poucos minutos estava dormindo profundamente; 5) Se alguém já dormiu ouvindo Paulo, porque não dormiria nos ouvindo?!? 6) Se pudermos garantir a vida de alguém como Paulo, então que falemos por mais tempo. Caso contrário, paremos antes da tragédia acontecer  6) Paulo tinha algo importante para falar e não se intimidou com o sono de uma pessoa, até porque o restante ficou acordado até o amanhecer para ouvi-lo; 7) Não estamos sugerindo sermões excessivamente longos, apenas, não deixemos de anunciar toda a mensagem de Deus para aquele momento por desinteresse de um ou de outro; 8) Olhemos para toda a igreja, se apenas um estiver dormindo, não tentemos acordá-lo, continuemos o sermão. Porém, se a maioria estiver dormindo, inclusive nossa esposa ou filhos, paremos antes que a tragédia seja coletiva e até familiar!
Alexandre Pereira Bornelli

O QUE NOS ESPERA O DIA DE HOJE?



Esperar nem sempre é algo que nos interessa. Queremos as coisas para ontem! Queremos controlar os acontecimentos e ficamos ansiosos por que não conseguimos. Nossa ansiedade é fruto da nossa impaciência e incredulidade. Muitas vezes já acordamos ansiosos por duvidarmos que Deus esteja no controle da nossa vida e do universo. Talvez hoje seja um daqueles dias em que acordamos tensos, ansiosos, desconfiados, esperando por algum resultado de exame laboratorial, ou resultado de entrevista de emprego, ou outra coisa qualquer que nos deixa temerosos. O fato é que nossa ansiedade não traz benefício algum, apenas prejuízos. O que fazer?

Davi, no salmo 40, nos exorta a respeito da importância de esperar e confiar. Ele diz: "Esperei confiantemente pelo Senhor; e ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro..." Ele não apenas esperou por esperar. Não apenas esperou em Deus por medo. Não esperou com “um pé atrás”, desconfiando do caráter do Senhor. Ele esperou por que sabe que não tem outro além do Senhor digno de total confiança! Davi sabe o caráter amoroso, bondoso, santo, justo e misericordioso de Deus por isso espera confiando nEle. Quando esperamos em Deus desconfiando de que Ele nos fará o melhor, estamos evidenciando incredulidade e isto é pecado. Evidentemente que o fato de esperarmos confiantemente não quer dizer que Deus fará, necessariamente, o que desejamos. Esperar com confiança não é uma técnica para manipular a Deus. Antes, é uma atitude de fé, na certeza de que temos um Deus que nos ouve e nos faz bem.

Portanto, esperar confiantemente implica em crer que Deus pode fazer todas as coisas e sempre fará aquilo que for o melhor para a nossa vida. Ele nos fará o melhor, porque Deus é bom e Sua misericórdia dura para sempre!

Alexandre Pereira Bornelli

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

TRÊS ATITUDES INSEPARÁVEIS DE UM VERDADEIRO CRISTÃO.



Ajudar alguém é uma atitude que evidencia uma verdadeira espiritualidade? Sim e não. O que deve vir antes de uma boa ação? O que realmente tem valor para Deus?

Em Atos 10: 1 a 4, lemos a história do Centurião Cornélio que morava em Cesaréia. O versículo 2 é o principal para entendermos o contexto. Diz que ele era homem "piedoso, temente a Deus com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a Deus". Ajudar os outros é algo realmente difícil, mas ainda encontramos pessoas que fazem isto mesmo sem serem cristãs. Existem ONGs e também anônimos individuais que se empenham nesta importante tarefa social. Entretanto, os outros requisitos são determinantes e o que dão real significado espiritual nesta atitude. Cornélio era homem piedoso, temente a Deus com toda a sua casa e também orava continuamente ao Senhor. Estas características autenticam o verdadeiro cristão. 

Ajudar alguém isoladamente destas outras atitudes, por mais útil que seja à sociedade, não caracteriza um verdadeiro cristão. Alguém pode dar esmolas, dar seus bens, viver para ajudar o outro e mesmo assim, não amar a Deus. O que faz o "dar esmolas" de Cornélio algo de valor para Deus é o fato de ser homem piedoso, temente a Deus com toda a sua casa e homem de oração. Olhemos com atenção o que o anjo disse a Cornélio no versículo 4: “As tuas orações e as tuas esmolas subiram para a memória diante de Deus”. Ou seja, subiram porque Deus se agradou dele por piedoso e temente a Ele. Deus vê o nosso coração e sonda nossas motivações. 

Por outro lado, ninguém pode pensar que sua espiritualidade é verdadeira apenas por dizer-se temente a Deus e por orar regularmente, pois se de fato estas coisas são verdadeiras, elas farão com que a ajuda ao próximo seja também uma realidade. Portanto, não separemos piedade, temor, ajuda e oração, pois isto é mutilar algo que não tem vida separadamente, apenas quando estão interligado um no outro.
Alexandre Pereira Bornelli

VOCÊ JÁ OROU COMO ESTEVÃO?

Em que situações mais oramos? Já tivemos ao menos uma única experiência de orar por alguém que não gostamos? Ou, por alguém que já nos fez mal algum dia? E, mais, por alguém que ainda está nos fazendo mal? Seja jogando bola, no trânsito ou entre família, já oramos por aqueles que estão nos ferindo?
Um coração piedoso, que entendeu a graça de Deus, que foi tomado pelo perdão divino, que tem a realidade de sua indignidade diante do Senhor e do tamanho da seu pecado perdoado na Cruz de Cristo, não faz outra coisa senão perdoar os ofensores, mesmo que seja uma ofensa antiga, nova ou momentânea. Conhecemos a experiência de Estevão, mas vale a pena relembrá-la, lendo Atos 7: 59: "Enquanto apedrejavam Estevão, este orava: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. Então caiu de joelhos e bradou: Senhor, não os consideres culpados por deste pecado. E, tendo dito isso, adormeceu." 
Como serão nossas últimas palavras? Murmurações? Ressentimentos? As de Estevão foram oração por aqueles que estavam o apedrejando! Ele não orou para Deus o livrar ou castigar os apedrejadores. Ao contrário, a cada pedrada ele orava em favor dos agressores para que Deus não os culpasse por aquilo. Acreditemos: Estevão era pecador de carne e osso como qualquer um de nós! No entanto, sua oração foi semelhante a de Jesus na cruz, quando orou em Lucas 23:34: "Pai, perdoa-lhes por que não sabem o que fazem".
Diante disto, resta-nos orar: "Senhor, perdoa-nos por que não sabemos amar e orar como Estevão, mas ajuda-nos como o Senhor o ajudou".

Alexandre Pereira Bornelli

QUANDO FALAR E QUANDO FICAR CALADO?



Oscilamos entre a tagarelice e o silêncio, mesmo a Bíblia nos orientando claramente sobre tais assuntos.

Em Mateus 6: 2 a 8, Jesus ensina sobre como devemos dar esmolas e a orar. Em apertada síntese, aprendemos que nem a mão direita deve saber o que faz a esquerda ao ajudarmos alguém e, na oração, não devemos buscar propositadamente lugares públicos e movimentados para sermos vistos pelos homens. A regra é fazer estas coisas no anonimato.  Em contrapartida, no mesmo evangelho, capítulo 28: 18 a 20, Jesus deu a grande comissão para proclamarmos o evangelho a toda criatura. A regra aqui é: seja um arauto de Cristo! Saia do anonimato, não seja um crente 007. Fale do evangelho! 

No entanto, muitas vezes, vemos o contrário disto acontecendo em nossas vidas: anunciamos nossas obras, o que fizemos, a quem ajudamos, o tanto que oramos, e, nos calamos completamente diante do nosso dever de anunciar a pessoa de Jesus como Senhor e Salvador para as pessoas. Precisamos, portanto, saber o momento de calarmos e de falarmos, para que não atropelemos está ordem divina falando de nós mesmos aos outros e sendo crentes mudos a respeito do evangelho e da salvação em Cristo.

Alexandre Bornelli

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O PECADO NÃO É SUICIDA!



“Porque se viverdes segundo a carne, caminhais pra a morte, mas se pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente      vivereis”  Romanos 8:13

Lutamos contra inimigos que não morrem facilmente e que muito menos morrerão sozinhos, mesmo se deixados quietos por muito tempo. Eles não são suicidas.  Ressentimentos, amarguras, ódio e a concupiscência, dentre outros males, são parasitas corrosivos desta espécie. O tempo não os elimina. A simples vontade não é capaz de vencê-los. Precisamos mortificá-los todos os dias com a Palavra de Deus se não quisermos enfrentá-los com maior dificuldade amanhã. Feridas antigas não tratadas também são mortais para a alma. Quando não mortificamos pela Palavra de Deus eles fazem moradas fixas, criam raízes profundas e lutam como se o espaço que ocupam em nosso coração, fosse deles por direito. Nossa luta será muito maior, a resistência deles será mais firme e as consequências serão mais trágicas. Portanto, não adianta fingirmos que eles foram embora, que morreram ou que estão fracos só pelo fato de estarem quietos por um breve tempo. Na verdade, eles estão se alimentando e conquistando espaço em nosso coração para atacarem feroz e inesperadamente. Cumpre-nos mortificá-los, aplicando sobre eles a cruz de Cristo, alimentando-nos com Palavra de Deus e muita oração.

Alexandre Pereira Bornelli