PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Buscar primeiro ou buscar somente o Reino de Deus?



            “Buscai primeiro o Reino de Deus e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”.   Mateus 6:33

Qual o lugar que a Palavra de Deus ocupa em sua vida? Talvez, sua resposta seja rápida, afirmando que ela ocupa o primeiro lugar. Porém, ocupar o primeiro lugar ou ocupar tudo é a mesma coisa?

Quando lemos para buscarmos primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, isso não quer dizer que há uma hierarquia, onde devemos buscar muitas coisas desde que o reino de Deus esteja em primeiro lugar. No ensino de William Hendriksen: “Buscar aqui é ter uma vida ocupada nisso, um esforço contínuo e perseverante em alcançar algo”.

O texto parece nos ensinar que devemos buscar o Reino de Deus e sua justiça com todo o nosso ser, acima de todas as coisas, de forma integral, de maneira que não haja concorrentes nesta busca. Não se trata de uma competição, onde nossa busca por Deus está ganhando, mas a qualquer momento a classificação pode se alterar. Um coração dividido não agrada ao Senhor.

A ideia do texto bíblico é que ao buscarmos a Deus com todo do nosso ser, desfrutaremos de seu cuidado com as demais coisas que os versículos anteriores detalharam: o corpo, o vestuário, comida, etc. Quando buscamos o principal, as demais coisas virão conforme a vontade de Deus. Essa busca não nos faz negligentes, antes nos faz ativos em nossos deveres. Mas o alvo da nossa vida, todos os nossos esforços se concentrarão em buscar e agradar ao Senhor.

Jonathan Edwards chamou essa busca por Deus, de “a atividade principal da vida cristã.” E todo o nosso vigor espiritual depende desta busca total, como disse George Muller: O vigor de nossa vida  espiritual  está na proporção exata do lugar que a Bíblia ocupa em nossa vida e em nossos pensamento”. Buscar primeiro é buscar totalmente.

Alexandre Pereira Bornelli

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

VEJAM COMO É GRAMDE O AMOR DE DEUS!



      
Somos alvos do amor de Deus! Isto, por si só, deveria nos encher de alegria duradoura e inabalável. Aqueles que amam a Cristo é porque foram alvos do Seu amor primeiro (I João 4:19).

Na primeira carta de João, capítulo 3, verso 1, lemos com entusiasmo a verdade imutável: “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fatos somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu”.

Infelizmente, para muitas pessoas essa verdade  não mais as enche de alegria e consolo nesta vida. Em João 1:12 lemos a mesma verdade: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus, a saber, os que creem em Seu nome”.

Não merecíamos o amor de Deus. Ninguém o merecia. Mas Deus derramou seu amor em nossos corações, através de Seu Filho Jesus Cristo, morrendo em nosso lugar, pagando nossa dívida, mesmo quando éramos pecadores perdidos (Rm 5:8). E agora, João nos chama a atenção para tão grande amor, não porque nos deu coisas, não porque nos livrou de problemas, mas porque nos fez filhos de Deus! E, isto nos basta!

Você foi alcançado por este amor de Deus? Existe esta felicidade em sua vida por ter sido feito filho de Deus? Isto enche seu coração de esperança? Se você hoje ama a Jesus Cristo, o Deus encarnado, então você também pode soltar a voz com alegria e dizer: “Vejam como é grande o amor de Deus, hoje sou  filho (a) de Deus!”.

Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ACEITE JESUS E GANHE...

"...CRISTO É TUDO EM TODOS"   Colossenses 3:11

                 
É comum vermos cartazes escritos assim: “na compra de tal produto, ganhe um brinde”. A estratégia do mercado funciona assim, mesmo que na maioria das vezes o brinde seja algo nada atraente.

Todavia, o problema surge quando pastores e pregadores fazem o mesmo, querendo comercializar o evangelho da mesma forma que se comercializa um produto. Querem atrair as pessoas ao evangelho, oferecendo brindes espirituais. Nada mais ridículo!

O jovem rico (Lucas 18:18) não ouviu nada disso. Ao contrário, ele teria que abrir mão de muita coisa para seguir a Jesus. Hoje em dia, oferece-se até com insistência para as pessoas aceitarem a Jesus a fim de terem uma saúde melhor, mais dinheiro, para a empresa prosperar,  etc. Isso é o mesmo que anular a Cruz e em seu lugar fincar uma placa escrita: “aceite Jesus que você ganhar algo bom pra você”. 

Dois erros graves aqui. O primeiro é que ninguém aceita a Jesus. Um morto não é capaz de aceitar nada. E nós, todos nós, estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Efésios 2). Por isso, em I João 4:19 lemos que “nós o amamos porque Ele nos amou primeiro”. Paulo em Efésios 1:4 diz claramente que “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo...”. Não escolhemos, antes, fomos escolhidos! Tudo começou com Cristo. O segundo erro é que Deus não tem mais nada para nos dar além de Jesus.  Nossa  insatisfação por termos “somente” a Cristo evidencia que ainda, de fato, não O temos. Não há brindes espirituais ou outros benefícios à parte de Jesus.  Tendo a Ele, temos tudo o que precisamos.

A. W. Tozer entendendo isso, nos ensina: “O homem cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa - Deus - de maneira pura, legítima e eterna.”

Portanto, quando formos salvos desses dois erros tão comuns em nosso meio visualizaremos o verdadeiro evangelho  e então passaremos a entender e desfrutar de um amor incondicional de Deus, fruto de uma ação monergística a nosso favor e com isso, experimentaremos uma satisfação plena por termos sido aceitos em Cristo. A partir de então, nada mais esperaremos ganhar, pois já temos tudo em nós, a pessoa maravilhosa de Cristo.
Alexandre Pereira Bornelli

SE VOCÊ AMA, VOCÊ TAMBÉM ODEIA.



“Por isso, considero justos os teus preceitos e odeio todo caminho de falsidade”Salmo 119:128

Amor e ódio parecem fazer parte da nossa história. Embora pareçam sentimentos que nunca caminhem juntos, amor e ódio são dois lados da mesma moeda. Quem ama também odeia. Deus ama e Deus odeia. Ele ama a verdade e odeia a mentira, ama a pureza e odeia o pecado.

Na vida cristã esses dois sentimentos sempre devem estar presentes. Quando afirmamos que amamos a Cristo, dizemos implicitamente que odiamos o pecado. João Calvino afirma em seu comentário de Salmos, vol. 4., pag. 274: “E, indubitavelmente, ninguém subscreve resolutamente a lei de Deus, senão aquele que rejeita todas as injúrias pelas quais os perversos mancham ou obscurecem a pureza da sã doutrina”.

Paul Washer nos desafia a pensar: “A verdade é: Deus é amor, portanto, ELE DEVE ODIAR! Deus deve odiar? Vamos dar alguns exemplos: Você ama bebês? Se você ama bebês então deve odiar o aborto! Você ama Judeus? Se você ama Judeus então você deve odiar o Holocausto! Você ama a Liberdade? Se você ama a Liberdade você deve odiar a escravidão!”

Ninguém pode dizer que ama a Deus sem odiar o que Deus odeia, sem lutar contra o pecado, a falsidade, impureza, malícia, pornografia, etc. Desejar amar luz e as trevas, Deus e o mundo, pureza e impureza, verdade e mentira não é o que a Bíblia ensina.

Portanto, ao declararmos nosso amor por Deus, declaramos nosso ódio ao pecado. Quando afirmamos que temos prazer na Palavra do Senhor, é porque cada a dia temos menos prazer no caminho do pecado. Tentar amar o que Deus odeia é um grave sintoma de alguém que não foi ainda alcançado pela Verdade do verdadeiro Evangelho que diz no Salmo 119:128: “Por isso considero justos os teus preceitos e odeio todo caminho de falsidade”.

Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 22 de outubro de 2013

VERDADEIRO OU FALSO?



                              
“Aborreço a duplicidade, porém amo a Tua lei” – Salmo 119:113

Estamos cercados por coisas falsas. Ao comprarmos roupas, eletrônicos, remédios, ao recebermos dinheiro precisamos conferir se são de fato verdadeiros muitas vezes. Cultivar uma vida autêntica num mundo assim tem sido cada vez um enorme desafio. E o seu cristianismo como é: verdadeiro ou falso?

No texto acima de Salmos, percebemos que o salmista odeia um pecado que ele mesmo estava sujeito a cometer: ser uma pessoa fingida, dupla, falsa, com uma vida de aparência para com Deus.

Duplicidade é uma criatividade pecaminosa mundana, uma maneira em querer adulterar as leis naturais de Deus. Aqui também, é o mesmo que ficar pensando em duas coisas ao mesmo tempo. Em I Reis 18:21, Elias exorta o povo a parar de coxear entre dois pensamentos, ou seguem a Deus ou a Baal. Elias não estava dizendo que tanto faz um como o outro, que os dois são igualmente bons. De forma alguma. Antes, estava dizendo que não se pode ficar dividido.

Este alerta é para todos nós, sujeitos ao mesmo pecado de viver divididos entre Deus e o mundo (Tiago 4:4).  Para aqueles que ficam avaliando os pros e contras de seguir a Cristo.

Finalizando, leiamos o grito de alerta dado por  Thomas Watson: "Segue a sinceridade. Seja o que pareces ser. Não sejas como os remadores, que olham para um lado e remam para o outro. Não olhes para céu com a tua profissão de fé, para, então, remar em direção ao inferno, com tuas práticas. Não finja ter o amor de Deus, ao mesmo tempo em que amas o pecado. A piedade fingida é uma dupla iniqüidade".

Odiamos, como o salmista, a duplicidade? Como fugir de uma vida falsa e dupla? Amando cada dia mais a Palavra de Deus como nos ensina o fim do versículo 113.  A partir do nosso amor a Palavra de Deus que é a Verdade (João 17:17) iremos buscar a autenticidade e seremos fortalecidos contra vivermos uma vida dupla.
Alexandre Pereira Bornelli