PENSAI NAS COISAS DO ALTO

segunda-feira, 23 de julho de 2012

AMANHÃ DE MANHÃ


Para os românticos, a antiga música de Roberto Carlos que diz: “amanhã de manhã, vou pedir um café pra nós dois...” soa como um convite esperançoso, promissor e afetuoso. Amanhã de manhã, segundo a música, haverá um grande momento romântico de um casal e, por isso, vale a pena esperar por ele.
Entretanto, quantos cristãos vivem com essa expectativa na vida cristã também. “Amanhã de manhã vou retomar minha devocional”. “Amanhã de manhã vou começar a novamente obedecer a Palavra de Deus”. “Amanhã de manhã, vou arrepender-me dos maus caminhos que tenho andado”. “Amanhã de manhã, vou perdoar esta e aquela pessoa”. Todavia, se por um lado na vida romântica o “amanhã de manhã” pode ser uma bela promessa que vale a pena esperar por ela; por outro lado, na vida cristã isso é uma tremenda e fatal armadilha contra o cristão. Na vida cristã não deve existir o “amanhã de manhã”, até porque nem sabemos se existirá o amanhã. Deus requer o hoje de nós, principalmente, no que se referente a obediência e santidade prática exigida do cristão (Hb 14:12).  
O momento de Deus é o hoje e não, o amanhã. Deus requer que retomemos nossa obediência total á Sua Palavra, hoje. Deus requer que reiniciemos a busca incessante pela santidade, hoje. Deus requer que perdoemos nosso cônjuge, filhos, amigos e inimigos, hoje, agora. Deus requer que retomemos nosso compromisso com a igreja local em que somos membros, hoje. Deus requer que deixemos os maus caminhos, os maus pensamentos, os maus procedimentos, hoje. Assim diz o autor de Hebreus no capítulo 3, verso 15: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação”. Hoje, e não, amanhã!
Infelizmente é grande o numero de cristãos que estão prometendo a si mesmos e a Deus arrependimento, perdão ao próximo, santidade para amanha de manhã! O dia de Deus se chama hoje, em contraste evidente com o dia do diabo que se chama amanhã. Com certeza temos ouvido a voz de Deus, pela Sua Palavra trabalhada em nosso coração pelo Espírito Santo. Entretanto, temos muitas vezes, endurecido nosso coração pelo orgulho e pela procrastinação. Empurramos para amanhã o que devemos fazer hoje, agora, neste exato momento! Não é a toa que inúmeros cristãos permanecem vivendo uma vida cristã medíocre, infeliz, tensa, dando péssimo testemunho como maridos e esposas, pais e filhos, patrão e empregado e irmãos em Cristo.
Sabemos bem qual é a vontade de Deus. Sabemos bem qual foi o nosso chamado, o de sermos santos. Sabemos bem que devemos nos arrepender, perdoar sem improperar. Sabemos bem qual caminho seguir a fim de alcançarmos a vida frutífera e feliz em Cristo Jesus. A responsabilidade pela nossa vida, pelo modo como que estamos vivendo como pessoas, famílias e como igreja, a partir deste nosso conhecimento, é todo nosso. Nosso, e não do nosso cônjuge, do nosso filho e de qualquer outra pessoa. Iremos responder diante de Deus, pelo tempo que temos perdido na vida cristã, por estarmos vivendo cheios de amarguras, pecados não confessados, prometendo arrependimento amanhã de manhã.
O modo que estamos vivendo o nosso dia-a-dia e pelo tempo que perdemos, deixando de obedecer a Deus, de nos arrepender dos maus caminhos, de perdoar a quem quer que seja é responsabilidade de cada um de nós. E esta responsabilidade pessoal é intransferível e inegociável. Não podemos viver para o  “amanhã de manhã”. O que temos de fazer, façamos hoje, façamos agora.
ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI
                       

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A CARA DO PAI.

Geneticamente, carregamos as características de nossos pais. É fácil as pessoas perceberem  e identificarem em nós, algo que também encontram em nossos pais. Mesmo não perdendo nossa individualidade, o fato é que nosso jeito de falar, andar, olhar, argumentar, brincar, os dons naturais  que temos e nossos traços físicos denunciam aspectos inerentes dos nossos pais, quer gostemos ou não disso.
A questão mais profunda que devemos refletir é o quanto estamos, como cristãos, expressando as características do nosso Pai. Isso tem me incomodado. Hoje foi um dia daqueles que essa preocupação veio mais forte em minha mente. Então, me perguntei: o quanto estou refletindo aspectos de Deus em minha vida? Até que ponto as pessoas conseguem identificar quem é meu Pai, olhando para minha vida? Minhas obras, meu temperamento, meu jeito de encarar a vida, de ser como pai e marido, patrão ou empregado, nas horas de lazer, quando sou desprezado, contrariado, mesmo exaltado, enfim em toda a minha vida demonstro ser um filho de Deus? Minhas ações e reações são parecidas com as que Deus, em Jesus Cristo, teve enquanto nesta terra e que ainda as têm como nosso Pai celestial? Cada um de nós precisa refletir sobre isso. O fruto do Espírito registrado em Gálatas 5:22 e 23 "amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio" está presente e visível em nossa vida diária? Ou, estamos fazendo força para que eles apareçam? Devemos lembrar que tal fruto é do Espírito e não, nosso. Portanto, para que tal fruto apareça precisamos nos encher do Espírito e não, obviamente, de nós mesmos. E, nos enchemos do Espírito tendo uma vida de comunhão com Deus, de andar na luz, praticar a Palavra e a Verdade, confissão de pecados e oração. Ou, por outro lado, o que tem nascido e crescido em nossos relacionamentos, seja ele, em nossa casa, na igreja, no trabalho, com os amigos, nas férias (longe de tudo e todos), são as obras da carne descrita em Gálatas 5:19 a 21 "imoralidade sexual, impureza e libertinagem, idolatria e feitiçaria, ódio, discórdia , ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes"? O fato é que quando não nos enchemos diariamente do Espírito Santo de Deus, estaremos cheios de nós mesmos, e o que há de se manifestar neste último caso, são as obras da carne, como Romanos 8:8 diz: “Os que estão na carne não podem agradar a Deus”.
A questão urgente que devemos considerar é o quanto estamos refletindo as obras da carne ou o fruto do Espírito em nossa vida diária? Não podemos considerar apenas nosso comportamento durante encontros da igreja, reuniões ou em momentos semelhantes, pois podemos estar sendo enganados por nossa própria hipocrisia. O que conta realmente e mede nossa piedade é avaliarmos como somos em nosso casamento, relacionamento marido e mulher, pais e filhos; no trabalho, patrão e empregado; nos negócios, honestidade como testemunho para a Glória de Deus; no trânsito, quando nos roubam uma vaga de estacionamento, ou quando alguém buzina nos ofendendo; no esporte, quando perdemos ou quando alguém age de forma errada; na universidade, quando todos estão fazendo coisas pecaminosas; no namoro, se buscamos ou não a santidade; no uso da internet; na vestimenta, se estamos preocupados em agradar e honrar a Deus ou sermos sensuais; nas amizades e em tudo mais. São nesses aspectos da nossa vida que realmente demonstramos se nosso cristianismo é real, se estamos realmente nos parecendo com nosso Pai celestial. Pois, se fomos realmente regenerados e estamos crescendo na santidade, mesmo imperfeitos e cometendo pecados, estaremos evidenciando cada dia mais uma semelhança com Jesus Cristo em tudo, mesmo no caso Ele sendo perfeito e nós imperfeitos, estaremos evidenciando frutos e comportamentos que demonstrem e comprovem que somos de fato filhos de Deus. Esforçar por evidenciar o fruto do Espírito não é o caminho apresentado pela Bíblia. Um agricultor não precisa se preocupar se o limoeiro vai dar limão ou maçã, mas sim, precisa cuidar, aguar e adubar a planta. Do mesmo modo, a Palavra de Deus nos ensina a buscarmos a santidade, a adubarmos nossa vida nos enchendo do Espírito Santo para que esse fruto apareça em nossa vida ao invés de tentarmos, por nossa conta, produzir tal fruto. Lembremos: esse fruto não é nosso, é do Espírito Santo de Deus. Portanto, nossa responsabilidade e a ordem de Deus para todos nós encontrada em Efésios 5:18: “...enchei-vos do Espírito! 
 ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

sábado, 7 de julho de 2012

DUAS ATITUDES DIANTE DO PECADO?

Lendo a Palavra de Deus neste sábado chuvoso, fui edificado por verdades que se fizeram mais reais para mim. Graças a Deus e ao seu Espírito Santo que nos dá sabedoria, entendimento e graça para compreendê-la e obedecê-la. É o que desejo compartilhar aqui nesta devocional.
Em I João 1:8 a 10, lemos: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não não está em nós. 9. Se confessarmos nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10. Se dissermos que não temos pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra nçao está em nós." Temos aqui duas maneiras de encarar nossos pecados e, obviamente, temos também as consequencias da nossa escolha. A primeira maneira, talvez não muito usada literalmente em nossos dias, está nos versos 8 e 10, que revela aquele que não reconhece que é pecador e, consequentemente, que não comete pecados. João combate aqui o ensino dos falsos mestres da sua época. Porém, hoje muito se tem omitido falar sobre o pecado e sua malignidade. Isto é uma forma sutil de desconsiderar o pecado, fazendo com que pessoas se digam cristãs sem a real visão da sua depravação diante de Deus. Omitir sobre o pecado é o mesmo que dizer que pode-se chegar a um estágio de perfeição neste mundo, bastando nosso esforço. Isso é uma heresia e tem enganado muitas pessoas em todo mundo. Outra questão tão importante quanto essa é que negando que não temos pecado (verso 10) estamos negando o diagnóstico de Deus sobre nossa condição, conforme textos da Palavra de Deus (Sl 14:1,2; 53:1 a 3; Gn 6:5; 8:21; Rm 3:23). Dai que João diz que se dissermos que não temos pecado, seja de que forma for dito isso, seja literalmente ou omissamente, a questão é que fazemos Deus de mentiroso porque Ele, em Sua Palavra, já afirmou que somos pecadores. A  consequência para todas as pessoas que assim crêem, é que a verdade e a Palavra de Deus não estão nelas. Por mais que nos apresentemos diante dos homens de forma aparentemente pieodosa e fervorosa, a verdade segundo a Bíblia é que somos falsos e não conhecemos de fato Jesus Cristo se negamos que somos pecadores.
Em evidente contraste, temos aqueles que praticam o verso 9, ou seja, que confessam seus pecados. Estes não são melhores do que os que negam. Apenas foram convencidos por Deus e não por suas próprias condições que são pecadores e que precisam confessar isso ao Senhor. Segundo o comentário de Augustus Nicodemus Lopes, sobre I João, pag. 40 "confessar na língua grega, significa literalmente dizer a mesma coisa, ou seja, concordar com que outra pessoa  está dizendo." E o próprio Nicodemus, a seguir, cita a definição de  W.E. Vine, que disse: "Confessar é alguém admitir que é culpado daquilo que é acusado , como resultado de uma convicção interna." Foi o que Davi fez no Salmo 32 e 51. A consequência aqui, bem diferente do caso anterior, é que Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Sobre a fidelidade de Deus leia neste mesmo blog o texto - Deus não é fiel a nós.
A pergunta urgente que devemos responder com sinceridade é: em qual grupo estamos, dos que negam seus próprios pecados seja uma negação literal ou por omissão, ou no grupo que sabe que é pecador e que confessa a Deus?  Nossas orações, a forma como nos relacionamos com Deus e com os irmãos, evidenciam esta verdade. As consequências de um e de outro são bem claras e distintas. Não basta porém falarmos que somos pecadores e pronto. Precisamos também confessar, ou seja, concordar com o diagnóstico de Deus quanto a nossa depravação para experimentarmos a libertação do poder escravizador do pecado mediante a confissão diária dos nossos pecados. Somente com um convicção intera do Espírito Santo é que poderemos crer que somos pecadores e confessar nosso pecados para experimentarmos a fidelidade de Deus em nos perdoar e purificar.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI

sexta-feira, 6 de julho de 2012

POR QUE SOU UM CRISTÃO TRISTE?


O numero de cristãos tristes e cansados com o evangelho, tem crescido assustadoramente. Não precisa pesquisa para comprovar tal fato, basta ver o descompromisso de muitos cristãos com os mandamentos de Deus.  Entre os jovens, muitos estão à beira de “chutar” tudo para o alto para “mergulhar” de cabeça no mundo afora. Estão insatisfeitos com Deus, ficam comparando a vida que têm, com a vida dos ímpios (Sl 73 nos fala disso). São incoerentes, tentando abraçar Deus e o mundo. Querem escapar do inferno, mas não do pecado de agora. Querem liberdade para pecar, para viver como pensam ser melhor, e ainda assim, estarem corretos em sua maneira insana de crer que Deus os entenderá por serem jovens. Desacostumados em respeitar autoridades terrenas, não suportam a ideia de viver em obediência à Palavra de Deus. O semblante e o comportamento deles demonstram o alto grau de insatisfação no coração. O grito do filho pródigo que pediu sua parte na herança para viver fora de casa, está entalado na garganta de muitos jovens insatisfeitos espiritualmente. Apesar de saberem o fim foi trágico que teve o filho pródigo, insistem em crer que com eles será diferente.  Será que a vida cristã é para ser assim mesmo, cheia de insatisfação? Fomos salvos por Cristo pra viver tristes? Todos os cristãos vivem mal? Até quando vou ter que viver assim? São algumas perguntas que atormentam a mente de muitos cristãos, especialmente, os jovens.
Primeiramente, antes de tentar responder a tais perguntas, devem responder a esta: “sou um filho de Deus realmente? Nasci de novo? Fui regenerado? Ou estou apenas acostumado a ir numa igreja e me fazer de crente?” Esta pergunta é crucial porque os que não nasceram de novo jamais poderão sentir-se alegres tentando viver o Evangelho. Não há como tentar viver o o Evangelho. Precisamos nascer de novo (João 3:3).  Aos que têm certeza da salvação e estão vivendo uma vida cristã triste, sem alegria, devem examinar-se diante de Deus a causa que, geralmente, está associada ao pecado não confessado; amor ao mundo, incredulidade, desobediência aos mandamentos de Deus, negligência quanto ao uso dos meios de Graça, etc. Uma coisa deve ficar clara em nossa mente: jamais o problema está do lado de Deus. Nós é que precisamos ser transformados cada dia mais para obedecermos a Deus e desfrutarmos de  um relacionamento íntimo com Ele.
Aqueles que foram verdadeiramente salvos estão estragados para o mundo.  O problema, muitas vezes, pode não ser uma repulsa direta ao Evangelho, mas sim, uma acomodação, uma tentativa de conciliar Deus e o mundo, que tem causado tanta insatisfação. Esse é o diagnóstico correto de J. C. Ryle, em seu livro - Fé Genuína, pag. 78:”  A maior causa de dano à causa de Cristo é o amor ao mundo. Milhares que pensam ser cristãos naufragam aqui. Não escolhem deliberadamente o mal, nem rejeitam qualquer doutrina bíblica. Eles amam o mundo e sentem que devem conviver amigavelmente com ele. É o seu amor para com o mundo que os leva ao amplo caminho da destruição.” Tiago 4:4 diz a mesma coisa, “..quem quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. A tristeza dos crentes verdadeiros está no fato de tentarem viver a velha vida novamente, esquecendo-se de que hoje são novas criaturas (II Cor 5:17) e que as coisas antigas se passaram.  Esse é o problema dos jovens que desejam curtir uma balada, bebidas, pornografia, sensualidade, mundanismo e sentir-se bem com tudo isso como os ímpios. É o problema dos adultos que desejam trabalhar, vestir-se, relacionar,  negociar e desfrutar dos prazeres deste mundo como os ímpios desfrutam. Os que são realmente filhos de Deus, sentirão muito mal ao tentarem viver assim , buscarão arrependimento e Deus os concederá. 
Devemos refletir: estamos insatisfeitos com nossa vida cristã? Perdemos a alegria em ler a Palavra de Deus, orar, reunir e ter comunhão com os irmãos? Em caso positivo, reconsideremos nossos caminhos, escolhas, amizades, preferências? Temos feito uso diário  dos meios de Graça (leitura da Palavra, oração e comunhão com os irmãos)? A tristeza não vem por acaso assim como a alegria também não. Elas são resultados de uma vida de obediência ou de desobediência à Palavra de Deus. A tristeza ou alegria cristã, portanto, são frutos que dependem diretamente de onde estamos fixando nossas raízes, neste mundo ou na Palavra de Deus? Temos que refletir e orar a Deus para endireitemos nossos caminhos e confessemos o que precisa ser confessado para experimentar novamente a alegria da salvação como Davi pediu e foi atendido (Sl 51:12). A ordem de Deus é clara em Filipenses 3:1: "...alegrai-vos no Senhor"! Comentando este texto, o grande teólogo J. I. Packer, em seu livro Religião Vida Mansa, pag. 121, ensina: "Alegrai-vos no Senhor significa regozijar-se em ser de Cristo, em ter o Pai de Cristo como seu Pai, em estar com a vida acertada com Deus o Pai e ser herdeiro de sua Glória pela mediação de Cristo, e em possuir a salvação e a vida eterna como dádiva  de Cristo. É para deixarmos a alegria fluir dessa fonte." Billy Sunday, sobre este mesmo assunto, afirma que "se não estamos tendo alegria na vida cristã, existe vazamento em algum lugar do nosso cristianismo". Ou seja, estamos buscando alegria em outro lugar, fora da única fonte verdadeira de alegria que é o Senhor Jesus. Portanto, como cristãos, como nascidos de novo, temos a fonte de alegria que é o Senhor Jesus á nossa disposição. Precisamos, porém, estar buscando nessa fonte, nos enchendo dEle mesmo, todos os dias, para que a alegria se manifeste em nossa vida, fruto de nosso relacionamento íntimo e pessoal com Jesus Cristo.

ALEXANDRE PEREIRA BORNELLI