PENSAI NAS COISAS DO ALTO

segunda-feira, 28 de março de 2011

O crescimento cristão é para baixo

Tudo na vida cristã é  oposto do mundo secular. O cristão verdadeiro não deve ser amigo do mundo (Tiago 4:4), não deve amar o mundo, nem as coisas que nele há (I João 2:15 a 17), não deve servir as riquezas (Mateus 6:24). É um grande desafio à nós. Mas é a vontade de Deus para os Seus filhos.
Como na vida cristã tudo é oposto ao mundo, o crescimento pessoal também o é. No mundo, quanto mais confiante em si mesmo, mais dono do próprio nariz, mais poder, autoridade, independência, sucesso e desenvolvimento a pessoa demonstra ter, maior ela é. Para o cristão, o contrário disto é que indica crescimento e amadurecimento. Quanto menos dono de si mesmo, quanto menos poder e autoridade diante dos fatos acredita ter, quanto mais dependência de Deus tem, maior esse cristão evidencia estar. Vejamos o que a Bíblia diz: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30. O crescimento cristão é ser cada dia menor em nossa vontade própria. É Cristo prevalecendo sobre nossa vontade, desejos e emoções. Em Gálatas 2:20, Paulo diz: "...logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim". Paulo não existia mais? Fisicamente sim, espiritualmente, estava quase em extinção. Já em sua maturidade, Paulo experimentava o que João ensinou - convém que Ele cresça e que eu diminua. A vontade de Deus prevalecia sobre a de Paulo. Isso é crescimento cristão. E, no final de sua jornada, Paulo ainda mais desenvolvido em Deus, afirmou que era o maior dos pecadores. Ou seja, quanto mais crescimento em Deus, mais prostrados, quebrantados e esvaziados de nós mesmos ficamos. A antiga postura arrogante, a vontade própria inflexível, o orgulho dominante já trabalhados pela Palavra de Deus, não mais prevalecem na vida daquele que está mais próximo da cruz. A luta ainda continua, mas a vontade pecaminosa não mais prevalece.
Finalizando, veja o quadro ao lado deste texto, cujo título é EVOLUÇÃO. Observe atentamente por alguns segundos ou até minutos com seus olhos e mente fixos nele. Depois, pergunte-se: qual desses homens sou eu hoje diante de Deus? O mais em pé é o primeiro da lista, mas o último em relação à cruz. Quanto mais ensimesmados, quanto mais cheios de nós mesmos, menos de Cristo temos e mais distante da cruz e da vontade de Deus estamos. E isto pode ser medido pelas nossas atitudes. Como vivemos, fazendo nossa vontade própria? Ou, a Palavra de Deus tem governado nosso viver? Que essa evolução cristã, seja uma realidade em nossas vidas para que no decorrer da nossa caminhada cristã possamos, gradualmente, nos aproximar da cruz, quebrantados como demonstra a gravura ao lado. É isto que Deus nos ensina em Isaías 57:15: "Porque assim diz Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito de abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos".

Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 24 de março de 2011

O cristão e a murmuração

Não temos dúvidas que Deus ouve nossas orações. Mesmo diante das três respostas possíveis que Ele nos dá - sim, não, espere, o fato é que podemos ter a certeza que Ele nos ouve.  Será que Ele ouve também nossas murmurações?
A Palavra de Deus é clara em I Tessalonicenses 5:18: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." Também, em Hebreus 13:5, diz: "Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes, porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei." Estas palavras não são difíceis de serem compreendidas. Porém, praticá-las tem sido um grande desafio para todo cristão. J.C. Ryle afirma com razão que "o contentamento é uma das mais raras graças divinas". Mesmo sabendo que é a vontade de Deus que sejamos gratos e contentes, é difícil vivermos assim. Reclamamos demais. Conhecemos a história do povo de Israel quando foi tirado da escravidão do Egito pela mão forte do Senhor. Sairam alegres pela liberdade que tiveram depois de anos e anos de escravidão. Contudo, o livro de Êxodo regrista nos capítulos 15, 16, que ao caminharem pelo deserto sempre debaixo do cuidado de Deus, o povo passou a murmurar contra Moisés. O verso 24 do cap. 15 lemos: "E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?". No verso 2 do cap. 16, está registrado que "toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto..." Moisés então responde severamente ao povo (v. 8), dizendo: "...porquanto o Senhor ouviu as vossas murmurações, com que vos queixais contra ele; pois que somos nós? As vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o Senhor." Parece incrível, mas o povo que tinha sido liberto da escravidão e que continuava sob a proteção e os cuidados do Senhor estava agora, murmurando e revoltado contra seus líderes Moisés e Arão.
Essa é exatamente a nossa história! Fomos libertos da escravidão do pecado (Rm 6:21 a 23), salvos do impérios das trevas (Cl 1:13,14), feitos novas criaturas (II Cor 5:17), fomos aceitos incondicionalmente por Cristo, Jesus morreu em nosso lugar (II Cor 5:21) e habita em nós pelo Espírito Santo (João 14), e mesmo assim, murmurarmos diariamente ante as circunstâncias da vida. Murmuração é desconfiança e falta de fé no cuidado e na provisão de Deus.  A pergunta de Moisés feita ao povo enquanto murmurava, deve ser feita á nos também: "Pois que somos nós"? Quem pensamos que somos afinal para murmurar contra Deus?
Dentre tantas verdades sobre este assunto tão importante, queremos apenas destacar duas preciosas lições. A primeira é que Deus ouve nossas murmurações. Mesmo que murmuremos apenas no coração, Deus ouve. Precisamos então aprender a dar graças a Deus em tudo e a estar contente com o que temos, sabendo que Deus não nos desampara jamais. Este aprendizado é demorado mas deve ser progressivo em nossa vida. Esta á vontade de Deus para nós. A segunda lição é que toda e qualquer murmuração que fazemos é contra Deus. Moisés disse isso ao povo -"As vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o Senhor". Se tivermos a certeza que Deus ouve quando murmuramos e que nossas murmurações, sejam em que área for da nossa vida, são contra Deus, teremos que parar e orar em profundo arrependimento. Não podemos continuar assim na vida cristã. Que Deus nos dê condições de enxergar cada dia mais que a murmuração é um terrível pecado de ingratidão contra o Seu amor e cuidado por nós. E que também sejamos agraciados por Deus para que mesmo diante das dificulades e provações, possamos ser perseverantes e alegres (Tg 1: 2 a 4), pois Ele não nos desampara jamais.  Ser cristão e praticar a murmuração é uma contradição.

Alexandre Pereira Bornelli

segunda-feira, 21 de março de 2011

Como o jovem guardará puro o seu caminho?

Primeiramente, o jovem precisa crer que a Bíblia não é um livro escrito somente para os velhos, pastores e seminaristas. A Palavra de Deus contém inúmeros e preciosos ensinamentos para o jovem viver corretamente sua juventude (Ec 11:9; 12:1; I Tm 4:12; II Tm 2:22; Tito 2:6).
Sabemos que a mocidade é uma fase da vida em que se têm muitas perguntas e poucas respostas. Para qual curso farei vestibular? Com quem irei namorar ou casar? Arrumarei um bom emprego? Estas são algumas perguntas importantes que o jovem faz a si mesmo, porém não encontra boas respostas de imediato.
No entanto, a Bíblia tem uma pergunta muito mais importante para o jovem. Tão importante que ela mesma já trouxe a resposta. A grande pergunta está no Salmo 119:9: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?” Você já se fez essa pergunta? Você se preocupa em guardar puro seu caminho diante do Senhor? Deus não nos criou para a impureza (I Cor 6:18). O jovem não pode viver de qualquer maneira. Observemos que o versículo é específico ao dizer “de que maneira o jovem...”. Não que os mais velhos não tenham que se preocupar com isso. Mas, Deus sabendo como é especialmente difícil para o jovem diante do mundo que está descortinando ante seus olhos, seja ao entrar numa universidade, ao iniciar um namoro, ao arrumar um emprego, ao fazer amizades, etc, deixou esse precioso ensinamento para a mocidade. Se o salmista fizesse apenas a pergunta não resolveria o problema. Graças a Deus que temos a resposta no mesmo versículo 9: “....observando-o segundo a Tua Palavra”. Não há outra forma de ter o caminho puro sem observar, crer, praticar e obedecer a Bíblia. O jovem precisa crer, ler, obedecer e ter a Palavra de Deus guardada em seu coração (v. 11). A Bíblia precisa ser seu GPS, onde ela vai orientando e transformando seus passos, sua vontade, seus pensamentos e suas atitudes conforme a vontade de Deus. Porém, é lamentável o alto número de jovens que desprezam a leitura bíblica diária e a vida de oração. E não é à toa que estes se encontram escravizados pelo pecado da impureza sexual, pelo alcoolismo, pelas drogas e criminalidade. O jovem precisa crer que a Bíblia é uma carta de amor de Deus para ele. Que pai natural deixaria uma carta escrita assim para seu filho: “Filho, faça o que você quiser, o que tiver vontade, de qualquer jeito e a qualquer hora. Com amor, seu pai.” Que amor seria esse? Por isso, por amar os jovens é que Deus deixou escrito em Sua Palavra o que eles devem viver. Isto é amor.  
Diante disto, aprendemos com o salmista que o caminho do jovem precisa ser puro, no sentido de observar e obedecer a Bíblia, não no sentido de perfeição, jamais. Aprendemos também que o jovem é parte ativa nisso, cabe a ele observar, ler e obedecer a Palavra. Aprendemos que apesar do mundo ser impuro e das pessoas que não conhecem a Deus estarem nos induzindo para a impureza, se observarmos e crermos na Bíblia, teremos vitórias diárias em favor de uma vida pura, afastada do pecado, uma vida de arrependimento e de volta aos princípios bíblicos. Guarde a Palavra de Deus em seu coração em sua juventude! Lembre-se do seu Criador nos dia da tua mocidade!

                                                                                      Alexandre Pereira Bornelli

quarta-feira, 16 de março de 2011

De que adianta?

De que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? é a pergunta que a Bíblia faz em Mateus 16:26.
Na verdade, não adianta nada mesmo, porque as coisas materiais são passageiras, temporais e se consomem com o tempo. Este mundo não é eterno. Nesta vida as coisas não são duráveis ou seguras, afinal elas podem desaparecer de nossas mãos num piscar de olhos. Os tsunamis e terremotos estão ai para nos provar isto. Contudo, não podemos dizer o mesmo da alma que é eterna. É eterna com Cristo ou sem Ele; no céu ou no inferno. Então, trocar o que é eterno pelo que é transitório é loucura. A pergunta bíblica  é mais profunda do que nos parece a princípio, pois se o homem tiver sua alma ganha por Cristo, se ele já experimentou o novo nascimento, obra de Deus que o fez nova criatura, ele não desejará ganhar o mundo inteiro. Sua ganância, cobiça e seu desejo de ter tudo está sendo mortificado justamente poque teve sua alma ganha desse sistema materialista que nos força e induz a viver para ter. O homem que teve a alma ganha por Deus poderá ter um bom emprego e uma vida estável, mas não desejará ambiciosamente ter todas as coisas, não viverá para ter, não correrá em busca das riquezas e posses. Foi o que Paulo disse em Filipenses: "aprendi a estar contente em toda e qualquer situação, seja de fartura ou de pobreza". Paulo não queria ganhar o mundo inteiro para si, porque teve sua alma ganha por Cristo. Então, uma evidência clara e profundamente Bíblica de que nascemos de novo e que somos de fato cristãos, que estamos crescendo em intimidade com Deus é que não viveremos para ganhar o mundo para nós e sim, viveremos para ter mais de Cristo e fazê-lo conhecido entre todos, tendo pouco ou muito recurso deste mundo.
                                                                                    Alexandre Bornelli

quarta-feira, 9 de março de 2011

Faça sua lista e compare!

Regularmente fazemos faxinas e jogamos no lixo, coisas inúteis que juntamos ao longo do tempo. Nada é jogado aleatoriamente. Qual é então, o critério utilizado?
Na verdade, jogamos fora aquilo que não tem valor para nós, seja valor financeiro ou pessoal. No entanto, por mais incrível que pareça, muitas pessoas, especialmente jovens, têm jogado a própria vida fora, mesmo sabendo que temos somente uma vida e que depois disso vem o juízo (Hb 9:27). Jogar a vida fora é apenas suicidar ou se acabar nas drogas e no álcool? Certamente que não. John Piper nos alerta para uma forma mais sutil de se jogar a vida fora: "Você pode não ter certeza de que quer que sua vida faça diferença. Quem sabe você nem se importa muito se faz uma diferença duradoura por amor a algo importante. Você só quer que as pessoas gostem de você. Se as pessoas só gostarem de estar ao seu lado, você já ficará satisfeito. Ou se você puder só ter um bom emprego, uma boa esposa ou esposo, uns dois filhos e um bom carro e fins-de-semana com uns poucos amigos, uma aposentadoria divertida, e uma morte rápida e fácil, e nenhum inferno - se você puder ter tudo isso (mesmo sem Deus) - você já ficaria satisfeito. Isso é uma tragédia que se aproxima. Uma vida jogada fora." Noutras palavras, como cristãos, se o que buscamos e desejamos ter e ser nesta vida é algo apenas terreno (dinheiro, fama, popularidade, festa, sexo, lazer, curtição, etc), estamos jogando nossa vida fora, ainda que estejamos com saúde ou obtendo sucesso no que fazemos. Diante de Deus, jogamos nossa vida fora quando a dedicamos para as coisas desta vida somente. Isto, porque fomos salvos deste mundo perverso (Gl 1:4), do curso deste mundo (Ef. 2), salvos para não amar este mundo nem as coisas do mundo (I João 2:15 a 17), salvos do amor ao dinheiro (Mt 6:24) e, com um fim específico de buscar as coisas do alto não as que são aqui da terra (Cl 3). Isto não quer dizer que não podemos ter, pela Graça de Deus, uma vida normal. Como pessoas salvas, regeneradas, devemos viver de forma diferente, amando a Deus e não as coisas deste mundo. Eis o teste simples e prático para diagnosticar se estamos jogando, ou não, nossa vida fora: façamos uma lista num papel como nossos planos, sonhos, expectativas e desejos. Depois, conversemos com uma pessoa que não seja cristã, lhe pedindo para nos falar seus planos, sonhos, expectativas e desejos. Anotemos todas as respostas. Num terceiro momento, comparemos as duas listas e vejamos se elas são idênticas. Se forem idênticas, algo está errado conosco. Afinal, nenhum incrédulo, em sã consciência, deseja o desemprego, um carro velho, não ter amigos ou uma família desestruturada. Para desejar apenas as coisas desta vida não precisamos da salvação de Cristo, o homem não regenerado também as deseja. Portanto, se não há nada da eternidade em nossos planos, se não há desejo de buscarmos cada vez mais as coisas do Alto ainda que para isso tenhamos que buscar menos as coisas da terra, fomos salvos de quê?
Por fim, respondamos a estas perguntas que nos ajudará a concluir se vivemos para este mundo ou, para a eternidade: a) em que sentido minha vida está fazendo diferença: como um cristão que ama a Deus mais do que as coisas da terra, ou como uma pessoa que vive inteiramente para este mundo perverso?; b) o que é mais importante pra mim: o que a Bíblia diz, ou o que os outros estão fazendo e falando pra eu fazer e ser?; c) Tenho jogado minha vida fora, mesmo participando regularmente das reuniões e acampamentos da igreja?; d) minha vida foi ou está sendo jogada fora? O que devo fazer diante disto? Posso esperar para amanhã ou deve tomar atitudes sérias agora mesmo? Não jogue sua vida fora!

Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 1 de março de 2011

Servir a Deus é estar livre de problemas?

Servir a Deus, sendo fiel à Sua Palavra nos faz viver livres de problemas? Aqueles que são fiéis a Deus não estão sujeitos a serem enganados por pessoas falsas e mentirosas? O que a Bíblia diz sobre isto?
Primeiramente, lemos em João 16:33: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo eu venci o mundo”. Todo cristão está sujeito aos mesmos problemas naturais que o não cristão está, tais como: doenças, morte, perdas, acidentes, desemprego, assalto, etc. Jesus nunca prometeu livramento de problemas aqui nesta terra. Prometeu e tem cumprido sua promessa de que estará com aqueles que O aceitaram como Senhor e Salvador, consolando e dando forças para enfrentar situações adversas, assim como esteve com José, Daniel, Paulo e todos os demais. Nossa meditação hoje é sobre um aspecto da vida de José. Aprendemos com José que servir a Deus não implica em ser livres de problemas e que ter problemas nem sempre é sinal de que, necessariamente, estamos no lugar errado ou fazendo a coisa errada. No caso de José vemos por toda a sua vida, que ele serviu ao Senhor com integridade. Apesar disto, foi maltratado até mesmo pelos seus irmãos (Gn 37), sendo vendido como escravo a Potifar. Desde então, passou a servi-lo em seu palácio. Por manter-se fiel a Deus e recusar deitar-se com a mulher de seu senhor, José foi alvo de armação mentirosa, que o levou à prisão (Gn 39). Isto é uma prova que, ao contrário do que muitos pensam, a fidelidade ao Senhor muitas vezes atrai problemas ao invés de eliminá-los. Quem já não sofreu alguma humilhação, discriminação ou até agressão por dizer não ao pecado e não aos pecadores? Apesar disto, vemos que Deus concedeu a José, como tem concedido à nós também, o “bom ânimo” que nos consola em meio às dificuldades, mantendo-nos fiéis a Ele. José estava no lugar certo, fazendo o que tinha que fazer e aconteceu o que aconteceu. Não estava, digamos, com más companhias, em festa ou algo assim. A tentação não escolhe lugares, nem momentos. E porque José recusou o convite da mulher? Sabemos que foi unicamente pelo seu temor a Deus, evidenciado em sua máxima: "pecaria eu contra Deus?". Sua fidelidade lhe causou sérios problemas. Dizer não ao pecado implica, muitas vezes, em situações difíceis. Todavia, sempre é a melhor coisa a se fazer, sem dúvidas! José não tenta se explicar e muito menos, se arrepende por ter dito “não” à mulher. Ele sabia que obedecer a Deus sempre é o melhor e que Deus não o abandonaria nem mesmo na prisão (v.21). José preferia estar preso por ter sido fiel a Deus, a estar livre em pecado. Já preso, o carcereiro foi usado por Deus para tratar bem a José e confiou tudo a ele na prisão (v.22). José então ajuda seu amigo de cárcere e novamente é alvo de desprezo e abandono (40:23).Mais uma situação adversa no curriculun de José. Mas, ”o Senhor era com José” (Gn 39:2) e isso fez e faz toda a diferença! Tudo estava e está debaixo da vontade de Deus. Muita coisa depois ainda aconteceu com este homem, mas paramos por aqui para refletirmos sobre alguns princípios Bíblicos para nossa meditação: a) ser fiel a Deus nem sempre nos traz benefícios imediatos; b) ser fiel a Deus não significa estar livre de mentiras, ciladas e falsidades; c) não é porque estamos fazendo a vontade de Deus que não teremos tentações; d) devemos fidelidade a Deus ainda que sozinhos num ambiente hostil e independente dos resultados; e) Deus jamais nos desamparará apesar do que as pessoas possam nos fazer; f) dizer não ao pecado é sempre o nosso dever e o melhor para nós (Pv 1:10); g) Deus há de nos colocar ao lado de pessoas que nos ajudarão, como pôs José ao lado do carcereiro.
Ser fiel a Deus muitas vezes atrai problemas, mas atrai muito mais a benção e a proteção dEle. Que sejamos fiéis por amor ao Senhor. Que O amemos porque Ele nos amou primeiro.

Alexandre Bornelli