PENSAI NAS COISAS DO ALTO

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O segredo dos homens

O cristão deve cuidar e vigiar apenas suas atitudes exteriores, ou, deve se preocupar também com os seus pensamentos? Será que Jesus está preocupado apenas com o que fazemos ou também se importa com o que pensamos? Temos vergonha de que nossos pensamentos ocultos, um dia tornem-se públicos?
Jesus conhece não só as nossas atitudes, mas também, nossos pensamentos. É isto que o Salmo 139 nos ensina nos versos 2 e 4: “... de longe penetras os meus pensamentos” e, no verso 4 “ainda a palavra não me chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda.” Também em Mateus 12:25 também vemos a mesma verdade quando Jesus trata com os Fariseus: “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos ...”.Tudo o que pensamos, mesmo que nunca tenha se tornado público é algo plenamente conhecido por Jesus.
Uma vez convencidos pela Palavra que Jesus conhece todos os nossos pensamentos, e que devemos fazer tudo, inclusive pensar, para a glória de Deus (I Cor 10:31), no que, então, devemos pensar? Filipenses 4:8 nos orienta: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Devemos pensar nestas coisas citadas por Paulo, porque uma vez que nossos pensamentos são conhecidos por Jesus, devemos glorificá-lo também em nossa maneira de pensar. Paulo continua o ensinamento em Colossenses 3: 2: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” e, no verso seguinte, ele diz a razão porque devemos pensar nas coisas do alto: “....porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”
Muitos cristãos, não crendo nesta verdade bíblica, cultivam todo tipo de pensamentos pecaminosos e acabam tendo sérias conseqüências em sua vida cristã. Esquecem que Deus exige santidade até em seus pensamentos. Perceba em sua vida o quanto os maus pensamentos te levaram a pecar. Para não pensarmos como aqueles que não conhecem a Deus, devemos ser transformados pela renovação da nossa mente (Rm 12:2). Jamais nos esqueçamos de que Deus julgará os segredos dos homens conforme o Evangelho (Rm 2:16). Segredos aqui, está incluído aos pensamentos e desejos do coração. Creiamos que a Palavra de Deus é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração (Hb 4:12) e que nada pode estar oculto ou em segredo diante deste Deus onisciente.
Pensemos, portanto, para a Glória de Deus (I Cor 10:31), pois sem santidade no pensar, não haverá santidade no viver.

Alexandre P. Bornelli

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quando falar e quando ficar calado?

Mesmo a Bíblia nos orientando claramente quando devemos nos calar e quando devermos falar, ainda assim, invertemos esta ordem.
Quando então devemos ficar no anonimato, no estilo 007? Vemos o ensinamento de Jesus em Mateus 6:2 a 8, ao ensinar sobre como devemos dar esmolas e orar. Em apertada síntese, aprendemos que nem a mão direita deve saber o que faz a esquerda ao ajudarmos alguém e, na oração, não devemos buscar propositadamente lugares públicos e movimentados para sermos vistos pelos homens. A regra é o anonimato!  Apesar deste claro ensinamento, ainda assim insistimos em divulgar nossos atos para recebermos aqui mesmo, a recompensa dos homens. O que era algo correto, acaba sendo prejudicado pela motivação errada.
E, quando devemos falar, anunciar, divulgar algo? No mesmo evangelho, capítulo 28:18 a 20, texto conhecido como a grande comissão que Jesus deu aos discípulos, vemos o incentivo e a ordem clara para que eles e todos nós, proclamemos o evangelho. O ensinamento aqui é para anunciarmos, falarmos, tornar conhecido o evangelho a toda criatura. A regra aqui é: seja um arauto de Cristo! Saia do anonimato. 
No entanto, muitas vezes, vemos o contrário disto acontecendo. Anunciamos nossas obras, o que fazemos, a quem ajudamos, o quanto ajudamos, o tanto que oramos, e, nos calamos completamente diante do nosso dever de anunciar a pessoa de Jesus como Senhor e Salvador. O pecado faz isso:  nos coloca em evidência e coloca Cristo à margem. Aprendamos então a ficar quietos e a falar conforme nos ensina a Bíblia. Quando a oração de João Batista, em João 3:30: "Convém que Ele cresça e que eu diminua", for realidade em nossa vida, falaremos mais de Jesus e menos de nós mesmos.

Alexandre Bornelli