PENSAI NAS COISAS DO ALTO

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano novo, vida velha?

O tradicional abraço acompanhado do voto “feliz ano novo” é a marca da virada do ano. Você quer um ano novo ou uma vida nova?Como teremos um feliz ano novo, se a ainda somos velhas criaturas? Como experimentar uma felicidade se ainda permanecemos no pecado? Existe algo mágico na virada do ano? A vida se torna nova com a chegada do ano novo? É possível deixar as tristezas, angustias, decepções, perdas e erros sepultados com o ano que se passou? Evidentemente que não. Trazemos conosco as marcas da nossa negligência como cristãos, dos nossos pecados não confessados e até os confessados, pois o perdão de Deus não anula nossa colheita. Como, então, temos a ousadia, conhecedores das Escrituras que devemos ser, de dizer e desejar um ano novo para as pessoas, sem que desejemos também um encontro transformador com o Senhor Jesus?A Bíblia é muito clara em II Coríntios 5:17, ao dizer que “quem está em Cristo é nova Criatura, as coisas velhas passaram eis que tudo se fez novo”. Portanto, há somente um caminho para termos um feliz ano novo, um feliz amanhã novo; é quando realmente cremos em Jesus Cristo e somos transformados em novas criaturas. De criaturas de Deus, o que toda a raça humana é, passamos a ser filhos Seus, o que somente os creram em Seu nome são (João 1:12). E, aquele que experimentou o novo nascimento (João 3) é testemunha de que ao sermos ganhos pelo amor do Senhor que invade nossa vida, somos impulsionados e constrangidos por esse amor a amá-lo também, como resposta, pois “ nós O amamos porque Ele nos amou primeiro” (I João 4:19). Individualmente, passamos a crer no Senhor Jesus, passamos a confessá-lo como Senhor e Salvador da nossa vida, cremos que nascemos em pecado e que estávamos totalmente separados Dele e que a morte de Jesus Cristo (que é o Deus encarnado) nos livrou da ira santa de Deus, nos trazendo ao Pai, nos fazendo aceitos diante Dele. Tudo, graças ao sangue de Jesus. Isto é totalmente diferente de crer que existe um Deus. É crer que na pessoa de Jesus Cristo como Senhor da nossa vida.Crendo assim, podemos realmente experimentar um feliz ano novo, e mais do que isto, uma feliz vida nova! Todos os dias serão novos. Continuaremos pecadores, mas agora, crendo em Jesus, somos pecadores salvos, aceitos por Deus incondicionalmente. Podemos experimentar uma alegria indizível de pertencer ao Criador e Sustentador do universo. E, por estarmos agora em Cristo, tudo se fez novo em nossa vida, novos valores, prioridades, gostos, desejos, prazer. Podemos então, dizer não apenas feliz ano novo, mas sim, feliz vida nova. Daqui pra frente, será uma nova vida. Creia em Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida e experimente essa nova vida para sempre.
Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Adeus ano velho, INfeliz ano novo!

Nesta época do ano as pessoas, de forma especial, se confraternizam como nunca fizeram durante todo o ano que se passou. Trocas de presentes no feriado do dia 25 de dezembro (para aqueles que comemoram o Natal, o que eu não faço) e de abraços na virada do ano, são regras para muitos. O clima de fim de ano é de festa e tudo parece estar bem entre a família, parentes e amigos. O sorriso permanece no rosto, mas o coração indica um sentimento diferente.
É momento oportuno para fazermos uma retrospectiva da nossa vida e refletir sobre o ano que está para se acabar. Precisamos considerar que tivemos muitas horas, dias, semanas e meses para construirmos uma vida cristã sadia e íntegra, muitas oportunidades dadas por Deus para nos rendermos mais a Ele, buscando mais a santidade e a pureza. Tudo isto, resultaria em encontros alegres, edificantes e descontraídos em família e como igreja nestes últimos dias do ano. Mas, a realidade, muitas vezes, é outra. Para os que aproveitaram bem o tempo que se passou é momento de muita alegria estar reunidos com a família e os irmãos em Cristo no fim do ano onde é a chance dos parentes se encontrarem com mais tempo disponível. No entanto, aqueles que passaram o ano e não aproveitaram o tempo para desenvolver a vida cristã e aumentar a intimidade com os irmãos, devem repensar o tempo perdido. Afinal, devemos refletir sobre o que fizemos durante o ano todo para o nosso crescimento espiritual. Crescemos no conhecimento da Palavra de Deus? Aumentamos e fortalecemos nosso relacionamento com o Senhor Jesus? Estas duas coisas governam todos os demais relacionamentos da nossa vida. Quando buscamos conhecer mais a Palavra com humildade e sinceridade, somos levados a amar mais ao Autor dela e amando mais a Cristo, inevitavelmente, amamos mais o nosso próximo, que inclui nosso cônjuge, filhos, pais, irmãos, etc. Por outro lado, quando apenas passamos o ano lendo a Bíblia religiosamente, com um coração orgulhoso, ressentido, amargurado e desobediente, o resultado é desastroso e refletirá negativamente não somente em nossa própria vida cristã como afetará todos os nossos relacionamentos. Isto, porque a vida cristã é relacionamento. Relacionamos tanto com Deus quanto com o próximo a vida toda. Portanto, de nada adianta dizermos que estamos amando mais a Jesus, se não amamos de fato e de verdade nosso próximo. Um bom termômetro do nosso relacionamento correto com Cristo é o nosso relacionamento com o próximo. Não há como afirmarmos que mantemos um bom relacionamento com Jesus se não conseguimos viver bem em família, como igreja e na sociedade. É o que diz I João 2:9: "Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão até agora está nas trevas." Trocando em miúdos, temos: "Não adianta falarmos e até orarmos que amamos Deus se não temos demonstrado amor cristão (perdão, por exemplo) para com nosso próximo no dia-a-dia." Por outro lado, o amor cristão é uma das evidências do nosso amor a Deus. É o que diz o verso (v. 10) do mesmo texto: "Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e nele não há nenhum tropeço". E, a seguir, vemos a conclusão com a leitura do verso 11: "Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos."
Reconsiderando que tivemos o ano todo para por em prática estas verdades de amar a Deus e ao próximo, não podemos nos desculpar por não termos conseguido por estas coisas em prática. Nossa vida deveria ser o ano todo de comunhão com Deus e uns com os outros. Contudo, especificamente, quando estamos nos últimos dias do ano, deveríamos ter motivos suficientes e verdadeiros para nos encontrar e nos alegrar juntos, porque deveríamos estar amando a Deus mais do que no começo do ano e, consequentemente, amando mais nosso próximo também. Contudo, muitas vezes constatamos o contrário. Pessoas que não cresceram no conhecimento da Palavra de Deus durante todo a ano, apesar de lerem a Bíblia regularmente, que não praticaram o perdão ao próximo, não negaram um pouco mais o "eu", não tiveram seus corações mais ganhos pela verdade de que nosso coração precisa ser dia-a-dia ganho pelas verdades bíblicas e que estão vivendo cegos a respeito da Verdade, insistem em reunir a família e os amigos no fim do ano para manter a pose espiritual, apaziguar a consciência e manter o costume em dia. Pensam que o fim do ano e a reunião familiar resolverão ou amenizarão os problemas, quando somente a confissão e o arrependimento, aliado ao perdão é que trará a cura. Ainda que os encontros de família e da igreja sejam bem feitos, ainda que a comida servida à mesa seja boa, ainda que as pessoas estejam elegantes, não haverá realidade e intimidade, pois são as pessoas que fazem o ambiente e não, o contrário. Bons momentos são feitos de pessoas e pessoas, são feitas do bom relacionamento com Deus e, bons relacionamentos são construídos firmados na Palavra de Deus, tendo como ingredientes a obediência à Palavra, a sinceridade, perdão, amor e reconciliação. Não há alegria em qualquer reunião ou ajuntamento de pessoas seja em que época do ano for sem a presença desses ingredientes. Não há prazer em momentos onde a Palavra de Deus não é praticada e obedecida,porque não há prazer real na companhia uns dos outros como verdadeiros irmãos em Cristo. Onde não há perdão, há confusão. Pessoas chegarão tristes e voltarão tristes, pois não haverá vida e intimidade cristã entre elas. Os encontros não passarão de momentos religiosos onde não há crescimento espiritual, porque o ano velho se passou e nada foi superado, os problemas não foram tratados, os corações não foram renovados e a Palavra de Deus não foi obedecida.
No entanto, há esperança! E ela está em praticarmos a Palavra de Deus. Devemos confiar que ela realmente nos liberta do cativeiro do egoísmo, da justiça própria, do ressentimento, amargura e ira quando estamos rendidos ao operar do Espírito Santo de Deus. Enquanto não levamos nossa vida realmente aos pés da cruz, confessando nossos pecados (não os pecados dos outros), pedindo a graça de Deus para sermos renovados e restaurados, clamando por arrependimento, para vivermos realmente como novas criaturas, para as quais tudo se fez efetivamente novo (II Coríntios 5:17), só resta dizer adeus ano velho, infeliz ano novo! Acaba um ano e começa o outro e os problemas velhos, não resolvidos, vão se acumulando pela desobediência dos cristãos que não perdoam uns aos outros, que não buscam a reconciliação e sim, a retaliação. Pois, não há esperança para qualquer mortal que seja, enquanto Deus não nos conceder arrependimento (Rm. 2:4) e enquanto não reconhecermos nossa urgente necessidade de renovação e restauração, abandonando toda a religiosidade e hipocrisia existente em nossa vida e em nossos relacionamentos. Então, o jantar e os encontros poderão ser feitos em qualquer época do ano e em qualquer lugar, com comida ou sem comida, não importa, pois as pessoas desfrutarão de bons momentos porque a Palavra de Deus é quem as une e Deus, neste caso, será honrado pois haverá cristãos rendidos e piedosos que vivem realmente o evangelho. Que a nossa oração seja a mesma de Moisés, pedindo sabedoria ao Senhor para aproveitarmos cada minuto, hora, dia, semana e mês nos próximos anos para termos um coração temente a Deus, buscando sempre o arrpendimento, o perdão ao próximo, a santidade, integridade e intimidade com Deus, quando orou no Salmo 90:12: "Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios."
Alexandre Pereira Bornelli

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Não basta esperar, tem que confiar.

Esperar é algo que não nos interessa. Desde pequeno, percebemos como as crianças são impacientes e incrédulas. Pedem algo aos seus pais, os pais respondem pedindo para esperar um pouco, mas parece que falaram em outro idioma. Os filhos continuam repetindo o pedido a cada 2 segundos no máximo, sem pausa para almoço e jantar. Com os adultos não é diferente. Isto, porque o ser humano é impaciente e incrédulo por natureza, fruto do pecado que em nós habita. O pior não é somente que não sabemos esperar, é que não queremos esperar. Por isso, ficamos angustiados e desesperados em aguardar a vontade Deus. Isto, no fundo, é fruto da nossa desconfiança. Quanto mais incrédulos, menos confiantes seremos.
Davi, no salmo 40, nos exorta a respeito da importância de esperar e confiar. Ele diz: "Esperei confiantemente pelo Senhor; e ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro..." É interessante observar o que o salmista diz, pois afirma que esperou confiantemente. Ele não apenas esperou por esperar. Não apenas esperou por medo e o melhor, não esperou desconfiando. Quando esperamos em Deus desconfiando, estamos evidenciando incredulidade. É triste quando vemos nossos filhos esperando por algo que nos foi pedido e ao mesmo tempo, desconfiando de nós, assim como é triste ver cristãos orarem ao Senhor e permanecerem aflitos, desconfiando que Deus falhará, deixando-os esperando em vão. Evidente que o fato de esperarmos confiantemente não quer dizer que Deus fará o que queremos. Esperar com confiança não é um meio de convencer Deus a fazer o que desejamos e nem deve funcionar como um negócio entre nós e Ele. Não é porque esperamos com confiança em algo que, necessariamente, Deus fará conforme nossa vontade.
Entretanto, o fato de aprendermos a esperar e esperar confiantemente, implica em crermos que Deus é fiel a Si próprio e que por esta razão, não pode nos desamparar, pois o Espírito Santo nos prometeu estar conosco até a consumação do século (Mateus 11). E, isto basta para crermos que todas as Suas promessas serão cumpridas e que Ele realmente nos consola através do Espírito Santo. Crendo assim, consequentemente sofreremos menos durante a espera, pois estaremos dispostos a receber de Deus a realização da Sua vontade e não, necessariamente, a nossa própria. Esperar confiantemente é orar a Deus por algo e confiar, ter fé, de que Ele nos ouvirá e fará aquilo que for da Sua vontade, portanto o melhor para nós, ainda que isso seja algo totalmente oposto ao que pedimos e ao que estávamos esperando inicialmente. Então, quando orarmos ao Senhor por algo, aprendamos na prática a não ficar repetindo nosso pedido, como quem tenta convencer Deus pela força da insistência da repetição. Mas, que esperemos, crendo realmente, confiando plenamente que Ele tem o melhor para nós e Ele assim o fará. Isso trará descanso a nossa alma e, certamente, honrará o nosso Deus.
Alexandre Pereira Bornelli

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Não te esqueças do Senhor

"11-Guarda-te não te esqueças do Senhor teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno; 12-para não suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres edificado boas casas e morado nelas; 13-depois de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prato e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, 14-se ele o teu coração e te esqueças do Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão;15- que te conduziu por aquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões, e de secura, em que não havia água, e te fez sair da perdeneira; 16- que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, e afinal te fazer bem. 17- Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. 18- Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê. 19- Se te esqueceres do Senhor teu Deus e andares após outros deuses, e os servires, e os adorares, protesto hoje contra vós outros que perecereis. 20- Como as nações que o Senhor destruiu de diante de vós, assim perecereis: porquanto não quisestes obedecer à voz do Senhor vosso Deus." (Deuteronômio 8:11 a 20)
O texto da Palavra de Deus acima transcrito deixa claro que o materialismo tem a capacidade de cegar a nossa visão da graça de Deus, fazendo-nos viver esquecidos da bondade do Senhor e da sua providência quando as coisas nos vão bem. O alerta não é contra a riqueza em si, mas sim, contra os perigos inerentes a ela. Quando estamos necessitados lembramos do Senhor e nos tornamos, via de regras, pessoas de oração e dependentes de Deus. Entretanto, quando nossos negócios estão lucrando como nunca, quando somos promovidos na empresa, qual é a nossa reação? Vemos a mão de Deus ou creditamos tudo à nossa capacidade? Comemoramos com oração ou apenas fazemos festa em nossa homenagem?
Primeiramente (verso 1), somos exortados a guardarmos e a lembrarmos do próprio Deus. Parece-nos óbvio a recomendação, afinal, quem deseja se esquecer do Criador? Porém, realmente, não há nada mais importante que devamos guardar e lembrar do que o próprio Senhor. E o motivo da exortação é especificamente para lembrarmo-nos do Senhor quando a nossa vida está indo muito bem. Isto, porque quando nossos negócios estão indo de vento e popa, somos tendentes a esquecer que foi a graça de Deus que realizou isso através de nós. Pensamos que foi nossa capacidade que nos levou à fartura. Ora, e a prova que não nos esquecemos do Senhor é quando o amamos em todas as circunstâncias e quando cumprimos e guardamos os seus mandamentos, conforme nos diz João 14:21 - "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda este é o que me ama..." .
A exortação de Deuteronômio foi especificamente para o povo de Israel que foi liberto da escravidão do Egito. Era para eles não esquecerem de onde Deus os havia tirado com mão forte, para que no tempo da bonança e fartura, eles soubessem reconhecer também a mão de Deus.
No decorrer do texto, lemos que o excesso de fartura e o conforto são coisas perigosas, pois frequentemente nos faz esquecer de Deus, fazendo-nos confiar em nós mesmos, em nossa capacidade e não, na providência de Deus. Vejamos algumas coisas citadas no próprio texto (versos 12 e 13) que podem nos fazer esquecer de Deus: fartura de alimento, morar em boas casas, ter os gados multiplicados, ter mais prata e ouro e tudo o que tivermos em abundância. Estas coisas em si mesmas são pecaminosas? O texto é contra o cristão ter conforto, casa boa para morar, etc? Evidentemente que não. Então, qual a razão da exortação? Vejamos a partir do versículo 14, o que estas coisas, astutamente, podem fazer com o nosso coração. Elas podem fazer com que nosso coração se eleve, se engrandeça, julgando que tudo isso que temos em fartura é fruto da nossa capacidade, força e que somos merecedores de tudo o que temos. Com isso, nos esquecemos de Deus e lembramos somente de nós mesmos. Não enxergamos a graça de Deus, não identificamos o agir de Deus, não reconhecemos a soberania do Senhor sobre todas as coisas. Ao contrário, podemos crer que tudo pertence à nós e que conseguimos por nossas próprias condições e méritos. Toda a glória vai para o homem. Isto frequentemente acontece com todos nós quando recebemos um aumento de salário, ao sermos promovidos na empresa, ao obter sucesso nas vendas, ao comprarmos carros novos, ao fazermos viagens fantásticas, etc. Tanto isto é verdade, que o verso 17 chega a nos alertar para não dizermos que tudo o que temos e conseguimos é fruto da nossa capacidade e força, porque se temos alguma condição para trabalhar, se temos inteligência, se nossa profissão e nossos negócios têm dado certo, tudo devemos dedicar unicamente ao Senhor que nos dá forças para trabalhar e condições para viver e ter. Será que temos pensado e crido assim em nossa vida? Temos reconhecido a mão de Deus em tudo o que fazemos ou creditamos tudo a nós mesmos? Nossos negócios, nossa profissão, será que cremos piamente que Deus é quem está no controle de tudo e que tudo depende da Sua vontade?
Os versos 19 e 20 trazem uma forte exortação final para não esquecermos do Senhor, porque assim como Deus destruiu as nações que fizeram tais coisas, o mesmo será feito com os que assim procederem, não ouvindo à voz do Senhor e não devotando a Ele toda a glória e honra.
A lição prática para nós é para termos a humildade em reconhecer a soberania e a providência de Deus em cada área da nossa vida. Deus é o dono de tudo, da nossa vida, bens, capacidade, etc. Se temos tido algum progresso na vida material, não nos deixemos ser dopados pela sedução de pensarmos que somos capazes de alguma coisa à parte de Deus, pois, isso, é abominável aos seus olhos. Fiquemos firmes de que é a graça de Deus e que esta mesma graça pode nos fazer perder tudo os bens que hoje temos para provar onde está o nosso coração, em Deus ou nas riquezas? A prova que acreditamos realmente que tudo vem de Deus é quando não amamos o que temos e quando não usamos o que conseguimos somente para o nosso bem estar, mas também para a edificação do corpo de Cristo e para ajudar o próximo. É possível viver com fartura de forma simples e cristã, como se nada tivéssemos. Um sinal disso é quando nossas amizades permanecem as mesmas de antes, nossos relacionamentos não sofreram rupturas por causa do dinheiro e a nossa fé foi fortalecida pois reconhecemos que por nós mesmos nada teríamos e que Deus pode nos tirar o que Ele mesmo nos concedeu a qualquer momento, sem nos desesperar por isso, porque nosso tesouro verdadeiro está nos céus onde a traça e a ferrugem não podem consumir.
Por fim, citamos a belíssima oração de Agur (Provérbios 30:7 a 9) que teve a coragem e a sinceridade de orar: "Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: da-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? ou que, empobrecido, não venha a furtar, e profane o nome de Deus."
Que esta também seja a nossa sincera oração.
Alexandre Pereira Bornelli