PENSAI NAS COISAS DO ALTO

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Benefício da Devocional

Para conhecermos a Deus em toda sua perfeição e santidade, precisamos ler a Bíblia e suplicar por entendimento espiritual. Para conhecermos a nós mesmos, vermos nosso interior, toda a depravação de nosso coração precisamos, igualmente, ler a Bíblia e suplicar pelo mesmo entendimento espiritual que o Espírito Santo dá.

Aqueles que lêem a Palavra Deus sem suplicar por sabedoria e entendimento do alto, não conseguem nem ver a Santidade de Deus e nem, a sua própria depravação. A Bíblia não é um livro mágico, onde basta apenas tê-la aberta para que sejamos beneficiados com suas verdades. É preciso mais. É preciso que a leiamos com fé, crendo que tudo quanto está escrito ali, foi escrito pelo próprio Deus. A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus que merece toda a nossa devoção e submissão. Quantas e quantas pessoas lêem a Bíblia e nada entendem! Isto ocorre porque a lêem com um coração duvidoso, sem fé, sem pedir por sabedoria do Alto, pensando ser capaz de entendê-la por si só. A Bíblia não é um livro comum, histórico apenas, geográfico apenas. Ela é a Palavra de Deus!

A Bíblia é comparada a um espelho. A Palavra, mediante o atuar do Espírito Santo de Deus, mostra a imagem real do nosso coração, de forma mais perfeita que o espelho natural reflete nossa imagem física. Em Jeremias 17:9 lemos que nosso coração é enganoso, pecaminoso e desesperadamente corrupto. Quando o Espírito nos capacita a entendermos a Bíblia, conseguimos ver corretamente Deus em sua santidade e a nós mesmos, em nossa pecaminosidade. Foi isso que aconteceu com Isaías (cap. 6).

Portanto, precisamos diariamente meditar na Palavra de Deus (Sl 1 e Josué 1:8), em oração e submissão a Ela, a fim de sermos convencidos pelo Espírito Santo da nossa real necessidade de Cristo todos os dias. Quanto mais meditarmos dia e noite nas Escrituras, quanto mais a obedecermos, tanto mais seremos capacitados a viver uma vida cristã piedosa, com um coração mais comprometido com o Senhor. Isto, certamente nos trará um relacionamento mais próximo com Cristo. Saibamos então, que o primeiro benefício da devocional é vermos realmente a beleza do Senhor Jesus em toda a sua perfeição, o que nos fará ver, consequentemente, nossa depravação total. Estas duas visões, semelhante a que teve o profeta Isaías no capítulo 6 do livro que leva seu nome, são fundamentais a todo cristão para que vivamos em total dependência do Senhor Jesus, em nada nos vangloriando. Você já leu a Bíblia hoje?

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Uma tragédia quase se aproxima

"Você pode não ter certeza de que quer que sua vida faça diferença. Quem sabe você nem se importa muito se faz uma diferença duradoura por amor a algo importante. Você só quer que as pessoas gostem de você. Se as pessoas só gostarem de estar ao seu lado, você já ficará satisfeito. Ou se você puder só ter um bom emprego, uma boa esposa ou esposo, uns dois filhos e um bom carro e fins-de-semana com uns poucos amigos, uma aposentadoria divertida, e uma morte rápida e fácil, e nenhum inferno - se você puder ter tudo isso (mesmo sem Deus) - você já ficaria satisfeito. Isso é uma tragédia que se aproxima. Uma vida jogada fora."
JOHN PIPER
Não jogue sua vida fora - ed.Cultura Cristã - pag. 38

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O barro e o Oleiro.

A palavra de Deus afirma ser Deus o Oleiro e nós, o barro. A teologia moderna, liberal, que prega a prosperidade, invertendo esta ordem divina, diz que Deus é o barro e nós, os oleiros. Éssa mentira diabólica tem levado muitos ao falso evangelho, acreditando serem capazes de moldar Deus para satisfazer seus desejos, ambições e necessidades individuais. Esta mentira tem sido ensinada de forma pulverizada por muitos falsos mestres nas diversas igrejas que se dizem evangélicas no Brasil e no mundo. O resultado trágico tem sido igrejas cheias de pessoas vazias do verdadeiro Deus. Deus não se deixa ser moldado por ninguém. Nós somos o barro e Deus, o Oleiro. O trabalho do Oleiro é moldar o barro conforme o caráter de Jesus Cristo.
Alexandre Pereira Bornelli

Lições que só Deus Ensina

“Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Salmo 90:12)


A vida é uma escola. Ela nos ensina a ser espertos, calcular riscos, a investir para receber mais e especialmente a cuidar de nós mesmos. Mas não é exatamente isso que o Salmo 90.12 recomenda. Esta peça poética de Moisés concede preciosas lições a todos os que perceberam que somos mal orientados se não buscarmos instrução do Senhor. Uma vez que o profeta foi inspirado por Deus, estamos certos de que essa orientação não pode ser encontrada em nenhuma outra escola. Isaías prometeu (e Jesus repetiu) que Deus ensinaria aos que seriamente desejassem matricular-se em Sua escola (Is 54,13; Jo 6,45).
É uma oração que articula este pedido: Ensina-nos a contar nossos dias. O tempo não pára. Ele passa. Alguns se preocupam com o envelhecimento somente quando os anos já se passaram. Não ouviram a advertência do Pregador: Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias (...) (Ec 12.1). Os dias desperdiçados são justamente os que não trouxeram nenhuma lição sábia ao coração. Mesmo que a maioria dos homens despreze a instrução que vem do Criador, o fiel servo pede, insistentemente, que Deus o ensine o que tem importância eterna.

A educação secular valoriza informação e inteligência. Quem sabe mais pode resolver problemas mais eficientemente e, assim, tem vantagem. As escolas se interessam mais por matricular os melhores alunos. As universidades de elite despejam seus formandos nas profissões, nas indústrias, nos laboratórios e nos altos escalões do governo. Os benefícios financeiros são invejáveis. A sociedade reputa mais feliz quem desfruta mais privilégios neste mundo globalizado que promove e enriquece seus melhores jogadores. Valores secundários, tais como distribuição justa de renda, cuidado especial dos marginalizados e esquecidos têm menos importância. E nem se fala da busca do Reino de Deus em primeiro lugar.

Mas o lado negativo dessa corrida à busca do conhecimento e das vantagens materiais coroa seus corredores mais bem sucedidos, como já foi descrito por um dos seus mais famosos adeptos: Mark Twain, escritor americano. Ele utilizou seu extraordinário talento para escrever livros há mais de cem anos. Suas obras são conhecidas e apreciadas por milhões de crianças e de adultos. Declarou esse ateu em sua autobiografia: “O único presente não envenenado que a vida concedeu é a morte”.

No Salmo 90, Moisés pede que Deus nos ensine a (...) contar os nossos dias para alcançar um coração sábio. Consideremos alguns elementos chaves nessa oração: Primeiro, somente Deus conhece quantos dias restam da nossa vida. A certeza da morte é inegável. Igualmente certo é o fato de que ninguém sabe em que dia ela virá. Deus, nosso Professor Supremo, conhecedor de todas as coisas, marca a carga horária na escola da vida. Ele é quem assina o diploma ou reprova os alunos.

Segundo, os melhores alunos pedem a ajuda de Deus para evitar o desperdício do tempo. Dias não-contados referem-se a dias não-aproveitados, horas em que nada se fez ou não se aprendeu nada de valor. Nenhuma palavra de encorajamento emanou da boca e nenhuma influência sadia impediu alguém de ir em direção a Deus.

O homem que quer aprender a sabedoria de Deus avalia tudo à luz da eternidade.

Terceiro, o objetivo das lições de Deus visa alcançar um coração sábio. Ele mostra o caminho e motiva seus servos a progredir nessa direção. Revelou sua infalível Palavra para ser luz e lâmpada para os pés dos que andam nos caminhos sinuosos deste mundo.

Quarto, indagaremos sobre o que quer dizer “coração sábio”. Estas palavras têm um paralelo na mensagem de Paulo: Não cessamos de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual. (Cl 1.9). Se Deus nos ensina clara e inconfundivelmente Sua vontade, não ficaremos mais presos à cegueira que baseia suas decisões no acaso de loteria. Infinitamente melhor é escolher sob a direção daquele que conhece o futuro tão plenamente como o passado (Rm 8.14). Sabedoria quer dizer inteligência que enxerga bem, além do horizonte desta vida curta e insegura. Escolher de acordo com a orientação bíblica permite ao servo ecoar as palavras do famoso missionário David Brainerd no limiar da morte. “Não teria vivido a minha vida diferentemente do que vivi por nada neste mundo”. Jim Elliot, inspirado pela sabedoria de Brainerd, foi morto por uma lança dos selvagens aucas no Equador, em 1956. Disse o mártir: “Não é tolo quem deixa o que não se pode reter para alcançar o que não se pode perder”.

Quem, além de Deus, pode ensinar a um filho de Adão essa realidade? Ninguém nasce sábio. Pecadores buscam prazer e sucesso com uma visão curta. Não olham além da morte física, enquanto o homem que quer aprender a sabedoria de Deus avalia tudo à luz da eternidade. Paulo disse que, se recebermos sabedoria e entendimento espiritual, devemos viver (...) de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado (Cl 1, 10). Uma definição de pecado destaca precisamente esse aspecto - desagradar a Deus agindo de maneira indigna do Pai que nos gerou pelo Seu Santo Espírito.

Moisés percebeu a importância de se alcançar sabedoria. Durante quarenta anos foi instruído em tudo o que havia de melhor da sabedoria humana. Matou o egípcio que maltratava um israelita. Foi uma decisão aparentemente inteligente, mas não sábia. Depois fugiu para Midiã onde teve tempo para as aulas de Deus. Por quarenta anos foi adquirindo sabedoria do alto que lhe serviu tão bem durante os últimos anos do governo do Povo Escolhido. Mesmo sendo Moisés um servo humilde, Deus o escolheu para conduzir Israel, tirando-o do Egito até a Terra Prometida e para escrever os primeiros cinco livros da Bíblia. Foi esse mesmo Moisés que escreveu o Salmo 90 e gravou esse pedido de ajuda para contar os seus dias de modo que alcançasse a sabedoria. Dias são desperdiçados porque não os contamos como preciosas pérolas que podem ser trocadas por sabedoria do alto. O Salmo 90.12 aponta na direção de verdadeiro sucesso. Pedir a instrução do Criador infinito em poder e sabedoria é o único meio de chegarmos ao fim da vida felizes e bem-sucedidos aos olhos de Deus. Para se viver bem, no mundo e no céu, sabedoria do alto (Tg 3.17) é tudo! Jonathan Edwards sabia que a sabedoria celestial valia mais que dinheiro ou fama. Ele e sua santa mulher tiveram setecentos e vinte e nove descendentes. Dessa família surgiram trezentos pregadores, sessenta e cinco professores universitários, treze reitores de universidades, sessenta autores de bons livros, dois deputados do congresso americano e um vice-presidente do país. Que explicação única haveria para um fenômeno como a família de Edwards, senão a busca de um coração sábio vindo de Deus e a valorização do tempo que o Senhor lhe concedeu?

Autor: Pr. Russell Shedd

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Grande é a Tua fidelidade

Lamentações de Jeremias 3:22 e 23


Todos os atos, benefícios e favores de Deus têm como base a Sua fidelidade. Não fosse a fidelidade de Deus não teríamos a garantia do cumprimento de nada do que a Bíblia nos diz. O fundamento da fidelidade é que Deus é fiel, não a mim, mas, a Si próprio. Caso Ele fosse fiel a mim, poderia, quem sabe, não ser fiel a você, e vice-versa. Seria uma fidelidade subjetiva, o que nos causaria desespero ao invés de descanso e fé.
Essa verdade que Deus é fiel a Si próprio, nos traz consolo. Afinal, Ele não pode desamparar-nos, visto que em João 14 lemos que Ele nos enviaria o seu Espírito Santo para habitar em nós (ato já cumprido aos que já nasceram de novo), sendo nosso consolador, guiando-nos a toda verdade. Igualmente, em Mateus 28: 20, no último versículo deste evangelho, não por acaso, somos confortados e consolados de que Ele estará conosco até a consumação do século. Ou seja, o Espírito Santo (João 14) prometido para ser nosso consolador e guia é prometido a estar conosco até a consumação do século! E, graças à Sua fidelidade à sua própria Palavra, podemos crer e descansar nessas e em todas as demais promessas de Deus descritas na Bíblia. Tudo se cumprirá!
Uma prova incontestável de que tudo o que recebemos de Deus é fruto primeiro, da sua fidelidade, está em Lamentações de Jeremais 3:22 e 23. Neste texto, somos confortados com a verdade de que não somos consumidos, graças às misericórdias do Senhor que se renovam a cada manhã e que não tem fim. Trocando em miúdos, o fato de não termos sido consumidos hoje é unicamente, fruto das misericórdias de Deus, que se renovaram hoje pela manhã em nossas vidas. Entretanto, por que as misericórdias de Deus se renovam todos os dias sobre nossas vidas? E, qual a certeza que temos de que elas continuarão a se renovar para sempre? Será que amanhã elas serão novamente renovadas? A chave para crermos e descansarmos nessa preciosa promessa está registrado no final do versículo 23, do capítulo 3 de Lamentações, que diz: "Grande é a tua fidelidade". Noutras palavras: grande é a Tua fidelidade a Si própria, à sua própria Palavra, oh Senhor!
É unicamente por causa desta "Grande fidelidade" de Deus a Si próprio, que podemos crer realmente na renovação diária das misericórdias do Senhor sobre cada um de nós. Essa fidelidade é a única causa de não termos sido consumidos hoje, e a certeza de que nunca haveremos de ser. Seja por qual situação estejamos passando, poderemos clamar: grande é a tua Fidelidade meu Senhor!
Vejamos que nós somos infiéis a Deus desde o Éden. Nossa história desde lá é marcada por infidelidade ao Senhor e pela Sua fidelidade à nós. Ser fiel a Deus não é ser membro de uma igreja, não é ter cargo e ministério na igreja, não é apenas se dizer cristão. Ser fiel a Deus é amá-Lo de todo o nosso coração, é ser-Lhe obediente em tudo, é amá-lo acima de todas as coisas. Isso já nos é suficiente para concluirmos que somos infiéis, preferindo o mundo, o sucesso, dinheiro, a fama, o bom negócio, o lazer a Deus! Que diante desta verdade possamos orar, confessar e crer que grande é a Tua fidelidade e não a minha, oh Senhor!

Alexandre Pereira Bornelli


terça-feira, 6 de maio de 2008

O TEMPO PASSA E OS PECADOS FICAM

Meditação sobre o Salmo 32: 3 a 5


Há quem acredite que o tempo seja um precioso remédio. A crença no conhecido ditado popular “o tempo cura tudo”, faz muitas pessoas depositarem nele, toda a esperança de cura e de resolução de problemas. Entretanto, veremos que o tempo não é um bom remédio, pelo menos não para os cristãos. Espiritualmente, o tempo é um veneno e não, um remédio.
Um exemplo que derruba o argumento do tempo ser um bom remédio, está no Salmo 32: 3 e 4. Ali, Davi afirma: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo dia. Porque a tua mão pesava sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.” Davi afirma que o seu silêncio ante o pecado cometido, não lhe trouxe benefício algum. Ao contrário, seu silêncio somente piorou sua situação física e espiritual. Os dias se passaram, mas as conseqüências do seu pecado permaneceram arraigadas em seu coração lhe causando dor, tristeza e abatimento. Bem que Davi esperou calado o tempo lhe curar. Todavia, a “ferida” espiritual causada pelo pecado foi infeccionando a cada minuto que protelava seu arrependimento e confissão, tornando-se insuportável.
Após este sofrimento resultado do seu silencio ante o pecado cometido, Davi demonstra ter aprendido a lição de Deus, ao dizer no verso 5: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado”. Este arrependimento seguido de confissão foi resultado única e exclusivamente da bondade de Deus (Rm 2:4). Foi somente então, que Davi se viu livre das algemas e da “mão pesada” do Senhor, coisa que o tempo não fora capaz de fazer. Enquanto Davi se calou, sofreu as duras conseqüências; ao confessá-lo, experimentou o refrigério que só perdão de Deus é capaz de dar.
Podemos aprender com esta preciosa lição e experiência vivida por Davi, que o nosso calar diante do pecado que cometemos somente nos traz angústia e paralisia espiritual. Vejamos que em nossa vida, o mesmo acontece. Todas as vezes que “empurramos nosso pecado para debaixo do tapete”, ao invés de nos arrepender e confessar, todas as vezes que nos calamos, que nos justificamos nosso pecado transferindo a culpa a outrem, bem como todas as vezes que confiamos que o tempo irá nos restaurar e restabelecer nossa comunhão com Deus e com as pessoas, sofremos as mais terríveis conseqüências que um pecado não confessado é capaz de causar. Nosso casamento, nossa família e todos os demais relacionamentos que temos são prejudicialmente afetados por nosso coração orgulhoso e endurecido que não quer confessar. Ficamos também abatidos pois nossa comunhão com Deus é rompida pela falta de arrependimento. O pecado não arrependido e não confessado, entregue ao tempo, somente aprofundará suas raízes em nossos corações, nos fazendo pessoas amarguradas, depressivas e abatidas, pois nos mantém afastados de Deus. Que, ao invés de nos calar, possamos nos arrepender e confessar nossos pecados, a fim de experimentarmos o perdão de Deus que nos traz refrigério, descanso, pois restaura a nossa comunhão com Cristo.
Alexandre P. Bornelli